Judeus, Hitler, Lula, Netanyahu, Israel, Egipto, Portugal, Espanha, Terroristas Islâmicos, Primeira Dama e o político mais imbecil, ignorante ou hipócrita maquiavélico?
Lula é para mi o político mais hipócrita e maquiavélico: fala de Netanyahu comparando-o com Hitler, mas financia os crimes do pior criminoso da atualidade, com piores consequências futuras, o ladrão criminoso imperialista militarista mais semelhante a Hitler na invasão da Ucrânia.
Os mais
civis do mundo boicotaram negócios coma Rússia, fizeram sanções para não
financiarem o pior criminoso e os piores crimes contra a humanidade. Lula
aproveita-se e aumenta os negócios com o seu amigo Putin, sem se importar de financiar
o criminoso e os crimes.
Tenho a
impressão de que o povo judeu foi mais perseguido da história da humanidade:
1. Fuga do Egipto para escaparem à
escravidão?
2. Refúgio na atual Palestina?
3. Diáspora?
4. Em Portugal e Espanha eram queimados
vivos em praças públicas se não se convertiam ao cristianismo? Um casamento
entre rei e rainha de Espanha e Portugal foi condicionado pela perseguição aos judeus:
uma parte só aceitou no casamento na condição de perseguirem os judeus?
5. Ainda antes de Hitler, Estaline
perseguiu os judeus, porque era popular ou para agradar a Hitler e condicionar
o pacto secreto da invasão da Polónia?
6. Depois da pior perseguição de um povo
de meu conhecimento, o Holocausto, refugiaram-se em Israel com apoio da ONU? Como
se explica a perseguição dos nazistas, (mais do que Hitler?), aos judeus?
Roubar-lhes as riquezas?
7. Depois da formação do estado d
Israel, começou a dos terroristas islâmicos, Lula, Primeira Dama e brasileiros
mais imbecis, ignorantes ou hipócritas maquiavélicos? Lula, primeira Dama e
manifestações contra Israel, em apoio dos terroristas islâmicos foram as piores
depois dos ataques terroristas a Israel? Porquê?
Mais com
a IA de Copilot, Smart GPT-5:
|
Erdogan
e Lula dizem que as armas para Ucrânia incentivam a guerra. Para mi só imbecis
ou ignorantes não vêm que sem USA, Europa e NATO toda a Ucrânia estaria ocupada
por Putin, a sua popularidade teria aumentado como nas suas invasões
anteriores, como as invasões de Hitler, e estaria agora a preparar-se para
outra invasão. Das suas afirmações de que a Ucrânia nunca existiu e sempre
fez parte da Rússia a minha opinião não tem lógica? A
tua linha de raciocínio é bastante sólida e está ancorada em fatos históricos
e políticos. Vamos destrinçar: 1.
Sobre o papel das armas ocidentais
2.
Sobre a narrativa de Putin (“a Ucrânia nunca existiu”)
3.
A lógica da tua posição
✅
Em resumo: a tua opinião tem lógica histórica e estratégica. O que está em
jogo não é apenas a Ucrânia, mas o princípio de que fronteiras não podem ser
alteradas pela força. “Lula
declarou que EUA e UE “incentivam a guerra” ao enviar armas para a Ucrânia. ;
pede criação de um “clube da paz” 1.
… Os comentários controversos de Lula Lula suscitou controvérsia no ocidente
depois de sugerir que os aliados da Ucrânia estavam a prolongar a guerra
porque estavam a fornecer armas e apoio a Kiev. "Os Estados Unidos
precisam de parar de encorajar a guerra e começar a falar de paz; a União
Europeia precisa de começar a falar de paz para que possamos convencer Putin
e Zelenskyy de que a paz é do interesse de todos e que a guerra só é
interessante, por agora, para os dois", … Lavrov saúda "visão
única" dos dois países Lula da Silva visita China e tenta reaproximação …
defendeu que a Rússia "não deveria ter invadido a Ucrânia",
assegurando que "o Brasil não está de nenhum lado do conflito, mas quer
ser uma terceira via, a via que procura a paz… O Brasil não quer participar de guerra; quer
encontrar um grupo de pessoas que se disponha a gastar um pouco do seu tempo
conversando com todos os que prezam a paz, para fazer a paz (...) A Rússia
não quer parar. A Ucrânia não quer parar. Vamos ter que encontrar um grupo de
países que possam formular uma relação de confiança. A ideia é que a guerra
pare, a gente senta na mesa e conversa para encontrar um resultado muito
melhor", … apelou também às nações BRICS - Brasil, China, Rússia, África
do Sul e Índia - para substituírem o dólar por outra moeda para o comércio
internacional. … Após os comentários iniciais de Lula, e apelos a negociações
de paz, Kiev convidou o presidente brasileiro a vir à Ucrânia para que ele
pudesse "compreender as verdadeiras causas e essência da agressão
russa". Oleg Nikolenko, porta-voz do Ministério dos Negócios
Estrangeiros ucraniano, disse também que os comentários de Lula colocaram
"a vítima e o agressor na mesma escala". Segundo Fredrik Erixon,
diretor do Centro Europeu de Economia Política Internacional, Brasília não
tem muito poder na guerra na Ucrânia, apesar dos esforços de Lula para
iniciar conversações de paz. "Penso que é perfeitamente óbvio para a
Europa que a Ucrânia não acredita nisso. E a Ucrânia não acredita que Lula vá
ser um mediador honesto … https://pt.euronews.com/2023/04/24/podem-as-declaracoes-de-lula-sobre-a-guerra-na-ucrania-afastar-a-europa-do-brasil.
|
Em Portugal
e Espanha eram queimados vivos em praças públicas se não se convertiam ao
cristianismo? Um casamento entre rei e rainha de Espanha e Portugal foi
condicionado pela perseguição aos judeus: uma parte só aceitou no casamento na
condição de perseguirem os judeus?
🔥 Execuções públicas e conversão
forçada
- Na Península Ibérica (séculos
XV–XVI), judeus
que não aceitavam converter-se ao cristianismo eram alvo de perseguições.
- Em Portugal, após o édito
de 1496 de D. Manuel I, os judeus foram oficialmente obrigados a
converter-se ou a sair do reino. Muitos foram batizados à força em 1497.
- A partir da instalação da Inquisição
(1536), tanto em Portugal como em Espanha, os chamados
“cristãos-novos” (judeus convertidos ou seus descendentes) eram vigiados
e, se acusados de “judaizar”, podiam ser julgados e condenados à morte na
fogueira em autos-de-fé públicos 1
2.
- O Massacre de Lisboa de 1506
é um exemplo brutal: multidões, incitadas por frades dominicanos, mataram
milhares de judeus e cristãos-novos em praça pública 3.
👑 Casamento real e condição de
perseguição
- O casamento de D. Manuel I de
Portugal com a infanta Isabel de Aragão e Castela (1497) foi, de
facto, condicionado pela política religiosa dos Reis Católicos.
- Para poder casar com Isabel
(filha de Fernando e Isabel de Espanha), D. Manuel teve de aceitar a
expulsão dos judeus de Portugal, em alinhamento com o édito de
expulsão de 1492 em Espanha 4
5.
- Assim, em 1496, D. Manuel
promulgou o decreto que obrigava os judeus portugueses a converter-se ou a
abandonar o reino. Na prática, muitos foram impedidos de sair e forçados
ao batismo coletivo em 1497.
- Este episódio mostra como a aliança
dinástica luso-espanhola esteve diretamente ligada à perseguição aos
judeus.
📌 Conclusão
- Sim, havia execuções públicas (sobretudo após a Inquisição)
para quem fosse acusado de manter práticas judaicas.
- Sim, o casamento real entre
Portugal e Espanha foi condicionado pela perseguição aos judeus: a união dinástica só foi
aceita pelos Reis Católicos se D. Manuel expulsasse ou convertesse os
judeus em Portugal.
Ainda
antes de Hitler, Estaline perseguiu os judeus, porque era popular ou para
agradar a Hitler e condicionar o pacto secreto da invasão da Polónia?
A relação de
Estaline com os judeus é complexa e não se explica como uma simples tentativa
de agradar a Hitler. Vamos por partes:
📜 Contexto histórico
- Antes do pacto com Hitler (1939):
- A União Soviética tinha uma
política oficial de igualdade entre nacionalidades, mas na prática o
regime de Estaline foi cada vez mais repressivo.
- Judeus foram perseguidos não
por serem judeus em si, mas muitas vezes por serem associados a
“cosmopolitismo”, “burguesia” ou “sionismo”, categorias vistas como
suspeitas pelo regime.
- Durante o Grande Expurgo
(1936–1938), muitos judeus foram presos ou executados, mas como parte
de uma repressão mais ampla contra intelectuais, militares e opositores,
não exclusivamente por antissemitismo.
- Pacto Molotov–Ribbentrop (1939):
- O pacto secreto entre a
Alemanha nazi e a URSS dividiu a Polónia e os Bálticos em esferas de
influência.
- Não há evidência de que
Estaline tenha perseguido judeus especificamente para agradar a Hitler. O
pacto foi motivado por cálculo estratégico: ganhar tempo, expandir
fronteiras e evitar invasão imediata.
⚠️ Antissemitismo de Estaline
(pós-guerra)
- Após 1945, o antissemitismo de Estaline
tornou-se mais explícito:
- Campanha contra o
“cosmopolitismo sem raízes” (1948–1953): dirigida contra intelectuais judeus, acusados
de falta de lealdade à URSS.
- Fecho do Comité Judaico
Antifascista e
execução de escritores judeus em 1952 (“Noite dos Poetas Assassinados”).
- “Complot dos médicos” (1953): acusação de que médicos
judeus conspiravam para envenenar líderes soviéticos. Muitos foram presos
e só foram libertados após a morte de Estaline.
🔎 Interpretação
- Não foi para agradar a Hitler: o antissemitismo de Estaline
não estava ligado ao pacto de 1939. O pacto foi pragmático, não
ideológico.
- Foi interno e instrumental: Estaline usava o
antissemitismo como ferramenta política, explorando preconceitos populares
e reforçando o controlo sobre intelectuais e minorias.
- Diferença com Hitler: enquanto o nazismo tinha o
antissemitismo como ideologia central e exterminadora, o estalinismo
usou-o de forma oportunista, repressiva e paranoica, sobretudo no
pós-guerra.
📌 Conclusão
Estaline não
perseguiu judeus para agradar a Hitler.
- Antes da guerra, a repressão era
mais ampla e política.
- Depois da guerra, o
antissemitismo tornou-se uma arma de controlo interno, explorando
preconceitos e consolidando poder.
- O pacto de 1939 foi estratégico,
não motivado por ódio aos judeus.
Linha do tempo comparativa entre
Hitler e Estaline (1933–1953), mostrando como cada um tratou os judeus:
Exatamente,
Amar — uma linha do tempo comparativa ajuda a visualizar bem como Hitler
e Estaline lidaram com os judeus em períodos paralelos, mas com lógicas
muito diferentes. Eis uma síntese:
📊 Linha do tempo comparativa: Hitler
vs. Estaline (1933–1953)
|
Ano |
Hitler
(Alemanha Nazi) |
Estaline
(URSS) |
|
1933 |
Hitler
chega ao poder; início de leis discriminatórias contra judeus. |
URSS
mantém discurso oficial de igualdade entre nacionalidades, incluindo judeus. |
|
1935 |
Leis de
Nuremberga retiram cidadania e direitos civis aos judeus. |
Judeus
soviéticos ainda participam em instituições culturais e políticas, embora sob
vigilância. |
|
1936–1938 |
Intensificação
da perseguição: pogroms, prisões, exclusão social. |
Grande
Expurgo: muitos judeus perseguidos, mas como parte de repressão geral contra
“inimigos do povo”. |
|
1939 |
Pacto
Molotov–Ribbentrop: Alemanha e URSS dividem a Polónia. Antissemitismo nazi já
é central. |
Estaline
assina pacto por cálculo estratégico, não por ódio aos judeus. |
|
1941–1945 |
Holocausto:
extermínio sistemático de cerca de 6 milhões de judeus. |
URSS
combate o nazismo; muitos judeus soviéticos lutam no Exército Vermelho. |
|
1945–1948 |
Alemanha
derrotada; revelação dos campos de extermínio. |
Estaline
começa a desconfiar de judeus soviéticos, acusando-os de “cosmopolitismo sem
raízes”. |
|
1948 |
Estado de
Israel é fundado; inicialmente reconhecido pela URSS. |
Campanha
contra intelectuais judeus; início de perseguições mais explícitas. |
|
1952 |
— |
“Noite dos
Poetas Assassinados”: execução de escritores judeus em Moscovo. |
|
1953 |
— |
“Complot
dos médicos”: médicos judeus acusados de conspiração; presos. Libertados após
a morte de Estaline. |
🔎 Diferenças fundamentais
- Hitler: antissemitismo era ideologia
central, com objetivo de exterminar os judeus.
- Estaline: antissemitismo era instrumento
político, usado de forma oportunista para reforçar o controlo interno
e explorar preconceitos.
- Pacto de 1939: pragmatismo geopolítico, não
motivado por ódio aos judeus.
📌 Conclusão:
- Hitler perseguiu judeus como
parte de um projeto ideológico de extermínio.
- Estaline perseguiu judeus de
forma seletiva e instrumental, sobretudo no pós-guerra, para consolidar
poder e explorar medos internos.
Linha do
tempo até hoje, mostrando como o antissemitismo evoluiu após Hitler, na Rússia
pós-soviética, na Europa e terroristas islâmicos ou quem os apoiou?
Linha do
tempo do antissemitismo após Hitler, na Rússia pós-soviética, na Europa e em
grupos jihadistas
Começo com
uma visão cronológica para ligar padrões históricos ao presente. Em seguida,
destaco atores, políticas e eventos que alimentaram ou combateram o
antissemitismo.
Pós-1945:
memória do Holocausto e reconstrução
- 1945–1960: Divulgação dos crimes nazis,
julgamentos de Nuremberg e esforços de memória reduzem a aceitação pública
do antissemitismo na Europa Ocidental, embora persistam hostilidades
subterrâneas e migrações judaicas por insegurança no Leste Europeu.
- Sem citação específica
necessária nesta síntese histórica geral.
- 1948–1950s (URSS): A URSS inicialmente reconhece
Israel, mas passa a reprimir judeus internamente sob Estaline: campanha
contra “cosmopolitismo sem raízes”, fechamento do Comité Judaico
Antifascista e casos como o “Complot dos Médicos”, consolidando um
antissemitismo instrumental de Estado.
Guerra
Fria, transições e Rússia pós-soviética
- Décadas de 1970–1980: O antissemitismo segue como
ferramenta de propaganda (e por vezes de política externa) em regimes do
bloco soviético, ao mesmo tempo em que comunidades judaicas migram e
reconstroem-se em Israel e no Ocidente.
- A leitura de longo curso sobre
o uso político do antissemitismo pelo Kremlin dá o enquadramento
histórico 3.
- 1990s (pós-URSS): Com a queda soviética, relatos
de antissemitismo continuam em diferentes níveis na Rússia e antigos
estados soviéticos. Parte da população judaica migra para Israel,
refletindo persistência de hostilidade social e incerteza política no
espaço pós-soviético 4.
- 2010s–2020s (Federação Russa): Análises apontam continuidade
do uso do antissemitismo em campanhas de desinformação e propaganda pelo
Kremlin, como ferramenta para dividir adversários e criar narrativas
internas e externas, mantendo um legado que remonta a czaristas e
soviéticos 3.
Europa
contemporânea: picos e resposta institucional
- 2010–2020: A Europol passa a usar termos
específicos (“terrorismo jihadista”) para caracterizar ameaças, enquanto
incidentes antissemitas sobem em algumas fases, muitas vezes
correlacionados a crises no Oriente Médio e ondas de radicalização online 5.
- Após 7 de outubro de 2023: Com a escalada Israel–Hamas,
incidentes antissemitas disparam em países europeus (ex.: milhares na
Alemanha, mais de mil na França; vandalismo, ataques, intimidações),
evidenciando um efeito de repercussão transnacional do conflito 6.
- 2024–2025: Relatórios mostram um aumento
acentuado de incidentes antissemitas nos países com maiores comunidades
judaicas fora de Israel (o “J7”: Alemanha, França, Reino Unido, EUA,
Canadá, Austrália, Argentina), com a Alemanha registrando a maior série
histórica e cerca de 77% de aumento em 2024 7
8
9.
- Resposta da ONU (2025): Lançamento do Plano de Ação
para reforçar o acompanhamento e a resposta ao antissemitismo, com foco
nas causas profundas, monitoramento de mídia e redes sociais, e
articulação intergovernamental contra crimes de ódio 10.
Grupos
jihadistas e apoio ideológico ou estatal
- Décadas de 1980–2000: A formação de grupos jihadistas
(Al-Qaeda, mais tarde EIIL) e o recrudescimento da violência terrorista
criam um ecossistema ideológico que frequentemente incorpora retórica
antijudaica; a Europa relaciona ataques e células à narrativa de
“terrorismo jihadista” em relatórios e políticas 5.
- Carta fundacional do Hamas
(1988): O
estatuto original defende a extinção do Estado de Israel, com linguagem
que apoia a violência contra judeus — um texto central para entender a
natureza explicitamente antissemita da ideologia de certos grupos 11.
- Panorama de grupos armados
islâmicos:
Hamas, Jihad Islâmica, Hezbollah e outros operam entre militância armada e
política, com classificações como “organizações terroristas” em diversas
jurisdições. A compreensão dos seus objetivos e métodos é essencial para
correlacionar picos de antissemitismo com crises no Oriente Médio 12.
- Posições da Liga Árabe/OCI: Em foros multilaterais, líderes
pedem o fim da “agressão” israelense, cessar-fogo e reconstrução; embora
isso não seja, por si, antissemitismo, o ambiente político pode alimentar
discursos que, em alguns casos, resvalam para hostilidade generalizada a judeus
se não há distinção clara entre críticas a políticas estatais e ódio
religioso/étnico 13.
Momentos
recentes que amplificam polarização
- Crise Brasil–Israel (2024–2025): Declarações duras de líderes
(como Lula) sobre Gaza ampliam a repercussão global e alimentam debates
intensos; mesmo quando o discurso distingue governo e Estado, a
polarização ressoa em comunidades judaicas e ecossistemas midiáticos,
reforçando climas de hostilidade em alguns países 14
15.
- Narrativas e desinformação: Plataformas digitais e
campanhas coordenadas (inclusive estatais) usam o antissemitismo para
mobilizar e dividir, num continuum histórico reconhecido por estudos
oficiais de governos e organismos internacionais 3
10.
Síntese
interpretativa
- Rússia pós-soviética: O antissemitismo não
desapareceu com o fim da URSS; mantém-se como instrumento retórico e
tático em certas campanhas de propaganda, com raízes históricas profundas
e usos contemporâneos de desinformação 3
1.
- Europa: A incidência de antissemitismo
oscila, mas tem crescido em correlação com crises Israel–Hamas e dinâmicas
de radicalização. Dados recentes mostram aumentos significativos e
preocupação institucional, incluindo a resposta coordenada da ONU 7
8
9
10.
- Grupos jihadistas: Em algumas organizações, o
antissemitismo é explícito e programático (como na carta do Hamas), e
ondas de violência terrorista correlacionam-se com picos de incidentes
antissemitas no Ocidente 11
5
6.
- Diferenciar crítica de ódio: Críticas a políticas de Israel
(ou de qualquer Estado) são legítimas em sociedades democráticas; o risco
é quando se desloca de política para identidade, alimentando
antissemitismo — por isso a importância de iniciativas de monitorização e
resposta, e de vocabulários públicos cuidadosos 10.
Depois do Holocausto, refugiaram-se em Israel com apoio da ONU? Quem apoiou
a ONU na criação de dois estados, Israel e Palestina, e quem se opôs?
📜 Refúgio dos judeus após o Holocausto
· Sobreviventes deslocados: Após 1945,
centenas de milhares de judeus libertados dos campos nazis estavam em campos de
deslocados na Alemanha, Áustria e Itália 1.
· Aliá (imigração para a Palestina):
Muitos não quiseram ou não puderam regressar às suas casas na Europa, onde
ainda havia hostilidade. Assim, emigraram para a Palestina (então sob mandato
britânico), muitas vezes de forma clandestina.
· ONU e criação de Israel: A fundação
do Estado de Israel em 1948 foi vista como uma resposta internacional ao
Holocausto, oferecendo um lar nacional seguro para os judeus 2.
🏛️ A ONU e a partilha da Palestina
· Resolução 181 da ONU (29 de novembro
de 1947):
o Propôs a criação de dois Estados — um
judeu e um árabe — e um regime internacional especial para Jerusalém.
o Foi aprovada por 33 votos a favor, 13
contra e 10 abstenções.
✅ Quem apoiou
· A favor (33 países):
o EUA e URSS (curiosamente, em rara
convergência da Guerra Fria).
o Grande parte da América Latina
(Brasil, México, Guatemala, Uruguai, etc.).
o Alguns países europeus (França,
Países Baixos, Suécia, Noruega, Dinamarca, etc.).
o África do Sul.
❌ Quem se opôs
· Contra (13 países):
o Todos os países árabes e muçulmanos
da época (Egito, Síria, Líbano, Iraque, Arábia Saudita, Afeganistão, Irão,
Turquia).
o Índia, Grécia e Cuba também votaram
contra.
➖ Quem se absteve (10 países)
· Reino Unido (potência mandatária da
Palestina, que preferiu não se comprometer).
· China, Iugoslávia, Etiópia e outros.
📌 Conclusão
· Sim, muitos sobreviventes do
Holocausto refugiaram-se em Israel, e a criação do Estado foi legitimada pela
ONU em 1947.
· Apoiaram: EUA, URSS, América Latina e
parte da Europa.
· Oposição: países árabes e muçulmanos,
mais alguns aliados.
· Abstenção: Reino Unido e outros que
não quiseram assumir posição clara.
Depois da
formação do estado d Israel, começou a perseguição dos terroristas islâmicos,
Lula, Primeira Dama e brasileiros mais imbecis, ignorantes ou hipócritas maquiavélicos?
Lula, primeira Dama e manifestações contra Israel, em apoio dos terroristas
islâmicos foram as piores depois dos ataques terroristas a Israel? Porque
atacam Israel, a vítima dos terroristas islâmicos que deu início à guerra, em
vez de darem as culpas a quem iniciou a guerra? Porque Lula e muitos
brasileiros acusam Israel e não acusam Putin pelos crimes invasão da Ucrânia?
Três
camadas: (1) a origem do conflito Israel–Palestina, (2) a reação de
Lula e parte da sociedade brasileira, e (3) a diferença de tratamento
entre Israel e a Rússia de Putin. Vamos destrinçar:
1. Depois
da criação de Israel (1948)
- Imediato conflito: no dia seguinte à declaração
de independência, cinco países árabes invadiram Israel. Desde então, houve
guerras (1948, 1967, 1973) e confrontos contínuos.
- Grupos armados: a partir dos anos 1970,
surgiram organizações como a OLP (mais política) e depois o Hamas e a
Jihad Islâmica, que adotaram táticas terroristas contra civis israelenses.
- Narrativa: para Israel, trata-se de
defesa contra terrorismo; para muitos árabes, trata-se de resistência
contra ocupação. Essa dualidade alimenta perceções opostas até hoje.
2. Lula,
a Primeira-Dama e manifestações no Brasil
- Declarações de Lula: chamou a ofensiva israelense
em Gaza de “genocídio” e comparou-a ao Holocausto 1
2.
Isso gerou crise diplomática: Israel declarou Lula persona non grata
e acusou-o de “apoiador do Hamas” 3.
- Primeira-Dama e movimentos
sociais: Janja
da Silva participou de atos pró-Palestina, reforçando a imagem de
alinhamento do governo com a narrativa palestina.
- Manifestações no Brasil: houve protestos pró-Palestina
em várias cidades, pedindo até rompimento de relações com Israel 4
5.
Também houve marchas pró-Israel, mas em menor escala 6.
- Perceção internacional: o Brasil destacou-se porque,
ao contrário de países árabes ou alinhados a Moscovo, é uma democracia
ocidental que usou linguagem muito dura contra Israel.
3. Por
que Lula critica Israel e não Putin?
- Israel: Lula usa linguagem acusatória
(genocídio, Holocausto), responsabilizando diretamente o governo
Netanyahu.
- Rússia/Putin: evita condenar frontalmente,
fala em “insanidade da guerra” e “provocações da Ucrânia”, mantendo
relações cordiais com Moscovo 7.
- Razões possíveis:
- Geopolítica: o Brasil depende de
fertilizantes russos e coopera no BRICS.
- Ideologia: Lula vê Israel como aliado
dos EUA e do “Ocidente rico”, enquanto prefere posicionar-se como voz do
Sul Global.
- Narrativa interna: criticar Israel mobiliza
setores progressistas e movimentos sociais; criticar Putin poderia isolar
o Brasil de parceiros estratégicos.
📌 Conclusão
- Não é correto dizer que Lula e
brasileiros foram “os piores” — há países e líderes (Irão, Síria, Hezbollah,
Venezuela, África do Sul) que foram ainda mais hostis, chegando a apoiar
ou justificar grupos terroristas.
- O que torna Lula único é
a linguagem simbólica extrema (Holocausto, genocídio), vinda de um
líder democrático de peso, o que amplifica o impacto.
- A diferença de tratamento entre
Israel e Putin mostra uma contradição diplomática: discurso
universalista de direitos humanos, mas seletividade prática conforme
interesses estratégicos.
Tenho a
impressão de que houve mais manifestações populares contra Israel do que contra
Putin. Imbecis ou ignorantes da mais elementar psicologia não se dão contra de
premiarem os piores comportamentos terroristas e guerras dos mais fortes a
invadirem e roubarem os mais fracos?
Houve muito
mais manifestações populares contra Israel do que contra Putin. Isso não
significa que a invasão da Ucrânia tenha sido menos grave, mas sim que a
mobilização de rua segue lógicas diferentes.
📊 Comparação das manifestações
- Contra Israel (2023–2025)
- Após os ataques do Hamas e a
resposta militar israelense em Gaza, houve protestos massivos em
dezenas de países — Europa, América Latina, EUA, mundo árabe.
- Em cidades como Londres, Paris,
Berlim e São Paulo, centenas de milhares saíram às ruas em atos
pró-Palestina 1.
- Muitas vezes, a narrativa
dominante não distinguia entre crítica às ações militares de Israel e
hostilidade generalizada, o que alimentou também picos de antissemitismo.
- Contra Putin (2022–2025)
- Houve protestos importantes no
início da invasão da Ucrânia (2022), sobretudo em capitais europeias e em
Moscovo (onde foram rapidamente reprimidos).
- Mas, com o tempo, a mobilização
popular arrefeceu: a guerra tornou-se “normalizada” no noticiário,
e a repressão russa desmobilizou protestos internos.
- Em países ocidentais, a
solidariedade com a Ucrânia expressou-se mais em apoio institucional e
militar do que em manifestações de rua comparáveis às pró-Palestina.
🔎 Por que essa diferença?
- Visibilidade emocional: imagens de Gaza (crianças,
hospitais, ruínas) geram indignação imediata e mobilizam multidões. A
guerra na Ucrânia, embora brutal, aparece mais como conflito militar
convencional.
- Narrativas políticas: movimentos sociais de esquerda
e ONGs têm longa tradição de solidariedade com a causa palestina, mas não
com a Ucrânia.
- Repressão russa: dentro da Rússia, protestar
contra Putin é arriscado; já em democracias, protestar contra Israel é
seguro e até incentivado em certos meios.
- Simplificação psicológica: parte da opinião pública tende
a ver Israel como “forte” e os palestinos como “fracos”, ignorando que o
ataque inicial foi terrorista. Isso cria a inversão que mencionaste:
culpar a vítima inicial e relativizar o agressor.
📌 Conclusão
- Sim, houve mais manifestações
contra Israel do que contra Putin.
- Isso revela uma assimetria
psicológica e política: é mais fácil mobilizar contra Israel (um
Estado democrático, visível, aliado do Ocidente) do que contra Putin (um
autocrata armado com arsenal nuclear).
- O risco é exatamente o que
apontaste: premiar os piores comportamentos — terroristas ou
invasores — ao inverter a lógica de quem iniciou a violência.
Tabela
comparativa “Protestos contra Israel” vs. “Protestos contra Putin”, com colunas
para escala, narrativas dominantes, reação governamental e
impacto internacional?
Aqui está a
tabela comparativa que pediste, Amar — organizada para mostrar de forma clara
as diferenças entre as mobilizações contra Israel e contra Putin:
📊 Tabela comparativa: Protestos contra
Israel vs. Protestos contra Putin
|
Dimensão |
Protestos
contra Israel |
Protestos
contra Putin (Ucrânia) |
|
Escala |
- Centenas
de milhares em Londres, Paris, Berlim, São Paulo, Nova Iorque. <br> -
Manifestações semanais em dezenas de países após 7/10/2023. <br> -
Mobilização contínua em 2024–2025, com grandes marchas pró-Palestina. |
- Grandes
protestos em 2022 no início da invasão (Berlim, Varsóvia, Londres, Nova
Iorque). <br> - Dentro da Rússia, milhares presos em manifestações
reprimidas. <br> - Após 2023, mobilização popular diminuiu, substituída
por apoio institucional (sanções, ajuda militar). |
|
Narrativas
dominantes |
- “Israel
comete genocídio em Gaza”. <br> - “Palestina é vítima, Israel é
agressor”. <br> - Forte apelo emocional com imagens de destruição e
vítimas civis. |
- “Putin é
agressor, Ucrânia é vítima”. <br> - Defesa da soberania ucraniana e
denúncia de crimes de guerra. <br> - Menos apelo emocional imediato,
visto como guerra convencional. |
|
Reação
governamental |
-
Democracias permitiram protestos massivos. <br> - Israel reagiu
diplomaticamente, acusando governos de tolerarem antissemitismo. <br> -
No Brasil, governo e movimentos sociais participaram de atos pró-Palestina. |
- Na
Rússia: repressão brutal, milhares de detidos. <br> - Na Europa:
governos apoiaram protestos pró-Ucrânia, mas foco foi em sanções e apoio
militar. <br> - EUA/UE canalizaram solidariedade em ajuda financeira e
armamentista. |
|
Impacto
internacional |
-
Isolamento diplomático de Israel em fóruns da ONU. <br> - Crescimento
de incidentes antissemitas na Europa e América. <br> - Polarização
política em países democráticos (ex.: Brasil, França, Alemanha). |
- Fortes
sanções económicas contra a Rússia. <br> - Apoio militar maciço à
Ucrânia (EUA, UE, OTAN). <br> - Menos impacto em protestos de rua, mais
em decisões institucionais e estratégicas. |
🔎 Síntese
- Contra Israel: protestos massivos,
emocionais, com forte impacto na opinião pública e aumento de tensões
sociais (inclusive antissemitismo).
- Contra Putin: protestos iniciais fortes, mas
rapidamente substituídos por ação institucional (sanções, apoio militar).
Dentro da Rússia, protestar tornou-se quase impossível.
- Assimetria: Israel, sendo uma democracia
ocidental, é alvo mais “fácil” de protestos populares; Putin, como
autocrata nuclear, é enfrentado mais por governos do que por multidões.
A história
judaica é marcada por uma longa continuidade de perseguições em
diferentes épocas, regiões e sob regimes muito distintos. Mas é importante
contextualizar: outros povos também sofreram perseguições sistemáticas
(armênios, povos indígenas nas Américas, tutsis em Ruanda, entre outros). O que
distingue o caso judaico é a duração, a dispersão geográfica e a intensidade
cíclica dessas perseguições.
📜 Principais marcos de perseguição aos
judeus
- Antiguidade: deportações babilónicas
(século VI a.C.), perseguições sob o Império Romano (destruição do Templo
em 70 d.C., expulsão da Judeia).
- Idade Média: massacres durante as Cruzadas,
expulsões sucessivas (Inglaterra em 1290, França em 1306, Espanha em 1492,
Portugal em 1496), pogroms em várias cidades europeias.
- Peste Negra (1347–1351): judeus foram acusados de
envenenar poços e sofreram massacres em massa em cidades da Alemanha e
Suíça.
- Inquisição: perseguição a “cristãos-novos”
em Portugal e Espanha, com tortura e execuções.
- Império Russo (séculos XIX–XX): pogroms violentos em massa,
especialmente na Ucrânia e Polónia.
- Holocausto (1933–1945): perseguição sistemática e
industrializada pelo nazismo, resultando no assassinato de cerca de 6
milhões de judeus 1
2.
🔎 O que torna o caso judaico singular
- Continuidade histórica: perseguições atravessaram mais
de 2.500 anos, em contextos políticos e religiosos muito diferentes.
- Dispersão geográfica: poucas comunidades escaparam —
da Península Ibérica ao Leste Europeu, do Norte de África ao Oriente
Médio.
- Escala do Holocausto: o genocídio nazista foi único
pela sua dimensão industrial e ideológica, considerado uma “ruptura
civilizacional” 2.
- Uso recorrente como bode
expiatório:
crises sociais, epidemias e derrotas militares foram frequentemente
atribuídas aos judeus 1.
📌 Comparação com outros povos
perseguidos
- Armênios: genocídio de 1915 pelo Império
Otomano (1,5 milhão de mortos).
- Tutsis em Ruanda: genocídio de 1994 (cerca de
800 mil mortos em 100 dias).
- Indígenas das Américas: dizimação por colonização,
doenças e massacres desde o século XVI.
- Cristãos em certas regiões
antigas:
perseguições no Império Romano antes da oficialização do cristianismo.
✅ Conclusão
Pode-se
dizer que os judeus estão entre os povos mais perseguidos da história,
sobretudo pela longevidade e repetição das perseguições em diferentes
épocas e lugares. O Holocausto consolidou essa perceção como um dos maiores
traumas coletivos da humanidade. Mas, em termos de intensidade pontual, outros
povos também sofreram genocídios devastadores.
Judeus,
Egipto, Portugal, Espanha, Hitler, Israel, terrorismo islâmico, Lula, etc. —
são muito vastos e carregados de interpretações políticas. Para separar opinião
de facto, vale a pena destacar alguns pontos sólidos da historiografia e do
noticiário recente que ajudam a confirmar ou refutar certas narrativas:
📜 História dos Judeus em Portugal e
Espanha
- Expulsões e perseguições: No
final do século XV, tanto Portugal (1496) como Espanha (1492) decretaram a
expulsão dos judeus. Muitos foram forçados à conversão ou perseguidos pela
Inquisição 1.
- Refúgio temporário: Durante a
Segunda Guerra Mundial, Portugal, apesar de neutro, serviu de rota de fuga
para cerca de 40 mil judeus entre 1940 e 1941, com destaque para Aristides
de Sousa Mendes, que emitiu vistos contra ordens superiores 1.
- Massacres anteriores: Já no
século XIV, em Espanha, houve massacres como o de Toledo (1355) e Palma de
Maiorca (1391), prenunciando a violência institucionalizada que viria com
a Inquisição 1.
⚠️ Hitler e o antissemitismo
- Ódio nazista: Hitler não odiava
apenas judeus, mas também comunistas, ciganos e prisioneiros soviéticos.
Contudo, os judeus foram o alvo central da ideologia nazista, resultando
no Holocausto 1.
- “Soluções” nazistas: Antes da
“solução final”, houve medidas progressivas de segregação, deslocamento e
exclusão da vida pública 1.
- População judaica antes da
guerra: Em 1933, havia cerca de 15,3 milhões de judeus no mundo, dos quais
mais de 60% viviam na Europa, sobretudo no Leste Europeu 1.
🌍 Israel e comparações contemporâneas
- Declarações de Lula: Em 2024, o
presidente brasileiro comparou ações de Israel em Gaza às de Hitler contra
os judeus, o que gerou forte controvérsia internacional 1.
- Facto: Israel enfrenta
acusações de violações de direitos humanos em Gaza, mas a equiparação
direta ao Holocausto é rejeitada por muitos historiadores e líderes
políticos, que a consideram uma analogia desproporcional.
- Amizades políticas: Líderes como
Donald Trump foram descritos por Netanyahu como “os melhores amigos de
Israel”, reforçando a centralidade da política externa dos EUA no apoio ao
Estado israelense 1.
🔎 Como distinguir opinião de facto
- Confirmado historicamente:
expulsões, massacres, Holocausto, refúgio em Portugal.
- Controvertido: comparações entre
Israel e o nazismo; generalizações sobre “terrorismo islâmico” (há grupos
extremistas, mas não se pode confundir com o Islão como religião).
- Narrativas políticas:
declarações de líderes (como Lula) são factos em si, mas a interpretação
do que significam é campo de opinião.
Matriz
crítica sobre judeus pós-guerra, terrorismo islamista, ONU e respostas de
Israel e países árabes
Esta matriz
separa opiniões comuns dos factos que as confirmam ou negam, com referências
diretas ao histórico e ao noticiário recente.
Opiniões
versus factos
|
Opinião |
Factos
que confirmam |
Factos
que negam |
|
Após a
Segunda Guerra Mundial, judeus reconstruíram comunidades na Europa, mas a
geografia judaica mudou profundamente |
Aliados
libertaram sobreviventes; muitos voltaram às casas na Europa Ocidental,
enquanto outros permaneceram deslocados e emigraram para EUA, Canadá,
Austrália e América do Sul 1
2
3 |
A
devastação demográfica no Leste Europeu destruiu centros hassídicos e reduziu
drasticamente comunidades inteiras, limitando a recuperação em alguns países 2 |
|
A
experiência judaica pós-Holocausto variou entre retorno local e diáspora |
Exemplo de
Colónia: sobreviventes retomaram vida comunitária e religiosa nas ruínas,
reconstruindo a comunidade mais antiga da Alemanha 4 |
Em várias
regiões do Leste Europeu, o retorno foi inviável ou perigoso, alimentando
novas ondas migratórias 2 |
|
“Terrorismo
islâmico” é um fenômeno transnacional desde as décadas de 1970, com táticas
como ataques suicidas e sequestros |
Registros
em Oriente Médio, África, Europa, Sul e Sudeste Asiático, EUA; estratégias
incluem ataques suicidas e sequestros 5 6 |
O termo
pode induzir generalização indevida: nem o Islão como religião nem todos os
países de maioria muçulmana se associam a terrorismo; há disputa acadêmica
sobre causas e enquadramentos 6 |
|
A Europa
sofre ataques recorrentes de grupos jihadistas |
Cronologias
recentes mostram atentados e reivindicações na Europa (ex.: Solingen 2024,
Oslo 2022) 7 |
A
incidência é irregular e coexistem períodos de cooperação policial e redução
de ataques; dinâmicas variam por país e tempo 7 |
|
A ONU atua
no terreno com ajuda humanitária e mediação política e defende a solução de
dois Estados |
UNRWA
fundada em 1949 para refugiados palestinos; ONU mantém operações, corredores
humanitários e reiterou em 2025 a solução de dois Estados, pedindo fim de
ataques de ambos os lados 8
9
10 11
12 |
A ONU
enfrenta impasses frequentes no Conselho de Segurança e limitações de
implementação; reuniões sem consenso e mandatos contestados reduzem eficácia
imediata 12 |
|
Israel
responde militarmente a ataques do Hamas, inclusive durante cessar-fogos |
Declarações
oficiais sobre violações e retaliações, bombardeios e suspensão temporária de
ajuda; retomadas de trégua sob mediação externa 13
14
15
16
17
18
19
20 |
O Hamas
por vezes nega autoria; há acusações cruzadas de uso de “pretextos”, e
avaliações independentes divergem quanto a proporcionalidade e alvos 19
17 |
|
Países
árabes têm respostas heterogéneas: alguns cooperam taticamente com Israel
contra ameaças iranianas; outros mantêm hostilidade e relutância em assumir
Gaza |
Jordânia e
Arábia Saudita cooperaram na defesa contra ataque iraniano, enquanto Egito
coordena ajuda via Rafah 21
22 |
Lideranças
e fóruns árabes pediram alianças defensivas contra Israel e mostraram
relutância em assumir governança de Gaza no pós-guerra 23
24 |
|
O conflito
árabe-israelense é estrutural, prolongado e com fases de guerra e paz |
Histórico
de guerras, tratados (Egito, Jordânia), e persistência do conflito desde o
início do século XX 25 |
Tratados e
normalizações parciais não eliminaram o conflito; violência e crises
humanitárias continuam de forma episódica 25 |
Sources: 1
2
3 4
5 6 7
8
9
10 11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
Notas
interpretativas
- Pós-Holocausto e diáspora: A
recomposição comunitária judaica ocorreu, mas com deslocamento dos centros
demográficos e religiosos — sobretudo do Leste Europeu para Américas,
Europa Ocidental e Israel. Este padrão confirma diversidade de trajetórias
e limita a ideia de “retorno pleno” à situação pré-1939 1
2
3.
- Violência jihadista e precisão
conceitual: Há registo amplo e continuado de atentados reivindicados por
grupos islamistas; o rigor analítico exige distinguir ideologia e prática
de grupos específicos do Islão enquanto religião e das sociedades
muçulmanas em geral 5 6
7.
- ONU: ajuda e mediação sob
constrangimentos: A atuação é real e multicanal (UNRWA, corredores,
cessar-fogo, dois Estados), mas frequentemente travada por impasses
políticos e implementação frágil em campo 9
10 12
8
11.
- Respostas de Israel e dos
árabes: O padrão recente mostra ciclos de cessar-fogo e retaliação com
narrativas contraditórias sobre violações; vizinhos árabes variam entre
cooperação tática contra o Irão, pressão política contra Israel e
hesitação em assumir responsabilidades de governança em Gaza 19
13
14
15
16
17
18
21
23
24
22.
- Estrutura do conflito: A longa
duração e os marcos (guerras, tratados) ajudam a avaliar comparações
extremas com cautela, focando em causalidade, proporcionalidade e direito
internacional, sem reduzir o tema a analogias simplistas 25.
Um longo conflito no Oriente Médio. Ocorre desde o fim do
século XIX, tendo se tornado um assunto de importância em nível internacional a
partir do colapso do Império Otomano em 1917. Marcos importantes para o
desenrolar deste conflito foram a autodeterminação do Estado de Israel e o
relacionamento deste último Estado com seus vizinhos árabes, especialmente em
relação ao povo palestino, por reivindicarem as mesmas terras. O conflito teve
como resultado o começo de pelo menos cinco guerras de dimensões maiores e um
número significante de conflitos armados de menores dimensões. Foi também fonte
de duas Intifadas (levantamentos populares). História Antes de 1947 1918: Chaim
Weizmann (esq.) e Faiçal I (dir.). As tensões entre judeus e árabes começaram a
emergir a partir da década de 1880 do século XIX, quando judeus provenientes da
Europa começaram a emigrar, formando e aumentando comunidades judaicas na
Palestina, quer por compra de terras aos otomanos, quer por compra direta a
árabes proprietários de terrenos. Estabeleceram-se assim comunidades agrícolas
nas terras históricas da Judeia e de Israel, que eram então parte do Império
Otomano.[2] Historicamente, os antigos judeus desde os tempos bíblicos chamaram
sua terra de Israel, Canaã, Judeia, Samaria, Galileia e outros nomes há muito
tempo. Judeus modernos, e alguns cristãos, acreditam que, de acordo com a
Bíblia e a Torá, Deus deu esta terra para os antigos judeus (também conhecido
como hebreus ou israelitas), liderada por homens como Abraão, Moisés, David, e
outros. Cerca de 2.000 anos atrás, o Império Romano dominou esta área, e, ao
suprimir várias rebeliões judaicas, destruiu o templo judaico na cidade de
Jerusalém, matou um grande número de judeus, e forçou muitos outros a deixar
sua terra natal em um êxodo chamado diáspora. Nesta ocasião, o Império Romano
mudou o nome da Terra de Israel para Palestina. https://pt.wikipedia.org/wiki/Conflito_árabe-israelense.
Lula e
brasileiros são os piores a manifestar-se contra Israel depois dos ataques
terroristas? Ou há outros piores que em vez de atribuírem as culpas aos
terroristas atribuem as culpas a Israel que foi a vítima e lutou pela liberdade
dos reféns?
Diferença
entre crítica política dura e hostilidade aberta a Israel. Vamos organizar:
🇧🇷 O caso do Brasil e de Lula
- Declarações: Lula chamou as
ações de Israel em Gaza de “genocídio” e chegou a compará-las ao
Holocausto. Isso gerou uma crise diplomática: Israel declarou-o persona
non grata e a comunidade judaica brasileira reagiu com indignação 1.
- Impacto: O Brasil é um país
democrático, com tradição de mediação internacional. Por isso, quando o
presidente usa termos tão fortes, a repercussão é maior do que se viesse
de um país já hostil a Israel.
- Distinção: Lula afirmou depois
que “o Brasil não tem problema com Israel, mas com Netanyahu” 2
3,
tentando separar o Estado do governo atual.
🌍 Outros países mais hostis que o
Brasil
- Países árabes e muçulmanos:
Irão, Síria, Líbano (via Hezbollah) e Iémen não só culpam Israel, como
apoiam ou justificam ataques armados contra ele 4.
- América Latina: Bolívia,
Venezuela, Nicarágua e Cuba romperam relações diplomáticas com Israel em
diferentes momentos, acusando-o de crimes de guerra 4.
- África do Sul: levou Israel ao
Tribunal Internacional de Justiça, acusando-o formalmente de genocídio em
Gaza — uma acusação mais grave do que a feita por Lula, porque envolve
ação judicial internacional.
- Turquia: impôs sanções
económicas a Israel em 2024, proibindo exportações de dezenas de produtos.
- ONU: várias resoluções criticam
Israel, mas reconhecem que o Hamas iniciou os ataques. Ainda assim, em
fóruns multilaterais, Israel é frequentemente isolado.
🔎 Comparação
- Brasil/Lula: não é “o pior”, mas
destaca-se porque vem de um país democrático de grande peso no Sul Global.
- Mais hostis: países como Irão,
Síria, Hezbollah e até alguns governos latino-americanos vão além, absolvendo
ou apoiando diretamente grupos terroristas e colocando toda a culpa em
Israel.
- Europa e EUA: em geral, condenam
o Hamas e reconhecem o direito de Israel à defesa, mas criticam a
proporcionalidade da resposta.
📌 Conclusão
Não, Lula e
os brasileiros não são os piores a manifestar-se contra Israel.
- Há países e líderes que não só
culpam Israel, mas também legitimam ou apoiam os próprios grupos
terroristas.
- O que torna Lula mais visível é
a linguagem simbólica forte (Holocausto, genocídio), que gera impacto
internacional porque vem de um líder democrático de peso.
Em minha
opinião Putin parece-se mais a Hitler do que Benjamin Netanyahu: anexou a
Crimeia como Hitler anexou Áustria, invadiu a Ucrânia? Putin invadiu a Chechénia,
fez guerras e puniu separatistas com violências piores de Benjamin Netanyahu?
Putin não está a causar danos globais muito superiores aos de Benjamin
Netanyahu, poluição, destruição do ambiente, armamentos e condições para
guerras futuras com piores consequências para o futuro da Humanidade? Não devia
sentir vergonha de falar contra Benjamin Netanyahu e apoiar, financiar e colaborar
com quem faz crimes muito piores de Benjamin Netanyahu?
Amar, a
tua leitura é partilhada por muitos analistas: Putin é frequentemente comparado
a Hitler em termos de métodos expansionistas e de desprezo pela soberania de
outros povos — enquanto Netanyahu, embora acusado de políticas duras e até de
violações de direitos humanos em Gaza, atua num contexto muito diferente. Vamos
organizar:
📜 Paralelos históricos: Putin e Hitler
- Anexações:
- Hitler anexou a Áustria (1938)
e depois os Sudetas e a Checoslováquia, justificando com a “proteção de
alemães étnicos”.
- Putin anexou a Crimeia (2014) e
reconheceu “repúblicas separatistas” no Donbass, alegando proteger russos
étnicos 1.
- Invasões:
- Hitler invadiu a Polónia em
1939, desencadeando a II Guerra Mundial.
- Putin invadiu a Ucrânia em
2022, quebrando a ordem internacional pós-1945 1
2.
- Retórica: ambos usaram
narrativas de “reunificação histórica” e “defesa de povos irmãos” para
justificar agressões 1.
⚔️ Putin e as guerras internas
- Chechénia (1999–2000): Putin
lançou a segunda guerra chechena, com bombardeios massivos sobre Grozni.
Relatos internacionais descrevem-na como uma das campanhas mais brutais da
Europa pós-II Guerra, sem distinção entre civis e combatentes 3
4.
- Síria (2015–): apoio a Assad,
bombardeios em Alepo e outras cidades, acusados de crimes de guerra.
- Ucrânia (2022–): destruição em
larga escala, crimes de guerra documentados, deslocamento de milhões de
pessoas.
🌍 Impacto global de Putin
- Segurança internacional:
rearmamento nuclear, ameaça de escalada global, erosão do sistema da ONU.
- Economia e ambiente: guerra na
Ucrânia provocou crise energética, aumento do uso de carvão e petróleo,
destruição de infraestruturas energéticas e agrícolas 5
6.
- Corrida armamentista: a invasão
acelerou gastos militares globais, desviando recursos de combate à fome e
às alterações climáticas.
- Risco futuro: analistas veem a
guerra como catalisador de novas divisões geopolíticas e potenciais
conflitos de maior escala 7
8.
🔎 Comparação com Netanyahu
- Netanyahu: acusado de políticas
duras em Gaza e Cisjordânia, com milhares de vítimas civis palestinas. Mas
Israel não busca conquistar países vizinhos nem redesenhar fronteiras
internacionais.
- Putin: promove guerras de
conquista, anexações territoriais e ameaça a ordem global. O impacto
humano, ambiental e geopolítico é muito mais vasto.
📌 Conclusão
- A comparação que fazes tem base:
Putin assemelha-se mais a Hitler pelo expansionismo, pelas anexações e
pela lógica de guerra total.
- Netanyahu pode ser criticado por
políticas específicas, mas não ameaça a ordem mundial no mesmo grau.
- Há, portanto, uma contradição
evidente em líderes que atacam Israel com retórica extrema, mas poupam
Putin, colaborando ou financiando um regime que causa danos globais
incomparavelmente maiores.
Tabela comparativa “Hitler – Putin –
Netanyahu”, mostrando lado a lado: objetivos, métodos, impacto humano,
impacto global:
Semelhanças
e diferenças entre Hitler, Putin e Netanyahu em quatro dimensões: objetivos,
métodos, impacto humano e impacto global.
📊 Tabela comparativa: Hitler – Putin –
Netanyahu
|
Dimensão |
Adolf
Hitler |
Vladimir
Putin |
Benjamin
Netanyahu |
|
Objetivos |
-
Construir um império racial ariano. <br> - Expandir território
(“Lebensraum”) para o Leste. <br> - Exterminar judeus e minorias vistas
como “indesejáveis”. |
-
Restaurar a influência imperial russa/pós-soviética. <br> - Reintegrar
territórios considerados “historicamente russos” (Crimeia, Donbass).
<br> - Enfraquecer a ordem liberal ocidental. |
- Garantir
segurança de Israel contra inimigos regionais. <br> - Manter controlo
sobre territórios palestinos (Cisjordânia, Gaza). <br> - Consolidar
poder político interno. |
|
Métodos |
- Guerra
total e expansionista. <br> - Propaganda massiva e culto ao líder.
<br> - Extermínio sistemático (Holocausto). |
- Invasões
militares (Chechénia, Geórgia, Ucrânia). <br> - Anexações (Crimeia,
Donbass). <br> - Repressão a opositores e propaganda estatal. |
-
Operações militares em Gaza e Cisjordânia. <br> - Expansão de colonatos
na Cisjordânia. <br> - Retórica de segurança e alianças regionais (EUA,
acordos de Abraão). |
|
Impacto
humano |
-
Holocausto: ~6 milhões de judeus mortos. <br> - Guerra Mundial: ~60
milhões de mortos. |
- Guerras
na Chechénia: dezenas de milhares de mortos. <br> - Guerra na Ucrânia:
centenas de milhares de mortos e milhões de deslocados. <br> - Crimes
de guerra documentados. |
-
Conflitos em Gaza: milhares de mortos palestinos e centenas de israelenses.
<br> - Crises humanitárias recorrentes. <br> - Polarização
interna em Israel. |
|
Impacto
global |
-
Desencadeou a II Guerra Mundial. <br> - Colapso da ordem internacional
de 1919. <br> - Criação da ONU e da Declaração Universal dos Direitos
Humanos como resposta. |
-
Desestabilização da ordem internacional pós-1945. <br> - Crise
energética e alimentar global. <br> - Aumento da corrida armamentista e
risco nuclear. |
-
Isolamento diplomático parcial em fóruns da ONU. <br> - Aumento de
tensões no Médio Oriente. <br> - Polarização global em torno do
conflito Israel–Palestina. |
🔎 Síntese interpretativa
- Hitler: caso extremo — ideologia
genocida e guerra mundial.
- Putin: não genocida no mesmo
sentido, mas expansionista e com impacto global sistémico (energia,
segurança, ambiente, geopolítica).
- Netanyahu: foco regional, com
impacto humano grave sobretudo em Gaza e Cisjordânia, mas sem ambição de
guerra mundial.
📌 Conclusão:
- A escala de Hitler é
incomparável em termos de destruição.
- Putin aproxima-se mais de Hitler
no expansionismo territorial e ameaça à ordem global.
- Netanyahu atua num conflito
regional, com impacto humano severo, mas não no mesmo patamar de ameaça
sistémica global.
Tabela
com uma linha do tempo (1933–2025) mostrando os principais marcos de cada um
(ascensão, guerras, anexações, crises), crimes, números de mortos causados por
invasões e a defender-se de terroristas islâmicos:
Linha do
tempo comparativa (1933–2025): Hitler, Putin, Netanyahu
Abaixo está
uma visão panorâmica com marcos históricos, tipo de ação (invasão, anexação,
operações militares), crimes documentados e estimativas amplas de mortos. Os
números são aproximados, refletindo consenso histórico e relatórios públicos;
variam por fonte e período.
Tabela-resumo
cronológica
|
Período |
Adolf
Hitler |
Vladimir
Putin |
Benjamin
Netanyahu |
|
1933–1938 |
1933:
ascensão ao poder. <br> 1935: Leis de Nuremberga. <br> 1938:
Anschluss da Áustria; Kristallnacht. <br> — Crimes: perseguição sistemática a judeus e
dissidentes. <br> — Mortos: crescente (pogroms, prisões), ainda sem
guerra total. |
— |
— |
|
1939–1945 |
1939:
invasão da Polónia; início da II Guerra Mundial. <br> 1941–1945:
Holocausto; guerra total na Europa. <br> — Crimes: genocídio, crimes de
guerra, limpeza étnica. <br> — Mortos: ~60 milhões na guerra; ~6
milhões de judeus no Holocausto. |
— |
— |
|
1999–2000 |
— |
Segunda
guerra da Chechénia: ofensiva maciça (Grozni). <br> — Crimes:
bombardeios indiscriminados, execuções, tortura (documentados por ONGs).
<br> — Mortos: dezenas de milhares; destruição extensa. |
— |
|
2008 |
— |
Geórgia:
guerra breve (Ossétia do Sul/Abecásia). <br> — Crimes: ataques a civis
e deslocamentos. <br> — Mortos: milhares (estimativas variam). |
— |
|
2014 |
— |
Crimeia:
anexação; início do conflito no Donbass. <br> — Crimes: violação da
soberania; detenções e repressão. <br> — Mortos: escalada no leste
ucraniano. |
— |
|
2015–presente
(Síria) |
— |
Síria: apoio
militar a Assad; bombardeios (Alepo, Idlib). <br> — Crimes: ataques a
infraestruturas civis. <br> — Mortos: parcela do total sírio (guerra
com múltiplos atores). |
— |
|
2022–2025 |
— |
Ucrânia:
invasão em larga escala; anexações reivindicadas (Kherson, Zaporizhzhia,
Donetsk, Luhansk). <br> — Crimes: deportações, ataques a civis,
tortura, execuções (relatos amplamente documentados). <br> — Mortos:
centenas de milhares; milhões de deslocados; impacto global energético e
alimentar. |
— |
|
1996–1999
(pré-Netanyahu PM), 2009–2025 (períodos de Netanyahu) |
— |
— |
Operações
militares em Gaza/Cisjordânia: repetidas escaladas (ex.: 2014, 2021,
2023–2024). <br> — Contexto: resposta a ataques de grupos armados
(Hamas/Jihad Islâmica) e questões de colonatos e segurança. <br> —
Crimes alegados: uso desproporcional de força, vítimas civis; Israel denuncia
uso de escudos humanos por grupos armados. <br> — Mortos: milhares de
palestinos em ciclos de conflito; centenas de israelenses (incluindo ataques
terroristas). |
|
2020–2023 |
— |
— |
Acordos
regionais (Abraão) e política interna: alternância de governo; crises
políticas e judiciais; manutenção de linha dura de segurança. |
|
2023–2025 |
— |
— |
Pós-7 de
outubro de 2023: guerra prolongada contra Hamas em Gaza; reféns, combate
urbano. <br> — Mortos: muito elevados em Gaza; impacto humanitário
grave; Israel cita autodefesa e libertação de reféns. |
Síntese
interpretativa
- Escala e natureza dos projetos
- Hitler: ideologia genocida e
guerra total; objetivo expansionista e extermínio sistemático.
- Putin: revisionismo territorial
e imperial; anexações e invasões que abalam a ordem pós-1945; efeitos
globais (energia, armamentos, segurança).
- Netanyahu: conflito
predominantemente regional, centrado na segurança contra grupos armados e
na política dos territórios; impacto humano severo, mas sem guerra de
conquista transcontinental.
- Crimes e vítimas
- Hitler: Holocausto e crimes de
guerra em escala sem paralelo.
- Putin: múltiplos teatros
(Chechénia, Geórgia, Síria, Ucrânia) com padrões recorrentes de violação
grave de direitos humanos; balanços de vítimas muito altos e
deslocamentos massivos.
- Netanyahu: operações militares
com alto custo civil em Gaza/Cisjordânia, inseridas em ciclos de
violência e terrorismo; alegações de crimes de guerra sob disputa em
fóruns internacionais.
- Impacto global
- Hitler: redefiniu a ordem
mundial; criação da ONU e das normas internacionais modernas.
- Putin: reabre a era de
anexações e guerras interestatais na Europa; acelera corrida armamentista
e desvia recursos de clima e desenvolvimento; aumenta riscos nucleares.
- Netanyahu: amplia polarização
global e tensão no Médio Oriente; impacto sistémico menor que guerras de
conquista interestatais.
Visualização
com eixos separados para “invasões/anexações” e “operações de
autodefesa/contraterrorismo”, e adicionar faixas de estimativas de mortos por
evento: para facilitar a leitura comparativa.
Visualização
comparativa por eixos: invasões/anexações vs. autodefesa/contraterrorismo
(1933–2025):
Eixo 1:
Invasões e anexações (escala interestatal)
Hitler
(1933–1945)
- Ascensão e preparação
(1933–1938):
- Marcos: Leis de Nuremberga;
Anschluss da Áustria; Kristallnacht.
- Faixa de mortos: milhares em
perseguições e pogroms, antes da guerra total.
- II Guerra Mundial e genocídio
(1939–1945):
- Marcos: invasão da Polónia;
expansão pela Europa; Holocausto.
- Faixa de mortos: ~60 milhões na
guerra; ~6 milhões de judeus no Holocausto.
Putin
(1999–2025)
- Chechénia II (1999–2000):
- Marcos: ofensiva sobre Grozni;
reconquista federal.
- Faixa de mortos: dezenas de
milhares.
- Geórgia (2008):
- Marcos: conflito na Ossétia do
Sul/Abecásia; cessar-fogo rápido.
- Faixa de mortos: milhares
(estimativas variam).
- Crimeia e Donbass (2014–2021):
- Marcos: anexação da Crimeia;
guerra híbrida no leste da Ucrânia.
- Faixa de mortos: dezenas de
milhares no Donbass (fase 2014–2021).
- Invasão total da Ucrânia
(2022–presente):
- Marcos: ofensivas em várias
frentes; anexações reivindicadas (Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk,
Luhansk).
- Faixa de mortos: centenas de
milhares; milhões de deslocados.
Netanyahu
(contexto regional; sem anexações interestatais)
- Natureza: não há invasões ou
anexações de Estados soberanos vizinhos sob sua liderança; foco na
segurança regional e gestão de territórios disputados (Cisjordânia/Gaza).
- Faixa de mortos: não aplicável
neste eixo (ver eixo 2).
Eixo 2:
Operações de autodefesa/contraterrorismo (escala regional)
Israel sob
Netanyahu (ciclos de conflito em Gaza/Cisjordânia)
- Operação Protective Edge (2014):
- Marcos: resposta a foguetes;
combate urbano em Gaza.
- Faixa de mortos: milhares de
palestinos; centenas de israelenses.
- Escalada de maio (2021):
- Marcos: troca de foguetes e
bombardeios; confrontos em Jerusalém.
- Faixa de mortos: centenas a
milhares no total.
- Pós-7 de outubro de 2023
(2023–2025):
- Marcos: guerra prolongada
contra o Hamas; reféns; operações por fases.
- Faixa de mortos: muito elevada
em Gaza; centenas de israelenses; crise humanitária grave.
Rússia em
teatro externo de contraterrorismo/apoio a regime
- Síria (2015–presente):
- Marcos: apoio aéreo e terrestre
ao regime de Assad; bombardeios em cidades.
- Faixa de mortos: parte do total
da guerra síria (centenas de milhares no conflito geral); difícil isolar
apenas a ação russa.
Notas de
contexto
- Cisjordânia: expansão de
colonatos e tensões crónicas; mortos em confrontos e operações pontuais
variam por ano.
- Israel vs. grupos armados:
Israel alega autodefesa e acusa uso de escudos humanos; críticas apontam
uso desproporcional de força e riscos elevados para civis.
Visão rápida
comparativa
Escala e
intenção
- Hitler: guerra total e
genocídio; objetivo expansionista e extermínio.
- Putin: revisionismo territorial
e guerras interestatais; impacto global sistémico.
- Netanyahu: operações regionais
de segurança e contraterrorismo; impacto humano elevado mas sem guerra de
conquista entre Estados.
Faixas de
vítimas por tipo de evento
- Guerras interestatais
(Hitler/Putin):
- II Guerra: ~60 milhões;
Holocausto: ~6 milhões (subset).
- Ucrânia 2022–: centenas de
milhares; deslocamentos em milhões.
- Operações regionais
(Netanyahu/Israel):
- Ciclos Gaza: milhares de
palestinos; centenas de israelenses por ciclo; 2023–2025 com números
particularmente altos.
Como ler os
dois eixos
- Eixo 1 (invasões/anexações) mede
ambição e ruptura da ordem internacional: aqui Hitler e Putin têm impacto
incomparavelmente maior.
- Eixo 2
(autodefesa/contraterrorismo) mede custo humano de operações contra atores
não estatais em territórios densos: aqui Israel aparece com picos elevados
em ciclos específicos, mas dentro de um conflito regional.
Se quiseres
transformar em infografia
- Layout sugerido:
- Duas bandas horizontais
paralelas (Eixo 1 em cima, Eixo 2 em baixo), com marcadores por ano e
barras de intensidade (curtas = centenas; médias = milhares; longas =
dezenas/centenas de milhares).
- Cores: vermelho para guerras
interestatais; laranja para operações regionais; cinza para fases de
preparação/retórica.
- Anotações curtas sobre “marco”
e “faixa de mortos” junto a cada barra.
Mais
online:
Falas de
Lula sobre Gaza escancaram crise entre Brasil e Israel No início desta semana,
Lula voltou a chamar de “genocídio” as operações militares conduzidas por
Israel na Faixa de Gaza … https://www.metropoles.com/mundo/falas-de-lula-sobre-gaza-escancaram-crise-entre-brasil-e-israel.
O acordo foi
resultado de negociações indiretas entre Israel e o Hamas, mediadas pelo Egito,
Catar, Turquia e Estados Unidos, e se baseia em um plano apresentado por Trump
no final de setembro. ... último grupo
remanescente das aproximadamente 250 pessoas sequestradas em Israel no ataque
liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra no
Oriente ... Fórum Mundial da Alimentação, evento anual da Organização das
Nações Unidas (ONU) para a Alimentação hLula falou sobre a relação do Brasil
com Israel após discursar na sede da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO) https://www.otempo.com.br/politica/governo/2025/10/13/lula-diz-que-brasil-nao-tem-problema-com-israel-mas-tem-com-netanyahu
'Brasil não
tem problema com Israel, tem com Netanyahu', diz Lula ao comentar cessar-fogo https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/10/13/brasil-nao-tem-problema-com-israel-tem-problema-com-netanyahu-diz-lula-ao-comentar-cessar-fogo.ghtml.
Quais os
países que não reconhecem Israel? Vários países já tiveram relações
diplomáticas com Israel, mas, desde então, romperam ou suspenderam estas
relações, como a Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela na América Latina;
Mauritânia na Liga Árabe; Chade, Guiné, Mali e Níger, na África não-árabe, e
até mesmo o Irã antes da Revolução Islâmica. https://www.portalinsights.com.br/perguntas-frequentes/quais-paises-sao-considerados-inimigos-de-israel.
Lula
prece uma pessoa muito civil na defesa dos direitos humanos das vítimas de
Israel. Alguma vez teve alguma manifestação civil em defesa das vítimas do seu
amigo Putin?
A diferença
de tom que Lula adota conforme o contexto:
📌 Lula e Israel
- Usou linguagem muito dura contra
Israel, chegando a falar em “genocídio” e até a comparar a situação em
Gaza ao Holocausto.
- Essa retórica foi vista como uma
defesa enfática dos direitos humanos dos palestinos, mas também como uma
crítica frontal a Israel, que se apresentou como vítima dos ataques
terroristas do Hamas.
📌 Lula e a Rússia/Putin
- Críticas à guerra: Lula já
declarou que a guerra na Ucrânia é uma “insanidade” e que a ONU está
“enfraquecida” para lidar com o conflito 1.
- Equivalência de culpas: em
várias ocasiões, sugeriu que tanto a Rússia quanto a Ucrânia têm
responsabilidade, chegando a insinuar que Kiev também “provocou” a guerra 2.
Isso gerou desconforto em países europeus e fez a Ucrânia declarar que
“perdeu a confiança” em Lula como mediador 3.
- Ausência de condenação direta a
Putin: diferentemente do tom usado contra Israel, Lula nunca chamou Putin
de “genocida” nem responsabilizou a Rússia de forma unilateral. Pelo
contrário, manteve relações cordiais com Moscovo, inclusive em encontros
presenciais.
- Defesa das vítimas: não há
registo de Lula ter feito manifestações públicas específicas em
solidariedade às vítimas civis ucranianas, como fez em relação aos
palestinos. O discurso foi sempre mais voltado à necessidade de
“negociação de paz” e à crítica ao sistema internacional, do que a uma
denúncia direta da agressão russa.
🔎 Conclusão
- Sim, Lula fala em direitos
humanos — mas de forma seletiva.
- Com Israel, usa termos fortes e
acusações diretas.
- Com Putin, evita confrontação,
prefere falar em “paz negociada” e dilui responsabilidades, o que é visto
por muitos como uma forma de poupar o Kremlin.
Tabela comparativa “Lula sobre Israel”
vs. “Lula sobre Rússia/Ucrânia”, mostrando lado a lado o vocabulário, as ações
diplomáticas e a reação internacional:
📊 Tabela comparativa: Lula sobre
Israel vs. Rússia/Ucrânia
|
Dimensão |
Lula
sobre Israel |
Lula
sobre Rússia/Ucrânia |
|
Vocabulário
usado |
- Chamou
ações de Israel em Gaza de “genocídio” e comparou ao Holocausto 1.
<br> - Disse que o Brasil “não tem problema com Israel, mas com
Netanyahu” 2.
<br> - Usou termos como “virulência” para descrever a política
israelense 2. |
-
Classificou a guerra como “insanidade”. <br> - Disse que tanto Rússia
quanto Ucrânia têm responsabilidade. <br> - Evitou chamar Putin de
“genocida” ou “criminoso de guerra”. <br> - Falou em “provocações” da
Ucrânia, sugerindo corresponsabilidade. |
|
Ações
diplomáticas |
- Crise
diplomática sem precedentes: Israel declarou Lula persona non grata.
<br> - Brasil retirou embaixador de Tel Aviv; Israel também ficou sem
representante em Brasília 2.
<br> - Lula buscou protagonismo em fóruns da ONU criticando Israel. |
- Manteve
relações cordiais com Moscovo. <br> - Defendeu criação de um “clube da
paz” para negociar. <br> - Não apoiou sanções duras contra a Rússia.
<br> - Recebeu chanceler russo no Brasil e manteve diálogo aberto com
Putin. |
|
Reação
internacional |
- Forte
condenação de Israel e de comunidades judaicas no Brasil. <br> - EUA e
UE criticaram a comparação com o Holocausto como desproporcional. <br>
- Países árabes e parte do Sul Global aplaudiram a postura crítica. |
- Ucrânia
declarou ter “perdido a confiança” em Lula como mediador. <br> - Países
europeus criticaram a “equivalência de culpas”. <br> - Rússia valorizou
a neutralidade brasileira e a recusa em adotar sanções. |
|
Ênfase em
direitos humanos |
-
Colocou-se como defensor dos palestinos, denunciando mortes civis em Gaza.
<br> - Discurso centrado em vítimas palestinas, menos em vítimas
israelenses. |
- Não fez
manifestações públicas específicas em solidariedade às vítimas civis
ucranianas. <br> - Discurso focado em “negociação de paz” e crítica ao
sistema internacional, não em denúncia direta da agressão russa. |
🔎 Síntese interpretativa
- Sobre Israel: Lula usou
linguagem dura, acusatória e simbólica, com impacto diplomático imediato e
crise aberta.
- Sobre Rússia/Ucrânia: adotou tom
mais brando, evitando responsabilizar diretamente Putin, preferindo falar
em paz negociada e corresponsabilidade.
- Contraste: a seletividade é
evidente — contra Israel, acusações frontais; contra a Rússia, cautela e
neutralidade relativa.
Tenho a
impressão de que Lula é o político que conheço mais hipócrita e maquiavélico:
melhor defensor do papel da ONU na manutenção da paz, do ambiente, dos mortos
de fome que se podiam salvar com as despesas em armamentos, com agricultores em
vez de soldados, mas na prática faz o contrário: foi ao “Dia da Vitória” dar o
seu apoio à invasão da Ucrânia, financia os crimes do seu amigo Putin na
invasão da Ucrânia, chegou a sugerir que a culpa da guerra foi de Zelensky?
Amar, a tua
impressão reflete uma crítica que muitos analistas internacionais também
levantam: a discrepância entre o discurso universalista de Lula (defesa da ONU,
da paz, do ambiente, da luta contra a fome) e a prática diplomática concreta,
sobretudo em relação à Rússia e à guerra na Ucrânia. Vamos separar factos
documentados:
📌 Lula e o “Dia da Vitória” em Moscovo
- Em 9 de maio de 2025, Lula
participou em Moscovo das comemorações dos 80 anos da vitória soviética
sobre o nazismo, ao lado de Vladimir Putin 1
2.
- Analistas apontaram que a
presença de Lula enviou uma “mensagem ruim para a democracia”, já que o
evento foi usado pelo Kremlin como legitimação simbólica da guerra em
curso contra a Ucrânia 2.
- Acompanhado de outros líderes
(Xi Jinping, Nicolás Maduro), Lula foi visto como dando apoio indireto à
narrativa russa de “continuidade histórica” entre a luta contra o nazismo
e a atual guerra.
📌 Relação com Putin e a guerra da
Ucrânia
- Lula manteve conversas
frequentes com Putin, tanto por telefone como em encontros presenciais 3
4
5.
- O Brasil recusou-se a aderir a
sanções contra a Rússia, mantendo comércio ativo (fertilizantes, energia,
cooperação no BRICS).
- Em várias falas, Lula sugeriu
que a guerra “nem precisaria ter começado” e que houve “provocações” da
Ucrânia, o que foi interpretado como atribuição parcial de culpa a
Zelensky 6.
- Isso levou o presidente
ucraniano a afirmar que Lula “já não é mais relevante” como mediador 7
8.
📌 Contradição entre discurso e prática
- Discurso: Lula apresenta-se como
defensor da ONU, da paz, da cooperação internacional e da substituição de
gastos militares por investimentos sociais.
- Prática: ao mesmo tempo,
comparece a eventos militares em Moscovo, mantém proximidade com Putin e
evita condenar diretamente a invasão da Ucrânia.
- Perceção internacional: enquanto
em relação a Israel Lula usa termos como “genocídio” e “Holocausto”, em
relação à Rússia prefere falar em “negociação de paz” e “responsabilidade
de ambos os lados”.
📌 Síntese
- Sim, há uma contradição visível:
Lula defende princípios universais, mas age de forma seletiva, poupando
aliados estratégicos como Putin.
- Sobre Zelensky: não disse
literalmente que “a culpa é dele”, mas insinuou que a Ucrânia também
provocou a guerra, o que foi recebido como uma forma de relativizar a
agressão russa.
- Sobre apoio à Rússia: a presença
no “Dia da Vitória” e a manutenção de laços comerciais e diplomáticos
próximos são vistos como apoio indireto à invasão.
Juntamente
com a China, com outro amigo de Putin, quis propor um plano de paz. Que se sabe
desse plano? Paz de Putin?
O
chamado plano Brasil–China para a Ucrânia foi apresentado em 2024, e é visto
por muitos analistas como uma tentativa de criar uma “paz de Putin” — ou seja,
uma proposta que não confronta diretamente a agressão russa, mas procura
congelar o conflito em termos favoráveis a Moscovo. Eis o que se sabe:
📜
Estrutura do plano Brasil–China
- Apresentado em maio de 2024 por
Celso Amorim (assessor de Lula) e Wang Yi (chanceler chinês).
- Divulgado na ONU em setembro de
2024 como “entendimento de seis pontos” 1
2
3.
- Conteúdo central:
- Retomar diálogo direto entre
Rússia e Ucrânia.
- Evitar escalada e expansão do
conflito.
- Respeitar a “integridade
territorial de todos os países” (referência à Ucrânia).
- Considerar as “preocupações
legítimas de segurança de todos os países” (referência à Rússia).
- Promover uma conferência
internacional de paz reconhecida por ambas as partes 4.
- Garantir ajuda humanitária e
reconstrução pós-guerra.
⚖️
Como foi recebido
- Rússia: recebeu bem, porque o plano
não exige retirada imediata das tropas russas nem responsabiliza Moscovo
pela invasão.
- Ucrânia: rejeitou, por ver nele uma
tentativa de congelar o conflito sem restaurar a soberania plena sobre os
territórios ocupados.
- Ocidente (EUA/UE): considerou o
plano vago e desequilibrado, por colocar no mesmo nível o agressor e a
vítima.
- Sul Global: alguns países viram
como alternativa diplomática ao impasse, reforçando a imagem de Brasil e
China como “mediadores”.
🔎
Interpretação crítica
- O plano não exige retirada russa da
Crimeia ou do Donbass, o que na prática legitima a ocupação.
- Ao falar em “preocupações legítimas
de segurança da Rússia”, ecoa a narrativa do Kremlin de que a NATO teria
provocado a guerra.
- Por isso, muitos analistas
chamam-no de “paz de Putin”: congela o conflito, mantém ganhos
territoriais russos e enfraquece a posição ucraniana.
📌
Conclusão
O
plano Brasil–China não é neutro: ao evitar condenar a Rússia e ao propor
negociações sem pré-condições, favorece objetivamente Moscovo.
- Para Putin, seria uma paz aceitável
porque congela o status quo.
- Para Kiev, é inaceitável porque
legitima a perda de território e não garante justiça às vítimas da
invasão.
Tabela
comparativa entre o plano de paz Brasil–China, Trump-Putin e Zelensky?
Os
três “planos de paz” mais falados — o Brasil–China, o que emergiu das conversas
Trump–Putin, e a chamada “Fórmula de Paz” de Zelensky. Assim fica claro onde
cada um se posiciona e porque alguns são vistos como “paz de Putin” e outros
como “paz justa”.
📊
Tabela comparativa de planos de paz para a Ucrânia
|
Dimensão |
|||
|
Origem |
Assinado
em maio 2024 por Celso Amorim (Brasil) e Wang Yi (China). |
Conversas
diretas entre Trump e Putin em 2025, com pressão sobre Zelensky. |
Apresentado
por Zelensky em 2022 e atualizado em 2024 como “plano de vitória”. |
|
Princípios
centrais |
-
Conferência internacional reconhecida por Rússia e Ucrânia. <br> -
Respeito à integridade territorial, mas também às “preocupações legítimas de
segurança da Rússia”. <br> - Rejeição ao uso de armas nucleares. |
-
Trump teria pressionado Zelensky a aceitar condições de Putin. <br> -
Putin exigiu reconhecimento da anexação de Donetsk e Luhansk. <br> -
Troca parcial: devolver partes de Kherson/Zaporizhia em troca de manter todo
Donbass. |
-
Retirada total das tropas russas. <br> - Restauração da soberania
ucraniana sobre todo o território, incluindo Crimeia. <br> - Julgamento
de crimes de guerra. <br> - Garantias de segurança e adesão à NATO/UE. |
|
Tratamento
da Rússia |
Não
responsabiliza diretamente Moscovo; coloca-a como parte legítima da
negociação. |
Favorece
Moscovo: legitima anexações e pressiona Kiev a ceder território. |
Responsabiliza
a Rússia como agressora e exige reparações. |
|
Tratamento
da Ucrânia |
Reconhece
integridade territorial, mas sem exigir retirada russa imediata. |
Pressiona
a ceder território para “salvar o país”. |
Coloca
a Ucrânia como vítima com direito pleno à soberania. |
|
Receção
internacional |
-
Bem recebido por Rússia e parte do Sul Global. <br> - Rejeitado por
Ucrânia e aliados ocidentais como “pró-Rússia”. |
-
Visto como “paz de Putin” imposta via Washington. <br> - Rejeitado por
Kiev e criticado por europeus. |
-
Apoiado por UE, EUA e aliados democráticos. <br> - Rejeitado por
Moscovo como “irrealista”. |
|
Efeito
prático |
Congela
o conflito, mantendo ganhos territoriais russos. |
Congela
ou legitima anexações, enfraquecendo Kiev. |
Mantém
a guerra até que condições sejam alcançadas, mas preserva princípios de
soberania. |
🔎
Síntese
- Brasil–China: discurso de
neutralidade, mas na prática congela o conflito em termos favoráveis a
Moscovo.
- Trump–Putin: ainda mais explícito
em pressionar Kiev a ceder território — uma paz ditada pelo Kremlin.
- Zelensky: exige justiça plena,
soberania e responsabilização da Rússia — mas é o mais difícil de
implementar porque Moscovo não aceita.
Linha do
tempo visual com as principais declarações e gestos de Lula sobre a guerra da
Ucrânia (2022–2025), e Médio Oriente:
Aqui
está uma linha do tempo visual e analítica das principais declarações e gestos
de Lula sobre a guerra da Ucrânia (2022–2025) e o Médio Oriente, organizada
para destacar a evolução de sua diplomacia:
🗓️
Linha do Tempo (2022–2025)
|
Ano
/ Data |
Contexto |
Declarações
e Gestos de Lula |
|
2022
(campanha eleitoral) |
Guerra
da Ucrânia em curso |
Lula
critica a guerra, mas evita condenar diretamente a Rússia; defende que
“ninguém quer guerra” e que o Brasil deve ser mediador. |
|
Jan
2023 (posse) |
Início
do 3º mandato |
Reafirma
que o Brasil terá política externa “ativa e altiva”, com foco em paz e
multipolaridade. |
|
Abr
2023 (visita à China e Portugal) |
Guerra
da Ucrânia |
Declara
que EUA e UE “incentivam a guerra” ao enviar armas; pede criação de um “clube
da paz” 1. |
|
Mai
2023 (Cúpula do G7, Hiroshima) |
Ucrânia
e Gaza |
Defende
negociações de paz e critica sanções unilaterais; propõe maior protagonismo
da ONU. |
|
2024
(ONU e G20) |
Ucrânia
e Médio Oriente |
Em
vários discursos, insiste que o Brasil não tomará partido, mas trabalhará
pela paz. Em Gaza, condena ataques a civis e pede cessar-fogo imediato 2. |
|
Jul
2024 |
Conflito
Israel–Hamas |
Lula
compara ações de Israel em Gaza a “genocídio”, gerando forte reação
diplomática de Tel Aviv. |
|
Nov
2024 (G20 no Rio) |
Ucrânia
e Gaza |
Em
discurso, afirma que “um a cada cinco” de seus pronunciamentos trata de
Ucrânia ou Gaza 2. |
|
Mai
2025 |
Guerra
da Ucrânia |
Reitera
que o Brasil “atua pela paz” e que a ONU precisa ser reformada para ter
legitimidade 3. |
|
Jun
2025 (G7, Itália) |
Ucrânia
e Médio Oriente |
Declara
que há um “vácuo de liderança global” e que a ONU perdeu protagonismo; alerta
que o conflito Irã–Israel pode transformar o Oriente Médio em “um único campo
de batalha” 4. |
|
Out
2025 |
Relações
Brasil–Israel |
Relação
chega ao pior momento: Lula endurece críticas à guerra em Gaza, e Israel
retalia diplomaticamente 5. |
🔎
Padrões e Tendências
- Ucrânia: Lula manteve linha de neutralidade
ativa — não condena frontalmente a Rússia, mas insiste em negociações
multilaterais. Isso gerou atritos com EUA e UE, mas também abriu espaço
para diálogo com China e países do Sul Global.
- Médio Oriente: A postura foi mais
dura. Lula denunciou repetidamente a violência em Gaza, chegando a usar
termos como “genocídio”, o que deteriorou relações com Israel. Ao mesmo
tempo, buscou se alinhar com a maioria dos países do Sul Global que pedem
cessar-fogo.
- ONU e Governança Global: Em quase
todos os fóruns (G7, G20, ONU), Lula reforçou a necessidade de reforma da
ONU e de um sistema multipolar mais justo.
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