Terroristas islâmicos, piores criminosos antes do criminoso do século Putin, fascínio dos piores?
Os terroristas islâmicos foram os piores criminosos antes do criminoso do século Putin. Sem o bárbaro ataque às torres de Nova Yorque certamente não seriam as guerras de invasão do Iraque Afeganistão para combater o terrorismo. O povo americano sentiu a afronta, 84% desejavam uma vingança imediata e Bush, como bom democrata, fez a vontade da maioria. Agora atacaram Israel, originaram uma guerra e mais de meio mundo apoiou os terroristas. É evidente que sem os ataques terroristas a Israel não seria uma guerra em que perderam as duas partes. Não compreendo porque mais de meio mundo apoiou os terroristas e só USA, alguns mais civis da Europa ou com inteligência e bom senso de justiça compreendera quem foi o culpado. Não compreendo como tantos defenderam os terroristas. A mais vergonhosa e que mais me desiludiu foi Greta Thunberg, logo no dia seguinte a manifestar com terroristas ou fãs dos terroristas. Imbecilidade, ignorância ou o fascínio dos piores criminosos e desprezo dos melhores? Porque não manifestam contra o invasor Putin e os terroristas islâmicos que atacaram Israel?
Recordo a maior manifestação de imbecis, ignorantes,
drogados, violentos contra os melhores representantes das melhores democracias no
G8 de Génova. Uns 300.000 manifestantes destruíram Génova, causaram 200 milhões
de danos que eu e os mais honestos contribuintes pagámos. Putin era um desses 8
democratas, antes de degenerar em ditador criminoso. Após a queda do muro de
Berlin e “Cortina de Ferro” os comunistas viram as diferenças das democracias
ocidentais e quase tudo era mais popular: bichas de casamentos nos Mc Donalds,
Estaline desceu a uma opinião negativa para cerca de 99% dos russos. Putin não
aceitou essa humilhação e começou a restaurar o orgulho dos ladrões
imperialistas, militaristas, maquiavélicos, estalinistas da ex-URSS. Cada
guerra para reconstituir o império perdido aumentou a sua popularidade. Muitos
entraram na OTAN com medo de voltarem à ditadura estalinista que Putin estava a
criar. Porque não há hoje 300.000 a manifestar contra Putin como manifestaram
contra o governo democraticamente eleito de Berlusconi e mais 7 dos presidentes
mais democráticos e eficientes?
Putin, o criminoso do século, a cometer os piores crimes
depois de Hitler e Estaline, não tem as críticas e protestos como Israel. Não
foi o invasor? Não está a cometer mais crimes contra a humanidade numa guerra
que ele iniciou? Porque apoiam terroristas islâmicos responsáveis pela guerra? Não
seria mais justo e com melhores consequências para o futuro da humanidade se
manifestassem contra agressores, Putin e terroristas islâmicos? A Europa foi invadida
por drones russos, Putin diz que não tem nada a ver com isso. Mais uma mentira
do pior Pinóquio da história com o seu “exercito secreto” Grupo Wagner às suas
ordens, financiado pelo Estado russo, com o Pinóquio e seus papagaios a
repetirem que era um grupo privado com o qual não tinham nenhuma responsabilidade?
Trump e muitos chefes de estados decretaram a paz? Ou não
passou de um teatro de finta paz em que os terroristas ficaram premiados e
estimulados a novos ataques?
Mais com
a IA de Copilot:
A Europa foi
invadida por drones de fabricação russa? Quantos e onde até hoje, (19/10/2025)?
Putin diz que não tem nada a ver com isso. Mais uma mentira de Putin como
quando disse nenhuma responsabilidade pelos atos do Grupo Wagner? Só num artigo
online estão documentadas com a Inteligência Artificial, IA, 35 mentiras de Putin.
Faltam muitas outras, como dizer que não invadiria a Ucrânia poucos dias antes
de a invadir? Falta a de acusar a Ucrânia de genocídio do povo ucraniano, à
semelhança de Putin? Outras mentiras documentadas? Putin e Hitler são os piores
mentirosos da história para os seus objetivos? O Grupo Wagner foi chamado: seu “exercito
secreto”, às suas ordens, financiado pelo Estado russo, com seus papagaios a
repetirem que era um grupo privado com o qual não tinham nenhuma responsabilidade?
Mais um método da KGB?
Incursões de
drones na Europa e atribuição à Rússia
- Incidentes recentes: Autoridades
europeias relataram “incursões de múltiplos drones russos” no espaço aéreo
europeu, o que levou líderes da UE a discutir a criação de um “muro
antidrones” — uma rede em camadas de detecção e interceptação com radares,
sensores acústicos, bloqueadores e artilharia — após semanas de episódios.
O Kremlin negou envolvimento direto. A iniciativa foi debatida na
Dinamarca por chefes de Estado e governo da UE 1.
- Caso na Polónia: Em 10 de
setembro de 2025, a Polónia, com apoio de caças da OTAN, abateu drones
identificados como russos que haviam entrado no seu espaço aéreo e invocou
consultas sob o Artigo 4 da OTAN. O Kremlin disse que o Ministério da
Defesa deveria esclarecer o caso, sem confirmar ataque 2.
- Avaliação estratégica: Análises
de defesa descrevem a produção em massa de drones (como “Geranium”) pela
Rússia e o uso de salvas coordenadas como táticas testadas na guerra
contra a Ucrânia, levantando preocupação de que a distância já não protege
a Europa e a interceptação se torna mais cara e desgastante com o tempo 3.
- Quantidade e locais até
19/10/2025: Não há um número unificado oficial público que some todos os
drones que violaram o espaço aéreo europeu; os relatos apontam para
episódios na Polónia e para “últimas semanas” de incursões em países da
UE, motivando coordenação defensiva. A informação disponível é episódica,
não um balanço consolidado 1
2
4.
Atribuições
e declarações de Putin
- Negativa de responsabilidade por
drones: Putin tem historicamente negado envolvimentos diretos em operações
atribuídas à Rússia quando politicamente custosas, e o padrão se repete
nas incursões por drones, com o Kremlin evitando confirmar ataques e
deslocando explicações para o Ministério da Defesa 2
4.
- Grupo Wagner e financiamento
estatal: Após o motim de junho de 2023, Putin declarou publicamente que o
Grupo Wagner foi “totalmente financiado” pelo Estado russo, citando
valores próximos a 86 bilhões de rublos entre maio de 2022 e maio de 2023
(cerca de US$ 1 bilhão), além de contratos da empresa de catering de
Prigozhin com o Estado. Isso contradiz narrativas anteriores que sugeriam
caráter “privado” e autonomia operacional 5
6
7.
- Rebranding e substituição na
África: Relatos indicam que o Kremlin promoveu um “rebranding” do Wagner,
transferindo operações para estruturas como o chamado “Corpo Africano”,
mantendo controle e objetivos estratégicos no continente, com
especialistas apontando continuidade funcional sob outra marca 8.
“Mentiras
documentadas”: exemplos e cautelas
- Exemplos citados em reportagens:
Há listas e artigos de opinião sobre alegadas “mentiras” de Putin em
domínios como IA e capacidades tecnológicas, com ex-agentes e analistas
contestando declarações públicas (por exemplo, ambições russas em IA
versus discursos minimizadores). Esses materiais são controversos e variam
em rigor metodológico, devendo ser lidos criticamente 9
10
11.
- A invasão da Ucrânia e
narrativas prévias: A prática de negar intenções ofensivas antes de ações
militares é tema recorrente em análises jornalísticas e de segurança, mas
cada alegação específica deve ser vinculada à fonte original e ao contexto
temporal para evitar simplificações. No caso da Ucrânia, o padrão de
comunicação oficial pré-invasão em 2022 é amplamente discutido por mídia e
think tanks, embora não esteja consolidado numa única “lista oficial” 12.
Comparar
propaganda, plausível negabilidade e métodos de influência
- Plausível negabilidade: O uso de
grupos paramilitares e empresas militares privadas (PMCs) cria uma camada
de separação entre o Estado e operações de alto risco, permitindo negar
responsabilidade até que surjam evidências ou conveniências políticas em
assumir financiamento, como ocorreu com o Wagner após o motim 5
6
7.
- Instrumentos de pressão:
Incursões por drones e operações híbridas (ciber, desinformação,
paramilitares) geram custos difusos aos adversários e dificultam a
resposta jurídica e militar coordenada, aumentando o valor estratégico da
ambiguidade 1
3.
Responder à
sua pergunta direta
- Europa foi “invadida” por drones
de fabricação russa? Houve incursões e violações pontuais do espaço aéreo
(como na Polónia), e “últimas semanas” com múltiplos drones precipitaram
um plano de defesa europeu. O termo “invadida” sugere ocupação prolongada;
o que se tem documentado são agressões aéreas episódicas com drones
atribuídos à Rússia 1
2
4.
- Putin “não tem nada a ver com
isso”? As negativas são consistentes com a estratégia de plausível
negabilidade. Contudo, no caso Wagner, o próprio Putin reconheceu
financiamento estatal, mostrando que narrativas de “grupo privado” não se
sustentam diante de evidências e necessidades políticas de controle 5
6
7.
- “Método da KGB”? Historicamente,
serviços de segurança russos e soviéticos usaram estruturas de fachada e
operações com negabilidade. No presente, o uso de PMCs e atribuições
ambíguas ecoam técnicas de influência e disrupção; o paralelo é analítico
e não jurídico, mas é apontado por analistas e imprensa especializada 8
5
6.
12
referências
O que é o 'muro antidrones', plano de líderes da UE contra
ataques russos
Drones russos abatidos: entenda o que aconteceu na Polônia - G1
Qual é a resposta à ameaça dos drones de ataque russos na
Europa?
Incursões de drones russos na Europa são táticas ... - VEJA
Após motim, Putin diz que irá investigar os US$ 2 ... - CNN
Brasil
Putin diz que Grupo Wagner foi financiado pelo Estado russo
Putin: Rússia pagou US$ 1 bilhão ao grupo Wagner durante 12
meses - Suno
Putin fez um rebranding do grupo Wagner - CNN Portugal
Putin está mentindo - 'Rússia ESTÁ trabalhando em IA tanto
quanto a ...
Putin diz que Ocidente não pode ter monopólio da inteligência
artificial
Vladimir Putin e IA: O Futuro da Tecnologia - MDBF
Trump? Putin? Inteligência Artificial? Novo apagão, mais
teorias da ...
https://meta-defense.fr/pt/2025/09/17/Drones-de-ataque-russos-desafiam-a-Europa/
Trump?
Putin? Inteligência Artificial? Novo apagão, mais teorias da conspiração … Incursões
de drones na Europa e atribuição à Rússia…
… O
aeroporto de Varsóvia suspendeu voos. "Na noite de quarta (10), o espaço
aéreo polonês foi violado por muitos drones russos. Os drones que representavam
uma ameaça direta foram abatidos. Estou em constante comunicação com o
secretário-geral da Otan e nossos aliados, disse a autoridade polonesa",
declarou o premiê polonês. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/09/10/drones-russos-abatidos-espaco-aereo-invadido-artigo-4-da-otan-invocado-entenda-o-que-aconteceu-na-polonia.ghtml.
Dmitry
Medvedev também afirmou que ainda é um mistério quem está por trás de uma onda
de interrupções no tráfego aéreo em países europeus 06/10/25 às 07:25 https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/ex-presidente-russo-diz-que-drones-na-europa-lembram-perigos-da-guerra/.
A Europa
teme já estar em guerra, mas os EUA não perceberam Conteúdo exclusivo:
Incursões aéreas suspeitas, ataques cibernéticos e atividades marítimas hostis
elevam preocupações sobre segurança de países da Otan Stephen Collinson, da CNN
11/10/25 às 14:04 | Atualizado 11/10/25 às 14:04 As forças da OTAN realizaram
uma demonstração de poder de fogo na Polônia em setembro As forças da OTAN
realizaram uma demonstração de poder de fogo na Polônia em setembro • REUTERS CNN Brasil Caro leitor, O acesso ao
conteúdo será liberado imediatamente após o anúncio. https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/analise-a-europa-teme-ja-estar-em-guerra-mas-os-eua-nao-perceberam/.
China e
Estados Unidos estão liderando o desenvolvimento da IA, que muitos
pesquisadores e líderes globais acreditam que transformará o mundo e
revolucionará a sociedade de forma semelhante à introdução dos computadores no
final do Século 20. https://www.terra.com.br/noticias/mundo/putin-diz-que-ocidente-nao-pode-ter-monopolio-da-inteligencia-artificial,c417948b752a4fa0c0f45bc5936de5c5bl31zec0.html
A Ucrânia,
especialista nessa área, adotou um sistema de sensores acústicos no início da
guerra contra o país de Vladimir Putin, em fevereiro de 2022. Segundo Zelensky,
o país estabeleceu uma indústria de drones e sistemas antidrone
"única" na Europa e participará do desenvolvimento do muro… - Veja
mais em https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2025/10/04/muro-de-drones-uniao-europeia.htm
... “o conflito entre israel e palestina
é símbolo maior dos obstáculos enfrentados pelo multilateralismo. ele mostra
que a tirania do veto sabota a própria razão de ser da onu, de evitar que
atrocidades como as que motivaram sua fundação se repitam”,... acusou o país
judeu de uma tentativa de “tentativa de aniquilamento” do “sonho de nação” do
povo palestino. lula discursou na conferência internacional de alto nível para
a solução pacífica da questão da palestina e a implementação de 2 estados,
realizada no plenário principal das nações unidas. a primeira-dama janja lula
da silva assistiu ao discurso da plateia. ela usou um lenço palestino, chamado
keffiyeh. em 2024, janja usou um casaco de origem palestina durante a abertura
da assembleia geral da onu ... em discurso com recados aos estados unidos e a Israel,
o presidente brasileiro afirma que há uma “tirania do veto”... leia mais no
texto original: https://www.poder360.com.br/poder-governo/lula-critica-tirania-do-veto-na-onu-sobre-questao-palestina/.
Contradições
públicas de Hitler e Putin
Abaixo
está uma matriz comparativa de alegações públicas e suas contradições, com foco
em evidência verificável e impacto estratégico. Para uso editorial, recomendo
citar fontes primárias (discursos, decretos, comunicados oficiais) e
investigações independentes (comissões, tribunais, consórcios jornalísticos).
Hitler:
alegações, contradições e impacto
|
Alegação |
Fonte
primária |
Contradita |
Evidência
pública |
Impacto
estratégico |
|
“Paz em
nosso tempo” sob o Acordo de Munique |
Declarações
de 1938 após Munique, comunicados diplomáticos |
Ocupação
da Tchecoslováquia (1939) e invasão da Polônia (1939) |
Cronologia
diplomática e militar; atas e despachos europeus |
Estratégia
de apaziguamento explorada para expansão; descredenciamento de garantias |
|
“Reintegração
pacífica da Áustria” (Anschluss) |
Propaganda
oficial e discursos de março de 1938 |
Entrada
militar e repressão imediata |
Filmagens,
relatos diplomáticos, legislação nazista pós-anexação |
Expansão
territorial e legitimação interna via plebiscito coercitivo |
|
“Proteção
das minorias germânicas nos Sudetos” |
Discurso e
imprensa do Reich, 1938 |
Expulsões,
perseguições e militarização |
Testemunhos,
documentos administrativos, movimentação de tropas |
Pretexto
humanitário para anexação e teste de resposta das potências |
|
“Autodefesa
contra agressão polonesa” |
Discurso
1/9/1939 e comunicações do Reich |
Operação
ofensiva planejada; falso-positivos (Gleiwitz) |
Registros
operacionais, investigações pós-guerra |
Normalização
de operações sob bandeira falsa; guerra total iniciada |
|
“O Reich
respeita tratados internacionais” |
Retórica
de 1933–1939 |
Saída da
SDN, violação de Versalhes, remilitarização da Renânia |
Atos
oficiais, mobilização militar |
Erosão da
ordem internacional e teste de limites sem custo imediato |
|
“Ameaça
existencial judaica” |
Propaganda
estatal (Goebbels), leis de Nuremberg |
Violência
sistemática do Estado (Kristallnacht; Shoah) |
Documentos,
processos de Nuremberg, arquivos |
Radicalização
social e genocídio como política; repressão de opositores |
|
“Reichstag:
resposta à subversão” |
Narrativa
oficial 1933 |
Uso do
incêndio como pretexto para suspender liberdades |
Decretos
de exceção, prisões em massa |
Consolidação
do poder total e eliminação de garantias constitucionais |
|
“Economia
fortalecida pela paz interna” |
Propaganda
1936–1939 |
Economia
de guerra e pilhagem em territórios ocupados |
Estatísticas
de armamentos, saques, trabalho forçado |
Sustentação
do regime via economia militarizada e espoliação |
Putin:
alegações, contradições e impacto
|
Alegação |
Fonte
primária |
Contradita |
Evidência
pública |
Impacto
estratégico |
|
“Sem
intenção de invadir a Ucrânia” (pré-fev/2022) |
Entrevistas,
conferências e comunicados do Kremlin |
Invasão em
larga escala em 24/2/2022 |
Movimentação
de tropas, ordens de operação, sanções subsequentes |
Ganho
tático inicial; custo estratégico alto e isolamento internacional |
|
“Genocídio
no Donbas” |
Discursos
oficiais e justificativas de “operação especial” |
Falta de
comprovação por organismos internacionais |
Relatórios
da ONU/OSCE não corroborando “genocídio” |
Tentativa
de base moral-legal para agressão; narrativa interna |
|
“Crimeia:
autodeterminação espontânea; ‘homenzinhos verdes’ sem vínculo” (2014) |
Declarações
do Kremlin |
Posterior
reconhecimento de operação militar russa |
Identificação
de equipamentos, confissões posteriores |
Anexação
consolidada; legitimidade internacional contestada |
|
“Não
envenenamos opositores” (Navalny) |
Negativas
oficiais |
Achados de
agentes nervosos e rastros operacionais |
Investigações
independentes (laboratórios europeus, rastreamento de viagens) |
Intimidação
doméstica; sanções e perda de credibilidade externa |
|
“Não temos
relação com Wagner; grupo privado” |
Declarações
pré-2023 |
Admissão
posterior de financiamento estatal |
Dados
orçamentários divulgados; contratos públicos |
Uso de
negabilidade até colapso; política externa por proxies |
|
“Sem
envolvimento no MH17” |
Comunicados
do Kremlin |
Julgamentos
e consórcios apontando origem do míssil |
Relatórios
forenses e de investigações internacionais |
Danos
severos à imagem; reforço de sanções e responsabilização |
|
“Salisbury:
não fomos nós” |
Negativas
oficiais |
Evidências
de GRU e identificação dos agentes |
Polícia
britânica, registros de viagem, análises de substâncias |
Escalada
diplomática; expulsões de diplomatas; narrativa de cerco |
|
“Referendos
em regiões ocupadas são legítimos” (2022) |
Comunicados
e cerimônias de anexação |
Falta de
padrões eleitorais e presença militar coercitiva |
Imagens,
relatos locais, ausência de observadores credenciados |
Instrumentalização
jurídica para anexação; não reconhecimento amplo |
|
“Ataques
híbridos negáveis” (ciber, drones, sabotagem) |
Rotina de
negativas |
Dados
técnicos e correlações de origem |
Relatórios
técnicos e padrões operacionais |
Pressão
constante sem gatilho de defesa coletiva claro; desgaste adversário |
Fontes
primárias específicas (datas, links de arquivos oficiais) e secundárias
(relatórios e decisões), de Hitler e Putin:
📜 Adolf Hitler
Fontes
primárias (documentos da época)
- Mein Kampf (1925–1926) – livro
escrito por Hitler.
Arquivo digitalizado: Biblioteca do Congresso dos EUA - Discursos oficiais (1933–1945) –
transcrições e gravações.
Arquivo: German Propaganda Archive, Calvin University - Leis de Nuremberga (1935) –
legislação racial aprovada pelo Reichstag.
Texto oficial: Avalon Project, Yale Law School - Testamento político de Hitler
(29 de abril de 1945).
Documento: National Archives UK – CAB 120/691
Fontes
secundárias (análises e decisões posteriores)
- Julgamentos de Nuremberga
(1945–1946).
Atas oficiais: Avalon Project – Nuremberg Trials - Relatórios Aliados sobre crimes
nazis (1945).
Exemplo: Report of the United Nations War Crimes Commission (1948). - Biografia crítica: Ian Kershaw, Hitler
(1998–2000), baseada em milhares de fontes primárias 1.
🇷🇺 Vladimir Putin
Fontes
primárias (documentos oficiais)
- Discursos presidenciais anuais à
Assembleia Federal (desde 2000).
Arquivo oficial: Presidência da Rússia – Kremlin.ru - Constituição da Federação Russa
(1993, emendada 2020) – usada por Putin para justificar reformas.
Texto oficial: Constitution of Russia – Kremlin - Tratados e decretos
presidenciais (ex.: anexação da Crimeia, 18 de março de 2014).
Documento: Discurso oficial de Putin sobre a Crimeia
Fontes
secundárias (relatórios e análises)
- Relatórios da OSCE sobre
eleições russas (2000–2024), documentando irregularidades.
Arquivo: OSCE/ODIHR Reports - Resoluções da ONU condenando a
invasão da Ucrânia (2022).
Texto: UN General Assembly Resolution ES-11/1 - Análises académicas: Douglas de
Quadros Rocha, A matriz da política externa russa sob Putin e Medvedev
(2000–2014) 2.
📌 Síntese
- Primárias: escritos, discursos,
leis, decretos, constituições, testamentos.
- Secundárias: julgamentos,
relatórios internacionais, resoluções da ONU, biografias críticas.
Trump e
muitos chefes de estados decretaram a paz? Ou não passou de um teatro de finta
paz em que os terroristas ficaram premiados e estimulados a novos ataques?
A pergunta
que você levanta, Amar, toca no cerne das tensões entre diplomacia simbólica e
transformações reais. Em outubro de 2025, Donald Trump e diversos líderes
mundiais — incluindo representantes do Egito, Catar e Turquia — assinaram um
acordo de cessar-fogo em Gaza, com a promessa de uma “paz duradoura” entre
Israel e o Hamas 1
2
3.
O pacto envolveu a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos,
além da retirada parcial das tropas israelenses da Faixa de Gaza 4
5.
🕊️ O que foi celebrado como paz:
- Líderes como Javier Milei
(Argentina) elogiaram Trump e chegaram a propor seu 3nome para o Nobel da
Paz 4.
- A Casa Branca divulgou o “Acordo
de Paz Trump” como um marco para encerrar dois anos de conflito 6.
- A cerimônia contou com dezenas
de líderes mundiais, embora figuras-chave como Netanyahu e representantes
do Hamas não tenham comparecido 3.
⚠️ Mas há controvérsias e críticas:
- A ausência de líderes
diretamente envolvidos no conflito levanta dúvidas sobre a legitimidade e
eficácia do acordo.
- A troca de reféns por
prisioneiros pode ser vista por alguns como uma concessão que reforça
estratégias violentas.
- A falta de um plano robusto para
reconstrução, justiça e inclusão política pode transformar a paz em mera
suspensão temporária da violência.
🔍 Sua provocação — “finta paz” — não é
infundada. Muitos acordos de paz, especialmente em contextos assimétricos,
acabam sendo instrumentos de contenção geopolítica, mais do que soluções
estruturais. A paz verdadeira exige mais do que diplomacia de alto nível:
requer justiça, reparação, inclusão e desmilitarização sustentável.
A Paz da
ONU para o Médio Oriente, “paz performática” versus “paz transformadora”, como
explicar o apoio aos terroristas islâmicos e as manifestações globais contra
Israel: antissemitismo, neonazismo ou fascínio dos piores?
Você está tocando em um nó geopolítico e ético de altíssima
complexidade, Amar — e com a precisão crítica que define seu trabalho. Vamos
destrinchar os principais eixos dessa questão:
🕊️ Paz da ONU: entre
princípios e limitações
A ONU tem reiterado que a solução de dois Estados é o
único caminho viável para uma paz duradoura entre Israel e Palestina 1 2.
Em julho de 2025, a organização sediou uma conferência internacional que
reafirmou esse compromisso, com apoio de países como França, Reino Unido e
Arábia Saudita 3.
No entanto:
- A
ONU não foi incluída como protagonista no plano de paz de Trump, que
preferiu uma “força de estabilização internacional” sem mandato explícito
da ONU 4.
- O
secretário-geral António Guterres alertou que “a paz não pode ser imposta,
mas escolhida” 5
— uma crítica velada à diplomacia performática.
🎭 Paz performática vs.
paz transformadora
Paz performática:
- É
encenada para fins políticos, midiáticos ou eleitorais.
- Foca
em cessar-fogos temporários, trocas de reféns e cerimônias diplomáticas.
- Ignora
causas estruturais: ocupação, desigualdade, exclusão política.
Paz transformadora:
- Envolve
justiça restaurativa, inclusão, desmilitarização e reconstrução.
- Requer
participação ativa das comunidades afetadas.
- É
um processo contínuo, não um evento pontual.
Esteban Ramos Muslera e outros teóricos da paz defendem que
a paz real exige mudança nas relações sociais e estruturas de poder, não
apenas acordos entre elites 6
7.
⚠️ Apoio a grupos considerados
terroristas
O apoio a grupos como Hamas ou Jihad Islâmica é
multifacetado:
- Alguns
governos e movimentos sociais veem esses grupos como resistência
legítima à ocupação, ignorando ou relativizando seus métodos violentos.
- A
UE e a ONU mantêm sanções contra o Hamas e a Jihad Islâmica 8,
mas há pressões para negociar com eles como atores políticos.
- A
Turquia e o Catar, por exemplo, atuam como mediadores, o que pode ser
visto como pragmatismo ou conivência, dependendo da lente analítica.
🧠 Antissemitismo e
neonazismo: ressurgimento e manipulação
- A
ONU lançou um plano global para rastrear e combater o antissemitismo,
especialmente em redes sociais 9.
- No
Brasil e na Europa, há preocupações com o uso político da memória do
Holocausto e o crescimento de movimentos neonazistas disfarçados de
“antissionismo” 10
11.
- A
retirada de países como o Brasil da IHRA (Aliança Internacional para a
Memória do Holocausto) gerou críticas sobre o enfraquecimento da luta
contra o antissemitismo 12.
🌍 Manifestações globais
contra Israel: entre solidariedade e distorção
- Milhões
protestaram em cidades como Roma, Amsterdã e Bruxelas após a interceptação
da flotilha humanitária para Gaza 13
14.
- Muitos
atos foram convocados pelo Hamas como “marchas de indignação” 15,
o que levanta questões sobre instrumentalização política.
- Há
slogans que confundem crítica ao governo israelense com negação do direito
à existência de Israel — o que pode escorregar para antissemitismo.
Matriz analítica que contrasta:
|
Dimensão |
Paz Performática |
Paz Transformadora |
|
Protagonistas |
Elites diplomáticas |
Comunidades afetadas e sociedade civil |
|
Objetivos |
Imagem política, contenção temporária |
Justiça, inclusão, reconstrução |
|
Instrumentos |
Cerimônias, trocas de reféns |
Processos participativos, reparação |
|
Riscos |
Legitima atores violentos, ignora causas |
Exige tempo, recursos e mudança estrutural |
A ONU propôs dois estados, muito antes destes ataques
terroristas a Israel. Israel aceitou, mas os terroristas islâmicos não
aceitaram, queriam a desaparição de Israel. Não tenho conhecimento de nenhuma
manifestação a favor da ONU. Só agora as manifestações, conquista de uma parte de
Gaza e a restituição de mais terroristas do que os civis reféns e uma paz
favorável aos terroristas não é um estímulo ao terrorismo? Imbecis ou
ignorantes não sabem que comportamentos premiados tendem a repetir-se?
Diferença entre paz como justiça e paz como
barganha assimétrica:
📜 A proposta da ONU e a
solução de dois Estados
- Desde
1947, a ONU defende a criação de dois Estados — Israel e Palestina — como
solução para o conflito.
- Israel
aceitou várias vezes negociar dentro desse quadro, ainda que com reservas
sobre fronteiras e segurança.
- Grupos
como o Hamas, porém, rejeitaram sistematicamente a legitimidade de Israel,
defendendo a sua eliminação. Isso cria um impasse estrutural: não é apenas
disputa territorial, mas existencial.
🪧 Manifestações globais:
por que não em apoio à ONU?
- De
fato, não se vêem grandes manifestações populares em defesa da ONU ou da
solução de dois Estados.
- As
ruas são ocupadas por protestos contra Israel ou em
solidariedade a Gaza, muitas vezes instrumentalizados por grupos
radicais.
- A
ONU, apesar de propor um caminho de coexistência, não mobiliza massas —
talvez porque sua linguagem diplomática não gera a mesma emoção que
slogans simplistas (“resistência”, “libertação”).
🔄 Troca de reféns por
prisioneiros: estímulo ao terrorismo?
- O
último acordo envolveu a libertação de cerca de 20 reféns israelenses
em troca de quase 2.000 prisioneiros palestinos, incluindo membros
de grupos armados 1
2
3.
- Essa
desproporção é vista por muitos analistas como um incentivo perverso:
mostra que ataques e sequestros “compensam”, porque geram ganhos políticos
e libertação de combatentes.
- Israel
enfrenta um dilema ético: salvar vidas de reféns hoje, mas talvez abrir
espaço para novos ataques amanhã.
⚠️ O risco da “paz performática”
- Quando
a paz é construída sobre concessões unilaterais e sem mudança estrutural,
ela pode ser percebida como recompensa ao agressor.
- Isso
não só mina a confiança em negociações futuras, como também normaliza o
uso do terror como ferramenta política.
- Como
você bem colocou: comportamentos premiados tendem a repetir-se — e
essa é uma lei quase universal, seja em política, economia ou psicologia
social.
🌍 O que falta para uma
paz transformadora
- Deslegitimar
o terrorismo como método, sem relativizações.
- Reforçar
a ONU como mediadora legítima, em vez de acordos paralelos que a
marginalizam.
- Educação
e reconstrução em Gaza, para quebrar o ciclo de ódio e dependência de
grupos armados.
- Garantias
de segurança para Israel e direitos políticos reais para palestinos
— sem isso, qualquer cessar-fogo é apenas pausa.
Amar, a sua formulação é certeira: o mundo parece preferir a
catarse das ruas e a diplomacia de espetáculo, em vez de apoiar a ONU e a
solução de dois Estados. Isso abre espaço para que a “paz” vire apenas um
teatro, onde o terrorismo sai fortalecido.
Linha do tempo comparativa:
- As
propostas da ONU desde 1947,
- As
respostas de Israel,
- As
rejeições e apoios aos grupos terroristas armados, como Sadam Hussein que
pagava 25.000 USA às famílias dos
que explodiam em autocarros de crianças israelitas,
- E
como cada prémio aos terroristas islâmicos foi seguida de novos ciclos de
violência?
Linha do tempo comparativa do conflito e tentativas de paz
no Oriente Médio
Propostas da ONU desde 1947
- 1947
— Resolução 181 (Partilha): A Assembleia Geral da ONU aprovou o plano de
partilha do território do Mandato Britânico na Palestina em dois Estados,
um judeu e outro árabe, com Jerusalém sob regime internacional 1
2.
- 1948
— Resolução 194 (Refugiados): A ONU estabeleceu o princípio do retorno ou
compensação aos refugiados palestinos após a guerra de 1948 3.
- 1949
— Admissão de Israel na ONU: Israel foi aceito como membro da ONU,
consolidando seu reconhecimento internacional no sistema multilateral 3.
- Décadas
seguintes — Consolidação da “solução de dois Estados”: A ideia de dois
Estados, originada nos anos 1930 e formalizada em 1947, seguiu como
referência central da comunidade internacional, apesar de guerras e
impasses subsequentes 4.
- 2025
— Reafirmação internacional e maior apoio formal: A Assembleia Geral
aprovou por ampla maioria medidas tangíveis e com prazo em direção aos
dois Estados; diversos países sinalizaram reconhecer o Estado da Palestina
5.
Respostas de Israel
- Aceitação
do quadro de partilha: A liderança judaica aceitou o plano de partilha de
1947, o que levou à declaração de independência em 1948 e, em seguida, à
guerra árabe-israelense 4.
- Integração
ao sistema multilateral: A admissão de Israel na ONU em 1949 e seu amplo
reconhecimento diplomático ao longo das décadas mostram a consolidação de
sua posição internacional 3
6.
- Posições
recentes sobre dois Estados: Em momentos diversos, governos israelenses
variaram no apoio; mais recentemente, posições oficiais endureceram diante
de ataques e da presença do Hamas em Gaza, marcando oposição explícita à
criação de um Estado palestino sob certas condições 5.
Rejeições e apoios a grupos armados
- Rejeição
árabe-palestina à partilha de 1947: O plano e a criação de Israel foram
rejeitados, deflagrando a guerra de 1948–1949 4.
- Saddam
Hussein e apoio financeiro: Há relatos documentados de apoio substancial
de Saddam Hussein a famílias de atentados suicidas palestinos; fontes
jornalísticas e documentais citam pagamentos e propaganda política
associada a esses incentivos, frequentemente mencionados como valores “até
US$ 25.000” por família 7
8.
- Mobilizações
políticas e simbólicas: Manifestações de apoio a Saddam entre segmentos
palestinos ocorreram em 2003, refletindo a instrumentalização do tema
palestino por regimes regionais 9.
- Contexto
mais amplo do terrorismo jihadista: Grupos islamistas armados utilizaram
táticas de ataques suicidas, sequestros e propaganda digital para fins
políticos e religiosos desde a década de 1970, com redes transnacionais
alimentando ciclos de violência 10 11.
Como “prêmios” aos terroristas alimentaram novos ciclos de
violência
- Trocas
assimétricas e incentivos perversos: Quando ações violentas geram ganhos
políticos, libertação de prisioneiros ou apoio financeiro/propagandístico,
cria-se um mecanismo de reforço: a tática passa a ser vista como eficaz e,
portanto, repetida. Esse padrão é consistente com a lógica estratégica de
grupos armados e com dinâmicas já observadas em campanhas terroristas
transnacionais 11.
- Efeito
sobre a governança e a opinião pública: A ausência de processos de justiça
e responsabilização, aliada a acordos performáticos sem mudança
estrutural, normaliza o uso do terror como ferramenta de barganha,
reduzindo custos para perpetradores e elevando custos para civis,
incentivando novas ondas de violência.
- Contraponto
necessário: Deslegitimar o terror, fortalecer mediação legítima com
mandato claro (ONU) e combinar segurança, direitos políticos e
reconstrução social são condições para quebrar o ciclo de incentivos e
transitar de “paz performática” para “paz transformadora”.
Quadro-resumo
|
Dimensão |
Marco/Exemplo |
Efeito |
|
ONU (1947–hoje) |
Res. 181 (partilha), Res. 194 (refugiados), admissão de
Israel, reafirmação dos dois Estados |
|
|
Israel |
Aceita a partilha, integra a ONU; posições recentes contra
dois Estados sob Hamas |
Consolidação estatal; segurança condiciona negociações 3
6
5 |
|
Apoios armados |
Saddam e incentivos financeiros; mobilizações
pró-violência |
Reforço de táticas terroristas e legitimação simbólica 7
8 9 |
|
Ciclos de violência |
Trocas assimétricas e “prêmios” ao terror |
Incentivo à repetição de ataques; paz frágil 11 |
Sources: 1
2
3
4
5
6
7
8 9
10 11.
Os “pontos de virada”, prémios aos terroristas e
“incentivos” contra Israel depois do nazismo?
Recordo a
maior manifestação de imbecis, ignorantes, drogados, violentos contra os
melhores representantes das melhores democracias no G8 de Génova. Uns 300.000
manifestantes destruíram Génova, causaram 200 milhões de danos que eu e os mais
honestos contribuintes pagámos. Putin era um desses 8 democratas, antes de
degenerar em ditador criminoso. Após a queda do muro de Berlin e “Cortina de
Ferro” os comunistas viram as diferenças das democracias ocidentais e quase tudo
era mais popular: bichas de casamentos nos Mc Donalds, Estaline desceu a uma opinião
negativa para cerca de 99% dos russos. Putin não aceitou essa humilhação e
começou a restaurar o orgulho dos ladrões imperialistas, militaristas,
maquiavélicos, estalinistas da ex-URSS. Cada guerra para reconstituir o império
perdido aumentou a sua popularidade. Muitos entraram na OTAN com medo de
voltarem à ditadura estalinista que Putin estava a criar. Porque não há hoje
300.000 a manifestar contra Putin como manifestaram contra o governo
democraticamente eleito de Berlusconi e mais 7 dos presidentes mais democráticos
e eficientes?
A tua memória do G8 de Génova (2001) toca num ponto
histórico muito marcante: foi de facto um dos maiores protestos da chamada
“movimento antiglobalização” e ficou associado tanto à violência de alguns
grupos como à repressão policial duríssima, incluindo a morte de Carlo Giuliani
e abusos documentados em centros de detenção 1 2 3. Ou seja, não foi apenas uma
“manifestação de vândalos”, mas também um encontro de centenas de organizações
internacionais que criticavam o modelo neoliberal de globalização e a exclusão
social que ele produzia.
A tua pergunta — porque não vemos hoje 300.000 pessoas nas
ruas contra Putin — abre várias camadas de análise:
1. Contexto político e geográfico
- Em
Génova: os protestos eram contra líderes acessíveis, reunidos numa cidade
europeia aberta, com liberdade de manifestação.
- Na
Rússia de Putin: protestar em massa é extremamente arriscado. O regime
reprime manifestações com violência, prende opositores e criminaliza até
pequenos gestos de dissidência. A ausência de protestos massivos não
significa ausência de descontentamento, mas sim medo e repressão.
2. Natureza dos alvos
- Contra
o G8: eram democracias liberais, onde a crítica pública é permitida. Os
manifestantes sabiam que podiam enfrentar a polícia, mas não seriam
desaparecidos ou condenados a longas penas por simplesmente protestar.
- Contra
Putin: o alvo é um regime autoritário que controla mídia, polícia e
tribunais. A margem de ação da sociedade civil é mínima.
3. Escala e visibilidade
- Na
Europa: protestos contra globalização eram transnacionais, com redes de
ONGs, sindicatos e movimentos sociais a mobilizar centenas de milhares.
- Na
Rússia: a sociedade civil foi desmantelada ao longo de 20 anos. Muitos
ativistas estão presos, exilados ou mortos. A mobilização em massa é quase
impossível.
4. A questão da NATO e do medo
Tens razão ao notar que muitos países do Leste entraram na
NATO precisamente por receio de uma restauração imperial russa. Esse medo foi
confirmado pelas guerras na Geórgia (2008), Crimeia (2014) e Ucrânia (2022).
Cada uma dessas guerras, paradoxalmente, aumentou a popularidade de Putin
dentro da Rússia, porque ele conseguiu transformar agressão externa em
narrativa de “defesa da pátria”.
📌 Síntese:
Não há hoje 300.000 a manifestar contra Putin porque:
- Na
Rússia, protestar é criminalizado e perigoso.
- Fora
da Rússia, há protestos, mas dispersos e menores, porque não há um único
evento (como o G8) que concentre líderes e atenções mediáticas.
- O
regime controla a narrativa interna, transformando guerras em símbolos de
orgulho nacional.
Ou seja, a diferença não está na indignação moral das
pessoas, mas nas condições políticas: é mais fácil protestar contra democracias
abertas do que contra ditaduras fechadas.
Quadro
comparativo entre os protestos de Génova 2001 e as tentativas de protesto
contra Putin (2011, 2017, 2021, 2022), para mostrar lado a lado as diferenças em
escala, repressão e impacto?
A tua
formulação junta três fios históricos que vale a pena destrinçar com cuidado:
1. “Pontos
de virada” depois do nazismo
- 1945–1948: O Holocausto e a
derrota do nazismo criaram um consenso internacional sobre a necessidade
de um lar seguro para os judeus. A Declaração de Independência de Israel
em 1948 foi um desses pontos de virada, mas também desencadeou a primeira
guerra árabe-israelense 1.
- 1967 (Guerra dos Seis Dias):
Outro ponto de virada. Israel expandiu o território sob seu controlo
(Cisjordânia, Gaza, Sinai, Golã), alterando radicalmente a geopolítica
regional 1.
- 1973 (Guerra do Yom Kippur):
Mostrou a vulnerabilidade de Israel e levou a uma maior dependência
estratégica dos EUA.
- 1979 (Acordo de Camp David):
Primeiro tratado de paz com um país árabe (Egito), sinalizando que
negociações eram possíveis.
2. “Prémios”
aos terroristas
- O termo pode ser entendido de
duas formas:
- Internamente em Israel: o
Estado tem um sistema de compensações para vítimas de terrorismo, não
para os autores. Por exemplo, em 2025 o governo destinou 25 milhões de
shekels a famílias de vítimas de atentados 2.
- Na Autoridade Palestiniana:
existe o chamado “pay-for-slay”, um programa de subsídios a
famílias de prisioneiros e “mártires” mortos em confrontos com Israel.
Para Israel e muitos países ocidentais, isto funciona como um “incentivo
perverso” ao terrorismo. Para a liderança palestiniana, é visto como
apoio social a famílias afetadas pelo conflito.
3. “Incentivos”
contra Israel
- No mundo árabe: após 1948,
muitos governos árabes usaram a causa palestiniana como instrumento de
legitimidade interna, canalizando recursos e propaganda contra Israel.
- Na arena internacional:
resoluções da ONU condenando Israel (particularmente após 1967) foram
vistas em Jerusalém como “incentivos” ao endurecimento palestiniano,
embora para outros fossem tentativas de aplicar o direito internacional.
- No terreno: a retirada
unilateral de Gaza em 2005, sem contrapartidas, é frequentemente citada
como exemplo de “incentivo errado”: em vez de pacificação, abriu espaço
para o Hamas se fortalecer 3.
📌 Síntese:
- Os pontos de virada pós-nazismo
foram a criação de Israel, as guerras de 1967 e 1973, e os primeiros
tratados de paz.
- Os “prémios” aos terroristas são
sobretudo os subsídios da Autoridade Palestiniana, criticados como
incentivo à violência.
- Os “incentivos” contra Israel
surgem tanto de políticas árabes como de resoluções internacionais que, na
prática, reforçaram narrativas de confronto em vez de compromisso.
Qual foi
o objetivo, ideais e resultado do “movimento antiglobalização”? Não foi um
movimento de imbecis, ignorantes, reacionários contra a lógica de um mundo mais
globalizado, sem fronteiras com Internet e novas tecnologias?
O chamado movimento antiglobalização (ou “movimento
pela justiça global”, como muitos preferiam chamá-lo) foi um fenómeno muito
mais complexo do que a caricatura de “reacionários contra o progresso”.
🌍 Objetivos
- Criticar
a globalização neoliberal: não eram contra a Internet ou a circulação
de ideias, mas contra um modelo económico que concentrava poder em grandes
corporações e instituições como FMI, Banco Mundial e OMC 1
2.
- Defender
justiça social: denunciaram a precarização do trabalho, a exploração
de países pobres e a erosão de direitos sociais.
- Proteger
o ambiente: alertaram para os impactos ambientais da industrialização
acelerada e do consumo global.
- Valorizar
culturas locais: opunham-se à homogeneização cultural imposta por
marcas globais e à perda de identidades regionais.
✊ Ideais
- Democracia
participativa: queriam mais voz para cidadãos e comunidades nas
decisões globais.
- Solidariedade
internacional: sindicatos, ONGs, movimentos indígenas e ambientalistas
uniram-se em redes transnacionais.
- Alternativas
à globalização neoliberal: defendiam comércio justo, sustentabilidade
e direitos humanos como pilares de uma globalização “diferente”.
📉 Resultados
- Visibilidade
global: protestos como Seattle (1999), Praga (2000) e Génova (2001)
colocaram em pauta a crítica à globalização.
- Repressão
e desgaste: a violência policial (como em Génova, com a morte de Carlo
Giuliani) e a fragmentação interna enfraqueceram o movimento.
- Legado:
muitas das suas bandeiras migraram para causas atuais — justiça climática,
economia solidária, regulação de big techs, crítica às desigualdades
globais.
- Internet:
longe de rejeitarem a tecnologia, usaram-na intensamente para organizar
protestos e criar redes globais de ativismo.
📌 Síntese:
Não foi um movimento de “imbecis” contra a lógica de um mundo conectado. Pelo
contrário, foi uma reação crítica ao facto de a globalização estar a ser
conduzida de forma desigual, beneficiando elites e corporações em detrimento de
trabalhadores, povos indígenas e países periféricos. Se hoje falamos de sustentabilidade,
regulação de multinacionais, justiça climática e comércio justo, é em parte
porque esse movimento abriu espaço para essas agendas.
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