Putin, Hitler, Estaline, Israel, judeus, terrorismo islâmico e psicologia para um mundo melhor
Quais as semelhanças e diferenças na invasão da Polónia por Hitler e Estaline, invasão da Ucrânia por Putin e Kim Jong Un e invasão de Israel pelos terroristas islâmicos, de Hamas ou da Palestina?
Putin continua a ser cada vez mais semelhante a Hitler e os
90% de putinistas, (1), mais semelhantes aos 93% de nazistas alemães no auge
dos seus crimes. Certos povos, nazistas e putinistas, têm uma atração especial
pelos piores criminosos no auge dos seus crimes? O que há de comum entre os 93%
de nazistas cúmplices de Hitler e os 90% de russos putinistas cúmplices de
Putin? Vingança pela humilhação dos alemães no tratado de Versalhes e miséria
russa sem o roubo dos povos conquistados por Estaline? Lavagem ao cérebro da
propaganda tanto na Alemanha de Hitler como na Rússia de Putin? Informações, educação,
arte, cultura, cinema, religião, etc., ao serviço da ideologia de Hitler e
Putin? Filmes do tempo de Hitler só tinham alguma hipótese de serem
apresentados? Os favoráveis a Hitler eram financiados? Com dinheiro dos
contribuintes foi feito um filme na Rússia de Putin a mostrar como os russos
são bons, ucranianos maus e é boa a “operação especial de desnazificação da
Ucrânia”?
Depois de Putin e putinistas os piores deste século com
piores consequências humanitárias e crimes contra a humanidade foram causados pelo
terrorismo islâmico e suas consequências? A invasão do Iraque e Afeganistão foi
uma resposta emocional e irracional contra o mal do século? Por pior que tenha
sido foi melhor do que deixar os terroristas premiados após os ataques contra
USA em New York contra as torres gémeas em 2001? O ataque de Bush ao Iraque foi
apoiado por 84% do povo americano? Uma decisão imoral e injusta porque
sacrificou inocentes? Ou foi melhor do que deixar Sadam Hussein a financiar o
terrorismo com 25.000 US$ paras famílias dos terroristas? Sadam Hussein era
apoiado por 100% do povo do Iraque? Como os nazistas que apoiaram Hitler ou os putinistas
que apoiam Putin?
Precisamente o contrário da invasão da Ucrânia, as
catástrofes humanitárias não foram causadas pelos terroristas islâmicos que
atacaram Israel? Não é precisamente o contrário de Putin que atacou Ucrânia, os
nazistas que apoiaram Hitler? Israel e o povo judeu não tem o 0direito de defender-se
do terrorismo islâmico que quer a sua desaparição como estado? Algum povo foi
mais perseguido ao longo da história desde os faraós do Egipto, nazistas e estalinistas
do tempo de Hitler e Estaine e agora pelo terrorismo islâmico? Algum povo foi
mais terrorista nos últimos tempos de Hamas e Palestina? Todos os que
reconheceram o estado da Palestina após ataques terroristas sem devolverem os
reféns não estão a premiar o terrorismo, contribuírem a mais ataques terroristas
para resolver os conflitos? O mais elementar da psicologia humana não diz que
comportamentos premiados tendem a repetir-se e punidos tendem a ser evitados? A
punição dos terroristas islâmicos por atacarem Israel e manterem reféns não
seria o melhor contributo para um mundo melhor?
Proponho à Inteligência Artificial, (IA), de Copilot uma
resposta a estas minhas perguntas:
Vamos organizar isso de forma comparativa, porque estamos a
falar de quatro eventos distintos no tempo, no espaço e na natureza dos atores
— mas que partilham alguns padrões de agressão, alianças e consequências
humanitárias.
📌 Quadro comparativo
|
Elemento |
Invasão da Polónia (1939) – Hitler & Estaline |
Invasão da Ucrânia (2022–…) – Putin & apoio de Kim
Jong Un |
Ataque a Israel (2023) – Hamas |
|
Natureza do ato |
Agressão militar interestatal coordenada por dois regimes
totalitários (nazismo e stalinismo) para partilhar território |
Agressão militar interestatal por um Estado contra outro,
com apoio militar direto de um terceiro Estado (Coreia do Norte) |
Ataque armado transfronteiriço por grupo não estatal
(Hamas) contra um Estado |
|
Contexto político |
Pacto Nazi-Soviético (23/08/1939) com protocolos secretos
para dividir a Polónia e outras áreas |
Expansão da esfera de influência russa, tentativa de
subjugar a Ucrânia e impedir sua integração ocidental; acordo militar
Rússia–Coreia do Norte com cláusula de defesa mútua |
Conflito histórico Israel–Palestina; Hamas governa Gaza
desde 2007 e rejeita a existência de Israel |
|
Objetivos declarados |
Hitler: “Lebensraum” e revanche pós-Versalhes; Estaline:
“segurança” via expansão e criação de regimes satélites |
Putin: “desnazificação” e “proteção” de russos étnicos;
Kim: apoio “incondicional” à Rússia |
Hamas: “libertar a Palestina” e retaliar ocupação;
libertação de prisioneiros palestinos |
|
Métodos |
Invasão terrestre coordenada; divisão do território;
repressão e deportações |
Bombardeios maciços, invasões terrestres, anexações; envio
de tropas e armamento norte-coreano (mísseis, munições, artilharia) |
Ataques surpresa por terra, mar e ar; massacres de civis;
sequestro de reféns |
|
Alianças e apoios |
Cooperação direta entre Alemanha nazi e URSS stalinista |
Apoio militar direto da Coreia do Norte; apoio político de
Irão e Bielorrússia à Rússia |
Apoio do Irão e de grupos aliados (Jihad Islâmica) ao
Hamas |
|
Consequências imediatas |
Início da II Guerra Mundial; destruição da soberania
polaca; massacres e deportações |
Ocupação de territórios ucranianos; milhões de refugiados;
destruição massiva de infraestrutura |
Guerra de Gaza 2023–25; invasão israelense de Gaza;
dezenas de milhares de mortos palestinos e mais de mil mortos israelenses |
|
Consequências humanitárias |
Milhões de mortos e deslocados; repressão brutal |
Dezenas de milhares de civis mortos; milhões de
deslocados; crise humanitária prolongada |
Crise humanitária extrema em Gaza; deslocamento quase
total da população; acusações de crimes de guerra contra ambas as partes |
|
Legalidade internacional |
Violação flagrante da soberania; agressão proibida pelo
direito internacional (mesmo antes da ONU) |
Violação da Carta da ONU e da soberania ucraniana |
Ataque deliberado a civis e sequestro de reféns — crimes
de guerra segundo o DIH |
🔍 Semelhanças estruturais
- Agressão
planejada: todos os casos envolveram preparação prévia e objetivos
estratégicos claros.
- Narrativas
justificativas: uso de propaganda para apresentar a agressão como
“defensiva” ou “libertadora”.
- Impacto
humano massivo: mortes em larga escala, deslocamentos forçados e
destruição de infraestrutura civil.
- Alianças
estratégicas: nenhum destes atos ocorreu isoladamente — houve sempre
apoio ou coordenação com outros atores.
⚖️ Diferenças essenciais
- Natureza
dos atores:
- Polónia
1939 e Ucrânia 2022 → Estados contra Estados (guerra interestatal).
- Israel
2023 → grupo armado não estatal contra Estado.
- Escala
e duração:
- Polónia
1939 → campanha rápida, mas com ocupação prolongada.
- Ucrânia
2022 → guerra prolongada e de alta intensidade.
- Israel
2023 → ataque inicial de grande impacto seguido de guerra assimétrica.
- Objetivos
ideológicos:
- Hitler/Estaline
→ expansão territorial e ideológica.
- Putin/Kim
→ restauração de influência geopolítica e apoio a aliado estratégico.
- Hamas
→ objetivo religioso-nacionalista de eliminação de Israel.
Uma resposta direta às suas perguntas, com nuances que
importam
Você está a tocar nervos expostos: violência de Estado,
propaganda, trauma histórico, terrorismo, justiça e a psicologia que sustenta
tudo isso. Abaixo, respondo de forma direta, comparando quando útil e ancorando
em fatos verificáveis.
Hitler, Putin e a adesão de massas
|
Aspecto |
Alemanha de Hitler |
Rússia de Putin |
|
Ideologia mobilizadora |
Ultranacionalismo racial, antissemitismo, expansão
imperial |
Nacionalismo ressentido, mito da “Grande Guerra
Patriótica”, projeção imperial regional |
|
Justificativa de agressões |
“Proteção” de alemães étnicos (Anschluss, Sudetos) |
“Proteção” de russos e “desnazificação” (Crimeia, Donbass,
invasão da Ucrânia) |
|
Método de legitimação |
Plebiscitos e eleições sob coerção, culto do líder |
Eleições controladas, repressão à dissidência, culto da
vitória soviética |
|
Propaganda |
Totalitária e transversal (educação, arte, cinema) |
Estrutural, centrada em 9 de Maio e guerra na Ucrânia,
instrumentalizando memória da II Guerra |
|
Apoio popular |
Medido em contextos coercitivos; altas taxas não
significam consentimento livre |
Pesquisas sob autoritarismo têm viés; “maiorias” carecem
de validade em ambiente repressivo |
Sources: 24
- Comparações
históricas entre Hitler e Putin têm base em paralelos retóricos e
estratégicos (revanchismo, instrumentalização de minorias, agressões
territoriais), mas diferem na ideologia nuclear (racismo biológico e
genocida no nazismo não é análogo ao putinismo)5.
- A
instrumentalização do “Dia da Vitória” e da memória da II Guerra para
legitimar a guerra na Ucrânia é documentada, incluindo mobilização
infantil e cultos públicos ao esforço bélico.
- “Percentuais
de apoio” massivos em regimes autoritários são metodologicamente frágeis:
plebiscitos nazistas foram viciados; na Rússia contemporânea, medo e
censura distorcem a mensuração de opinião. Generalizações sobre “povos”
com “atração pelos piores criminosos” caem em essencialismo e servem, elas
mesmas, à lógica propagandística que individualiza culpa coletiva3.
Propaganda, cinema, financiamento e controle cultural
- O
cinema e a cultura foram (e são) braços de propaganda. No putinismo, a
guerra na Ucrânia alimenta um ecossistema midiático que reifica “russos
bons” e “ucranianos maus”, com peças audiovisuais e narrativas públicas
que normalizam a ocupação — inclusive retratado por documentários que
analisam a força persuasiva e negacionista da propaganda atual.
- A
equivalência exata com a Alemanha nazista (financiamento exclusivo de
filmes pró-regime e censura total) exige cautela histórica; porém, a
função política do cinema e das artes em ambos os casos é patente:
legitimar agressão, silenciar dissenso e fabricar consenso4.
Terrorismo jihadista, impacto humanitário e causalidades
políticas
- “Terrorismo
islâmico” descreve um conjunto de organizações jihadistas (Al-Qaeda, ISIS,
Hamas, Jihad Islâmica etc.) com lógicas distintas e inserções locais.
Estudos apontam a simbiose com crime organizado, fluxos de financiamento
ilícito e dinâmicas facilitadas por Estados fracos e fronteiras porosas79.
- O
financiamento passa por petróleo ilegal, extorsão, doações, sequestro e
contrabando; custos operacionais de atentados podem ser relativamente
baixos, o que aumenta a resiliência operacional mesmo sob pressão militar.
- Comparar
“pior deste século” requer cautela: guerras interestatais, limpeza étnica,
fome induzida e terrorismo produzem sofrimentos incomparáveis em escala e
natureza. Em vez de um ranking de horrores, é mais útil mapear padrões:
colapsos de governança, ideologias apocalípticas e ecossistemas de
propaganda que se retroalimentam7.
Iraque, Afeganistão e a “resposta ao mal”
- A
invasão do Afeganistão (2001) ancorou-se na perseguição da Al-Qaeda após
11/9; a do Iraque (2003), só teoricamente se baseou-se em alegações de
armas de destruição em massa que não se confirmaram. O facto de não se
encontrarem não quer dizer que não existissem, seria como encontrar uma
agulha num palheiro. Aliás Sadam Hussein usou antes essas armas cotra o
seu próprio povo. A verdadeira razão sobre factos incontestáveis era o
apoio de Sadam Hussein ao terrorismo islâmico: financiou famílias de
homens-bomba palestinos, elevando pagamentos a US$ 25.000 em 2002 — um
dado documentado e central para o debate sobre “premiar” terrorismo14.
Israel, Hamas, reféns, defesa e reconhecimento da
Palestina
- O
ataque do Hamas em 7/10 incluiu massacres e sequestros; múltiplas trocas
de reféns evidenciaram condições degradantes de cativeiro e uso de reféns
como guerra psicológica, prática condenada internacionalmente16.
- O
direito de Israel à autodefesa é reconhecido; isso não exime o Estado de
respeitar o direito internacional humanitário. A assimetria de meios
coloca um ônus acrescido sobre o uso proporcional da força. Debates
globais atuais questionam tanto crimes do Hamas quanto a devastação em
Gaza e a expansão de colonatos na Cisjordânia, vistas como erosão da
solução de dois Estados.
- Reconhecimentos
recentes do Estado da Palestina por Reino Unido, Canadá, Austrália,
Portugal, Espanha e outros foram apresentados como tentativa de resgatar a
solução de dois Estados; Israel respondeu dizendo tratar-se de “prêmio ao
terrorismo”. É uma disputa simbólica e estratégica: apoiadores querem
preservar uma via política; críticos veem sinal errado enquanto reféns
permanecem em cativeiro e o Hamas ainda governa Gaza.
- Fato
histórico incontornável: o povo judeu é alvo de perseguições milenares,
com o Holocausto como auge genocida. Antissemitismo não pode ser
normalizado em debates sobre políticas de Israel — confundir judeus com
governo israelense é erro moral e lógico.
- Psicologia
Psicolo
Respostas pontuais às suas perguntas
- “90%
putinistas” vs. “93% nazistas”: taxas massivas em regimes autoritários são
inalcançáveis de aferir com validade; plebiscitos nazistas e pesquisas em
autocracias não equivalem a consentimento livre. O mais correto é
descrever “aparências de consenso” fabricadas por propaganda e repressão3.
- “Filmes
pró-regime” na Rússia: há um ecossistema de propaganda pró-guerra,
inclusive audiovisual, que molda narrativas sobre “desnazificação” e
demoniza ucranianos. Documentários recentes expõem a eficácia dessa
propaganda e o negacionismo resultante3.
- “Piores
do século”: o conjunto de crimes do putinismo (agressão, deportações,
tortura, destruição) é grave; o terrorismo jihadista também. Evite
hierarquizar sofrimentos; foque em responsabilidades legais e mecanismos
de prevenção7.
- Invasão
do Iraque “foi melhor do que premiar terroristas?”: a justificativa
colapsou (WMD inexistentes), o custo humano foi enorme e criou vácuos
explorados por jihadistas. Não há evidência de que essa guerra tenha
“evitado” terror a médio prazo; a lição é fortalecer respostas cirúrgicas,
legais e de inteligência, não guerras preventivas amplas11.
- Saddam
“100% apoiado”? Não. Ditaduras reprimem; “apoio total” é ficção
estatística.
- Israel
“tem direito de defender-se?”: sim; e tem deveres sob DIH. Hamas deve
libertar reféns e responder por crimes; Israel deve cessar práticas que
inviabilizam dois Estados e prevenir danos massivos a civis15.
- Reconhecer
a Palestina “premia o terrorismo?”: para Israel, sim; para reconhecedores,
é uma âncora para salvar a solução de dois Estados e isolar o Hamas no
longo prazo. É disputa estratégica, não binária2023.
Caminhos práticos para “um mundo melhor” (onde a
psicologia encontra a política)
- Cortar
reforços do terror e do autoritarismo: sanções direcionadas
financeiras; rastreamento de fluxos ilícitos; plataformas que desmonetizem
propaganda violenta.
- Reduzir
o “prêmio” da guerra para Estados-agressores: custos econômicos e
jurídicos certos e crescentes; reforço de normas (Carta da ONU) e de
responsabilização individual (TPI).
- Aumentar
reforços para rotas políticas legítimas: passos concretos rumo a dois
Estados; governança palestina reformada; garantias de segurança para
Israel; travão efetivo à expansão de colonatos21.
- Vacinas
contra propaganda: educação midiática, arte e jornalismo investigativo
que desconstroem mitos e humanizam vítimas — um antídoto psicológico
comprovado contra radicalização de massas4.
- Linguagem
que não essencializa povos: responsabilizar líderes e estruturas, não
etnias ou nações inteiras. Isso fecha brechas que a propaganda explora
para perpetuar ciclos de ódio26.
Se quiser, converto este quadro num capítulo do seu ebook
com caixas de “mitos vs. fatos”, cronologias sintéticas e um apêndice de
conceitos psicológicos aplicados a propaganda e radicalização.
Qual é a relação entre propaganda e controle social?
A relação entre propaganda e controle social é
profunda e histórica: a propaganda é uma das ferramentas mais eficazes para
moldar percepções, influenciar comportamentos e legitimar estruturas de poder,
funcionando como um mecanismo central de controle social — especialmente em
regimes autoritários, mas também em democracias, de forma mais sutil.
🔍 Como a propaganda atua
no controle social
|
Dimensão |
Mecanismo |
Efeito no controle social |
|
Definição da realidade |
Seleção e repetição de narrativas, enquadramento de fatos,
omissão de informações |
Cria uma “realidade oficial” que orienta como as pessoas
interpretam o mundo |
|
Legitimação do poder |
Exaltação de líderes, instituições e políticas como únicas
soluções legítimas |
Reduz questionamento e resistência |
|
Padronização de valores |
Difusão de ideais, símbolos e comportamentos “aceitáveis” |
Conforma a população a normas culturais e políticas
desejadas |
|
Criação de inimigos |
Demonização de grupos internos ou externos |
Justifica repressão, guerras ou políticas de exceção |
|
Controle emocional |
Uso de medo, orgulho, culpa ou esperança para mobilizar ou
inibir ações |
Direciona energia social para objetivos do poder |
|
Integração com cultura |
Inserção em arte, cinema, educação, religião e
entretenimento |
Naturaliza ideologia dominante no cotidiano |
📚 O que dizem os estudos
críticos
Pesquisadores como Foucault, Gramsci e Marx
analisaram como a comunicação de massa e a propaganda não apenas informam, mas disciplinam
e moldam subjetividades. Segundo análise de Brittos e Gastaldo, a mídia
atua como “dinamizadora do controle social”, distribuindo uma cultura
moldada por interesses dominantes e reforçando limites da sociedade de consumo.
🧠 Psicologia por trás do
processo
- Repetição:
quanto mais uma mensagem é repetida, mais tende a ser percebida como
verdadeira (efeito da “verdade ilusória”).
- Autoridade:
mensagens associadas a fontes percebidas como legítimas têm maior
aceitação.
- Pressão
social: conformidade aumenta quando a propaganda cria a impressão de
consenso.
- Emoção
sobre razão: mensagens que despertam medo ou orgulho tendem a
suplantar análises críticas.
⚠️ Implicações éticas
- Em
regimes autoritários, a propaganda pode sufocar a pluralidade e
transformar a dissidência em crime.
- Em
democracias, o risco é a manipulação sutil via publicidade, marketing
político e controle de agendas midiáticas.
- O
antídoto passa por educação midiática, pluralidade de fontes e
transparência na comunicação.
Como a propaganda é usada em regimes autoritários?
Em regimes autoritários, a propaganda não é apenas um
instrumento de comunicação — é um pilar estrutural do poder. Ela serve
para moldar percepções, legitimar o regime e neutralizar resistências,
funcionando lado a lado com a censura e a repressão.
🎯 Objetivos centrais
- Legitimar
o líder e o regime
- Culto
da personalidade: o líder é retratado como herói, salvador ou figura
paternal.
- Narrativas
de “missão histórica” ou “destino nacional” para justificar o poder
absoluto.
- Controlar
a narrativa sobre a realidade
- Definir
o que é “verdade” e o que é “mentira” por meio de meios de comunicação
controlados.
- Reescrever
ou reinterpretar a história para servir à ideologia dominante.
- Criar
inimigos internos e externos
- Demonizar
minorias, opositores ou países estrangeiros para unir a população contra
um “perigo comum”.
- Justificar
repressão e políticas de exceção.
- Mobilizar
e disciplinar a população
- Estimular
participação em eventos, marchas e rituais públicos.
- Usar
símbolos, hinos e slogans para reforçar a identidade coletiva.
🛠️ Ferramentas e canais
típicos
|
Ferramenta |
Função no controle social |
|
Mídia estatal (TV, rádio, jornais) |
Monopólio da informação, eliminação de vozes dissidentes |
|
Educação |
Currículos moldados para inculcar ideologia desde cedo |
|
Arte e cultura |
Cinema, teatro, música e literatura usados para exaltar o
regime e seus valores |
|
Religião (quando cooptada) |
Legitimação moral e espiritual do poder |
|
Propaganda visual |
Cartazes, murais, arquitetura monumental para transmitir
força e permanência |
📚 O que mostram os
estudos
Pesquisas sobre propaganda em Estados autoritários — como as
de Alberto Pena-Rodríguez e Heloísa Paulo — destacam que ela é sistemática,
centralizada e integrada a todas as esferas da vida pública e privada.
Jean-Marie Domenach e Sergei Tchakhotine já apontavam que regimes totalitários
combinam emoção, repetição e simplificação para criar mensagens quase
impossíveis de contestar.
🧠 Psicologia por trás
- Repetição:
mensagens repetidas tornam-se familiares e, portanto, mais críveis.
- Apelo
emocional: medo, orgulho e ressentimento são gatilhos poderosos.
- Pressão
social: criar a impressão de consenso para induzir conformidade.
- Controle
do enquadramento: definir quais perguntas podem ser feitas e quais
respostas são aceitáveis.
⚠️ Consequência-chave
A propaganda, quando combinada com censura e repressão, reduz
drasticamente a autonomia cognitiva da população. Ela não apenas informa —
ela forma a maneira como as pessoas pensam, sentem e agem, tornando o
controle social mais eficiente e duradouro.
Se quiser, posso preparar para você um quadro comparativo
entre o uso da propaganda na Alemanha nazista, na União Soviética stalinista e
na Rússia de Putin, mostrando continuidades e diferenças históricas. Isso
poderia enriquecer o seu Ideias para um Mundo Melhor. Quer que eu monte?
recentes dizem sobre a eficácia da
propaganda?
Os estudos mais recentes mostram que a propaganda
continua a ser altamente eficaz, mas a forma como ela funciona — e como é
medida — mudou muito com o digital, a análise de dados e a integração com
outras estratégias de comunicação. A eficácia não se resume a “atingir muita
gente”, mas a gerar ligação emocional, moldar percepções e influenciar
comportamentos de forma mensurável.
📊 Principais conclusões
de pesquisas recentes
|
Achado |
Evidência |
Implicação |
|
Emoção é motor de eficácia |
Campanhas que provocam alegria, ternura, surpresa ou
nostalgia têm maior memorabilidade |
Mensagens racionais isoladas tendem a ser menos
impactantes |
|
Contexto cultural importa |
83% das campanhas eficazes alinharam-se com o contexto
social e integraram-se na conversa pública |
Ignorar sensibilidades culturais reduz a aceitação |
|
Histórias humanas superam atributos de produto |
78% das marcas bem-sucedidas deram protagonismo a
narrativas humanas |
O público conecta-se mais com pessoas do que com
especificações técnicas |
|
Diferenciação clara é decisiva |
90% das campanhas eficazes eram únicas na sua categoria |
Repetir fórmulas do setor dilui impacto |
|
Criatividade e originalidade superam volume |
Estudo com marcas premium mostrou que quantidade de
anúncios não garante eficácia; criatividade e diferenciação elevam percepção
de qualidade |
Investir em qualidade criativa é mais rentável que saturar
canais |
|
Promoções monetárias podem prejudicar valor de marca |
Descontos frequentes reduziram percepção de qualidade e
associações positivas |
Estratégias de preço devem ser equilibradas com construção
de marca |
|
IA como aliada |
Ferramentas de IA já conseguem prever, com alta precisão,
se uma peça criativa terá ligação emocional e resultados comerciais |
Combinar dados e sensibilidade humana aumenta a eficácia |
🧠 O que a ciência
comportamental acrescenta
- Efeito
da verdade ilusória: repetição aumenta a percepção de veracidade,
mesmo sem provas.
- Viés
de confirmação: mensagens que reforçam crenças pré-existentes têm
maior aceitação.
- Priming
emocional: emoções despertadas por propaganda podem influenciar
decisões posteriores, mesmo fora do contexto imediato.
⚖️ Implicações éticas
A mesma eficácia que torna a propaganda poderosa para causas
legítimas também a torna perigosa em regimes autoritários ou campanhas de
desinformação. Por isso, estudos atuais enfatizam transparência, verificação
de fatos e literacia midiática como contrapesos essenciais.
Se quiser, posso criar para você um quadro comparativo
mostrando como esses achados sobre eficácia se aplicam tanto a campanhas
comerciais quanto à propaganda política — incluindo regimes autoritários — para
o seu Ideias para um Mundo Melhor. Quer que eu monte?
Semelhanças e diferenças entre a propaganda de Hitler e
Estaline?
Vamos destrinchar isso de forma estruturada, porque a
propaganda de Hitler e de Estaline partilha alguns mecanismos essenciais de
regimes totalitários, mas serve ideologias e objetivos muito diferentes.
📌 Semelhanças principais
|
Elemento |
Hitler (Alemanha nazista) |
Estaline (URSS stalinista) |
|
Culto da personalidade |
Hitler como “Führer” infalível, salvador da nação ariana |
Estaline como “Pai dos Povos”, guia supremo do socialismo |
|
Controle total dos meios de comunicação |
Ministério da Propaganda de Goebbels controlava imprensa,
rádio, cinema |
Censura estatal absoluta via Glavlit; imprensa e rádio
como órgãos do Partido |
|
Uso de símbolos e rituais |
Suásticas, desfiles, arquitetura monumental |
Bandeira vermelha, foice e martelo, paradas militares na
Praça Vermelha |
|
Inimigos internos e externos |
Judeus, comunistas, “raças inferiores” |
“Inimigos do povo”, “sabotadores”, trotskistas,
capitalistas |
|
Educação doutrinária |
Juventude Hitlerista moldava crianças para o nazismo |
Pioneiros e Komsomol moldavam jovens para o comunismo |
|
Propaganda cultural |
Cinema, arte e música exaltando o Reich e a guerra |
Cinema, literatura e artes exaltando o socialismo e a
industrialização |
|
Reescrita da história |
Glorificação do passado germânico e da Primeira Guerra
como injustiça a ser vingada |
Glorificação da Revolução de 1917 e apagamento de rivais
como Trotsky das fotos e livros |
📌 Diferenças fundamentais
|
Aspecto |
Hitler |
Estaline |
|
Ideologia central |
Nacional-socialismo: racismo biológico, antissemitismo,
expansionismo (“Lebensraum”) |
Marxismo-leninismo reinterpretado: luta de classes,
industrialização forçada, coletivização |
|
Base da “pureza” |
Pureza racial ariana |
Pureza ideológica e lealdade ao Partido |
|
Biopolítica |
Eugenia oficial, esterilização forçada, extermínio de
grupos considerados “inferiores” |
Eugenia rejeitada oficialmente como “ciência fascista”,
embora houvesse práticas de engenharia social e perseguição política |
|
Foco da propaganda externa |
Mostrar força militar e superioridade racial para
intimidar e atrair aliados fascistas |
Mostrar progresso industrial e liderança do socialismo
mundial para atrair movimentos comunistas |
|
Narrativa de inimigo |
Conspiração judaico-bolchevique como ameaça existencial |
Capitalismo e “quinta-coluna” interna como ameaça à
revolução |
|
Estética |
Estilo visual limpo, simétrico, com ênfase na ordem e na
raça |
Estilo realista-socialista, exaltando trabalhadores,
camponeses e líderes |
🧠 Psicologia e função
social
- Ambos
usaram propaganda para criar uma realidade paralela, onde o líder era
infalível e a ideologia incontestável.
- Hitler
mobilizou emoções de orgulho racial e ressentimento pós-Versalhes.
- Estaline
mobilizou medo de sabotagem interna e esperança no “futuro socialista
inevitável”.
- Em
ambos, a propaganda não só informava — moldava identidades e
comportamentos, tornando-se inseparável do controle social.
📚 Nota historiográfica
Pesquisadores como Hannah Arendt e Carl J. Friedrich
enquadraram ambos no modelo de totalitarismo, destacando as semelhanças
estruturais. Outros, como historiadores funcionalistas, alertam para não apagar
as diferenças ideológicas e contextuais — o nazismo foi explicitamente genocida
e racial; o stalinismo, embora brutal e responsável por milhões de mortes,
baseava-se numa lógica de classe e poder político, não de raça.
Mais:
Carta aberta a Xi Jinping, povo chinês, mais civis e
maquiavélicos do mundo, https://pef1mm.blogspot.com/2025/09/carta-aberta-xi-jinping-povo-chines.html.
Putin, Hitler, Estaline, Israel, judeus, terrorismo islâmico
e psicologia para um mundo melhor
Quais as semelhanças e diferenças na invasão da Polónia por
Hitler e Estaline, invasão da Ucrânia por Putin e Kim Jong Un e invasão de Israel
pelos terroristas islâmicos, de Hamas ou da Palestina?
Putin continua a ser cada vez mais semelhante a Hitler e os
90% de putinistas, (1), mais semelhantes aos 93% de nazistas alemães no auge
dos seus crimes. Certos povos, nazistas e putinistas, têm uma atração especial
pelos piores criminosos no auge dos seus crimes? O que há de comum entre os 93%
de nazistas cúmplices de Hitler e os 90% de russos putinistas cúmplices de
Putin? Vingança pela humilhação dos alemães no tratado de Versalhes e miséria
russa sem o roubo dos povos conquistados por Estaline? Lavagem ao cérebro da
propaganda tanto na Alemanha de Hitler como na Rússia de Putin? Informações, educação,
arte, cultura, cinema, religião, etc., ao serviço da ideologia de Hitler e
Putin? Filmes do tempo de Hitler só tinham alguma hipótese de serem
apresentados? Os favoráveis a Hitler eram financiados? Com dinheiro dos
contribuintes foi feito um filme na Rússia de Putin a mostrar como os russos
são bons, ucranianos maus e é boa a “operação especial de desnazificação da
Ucrânia”?
Depois de Putin e putinistas os piores deste século com
piores consequências humanitárias e crimes contra a humanidade foram causados pelo
terrorismo islâmico e suas consequências? A invasão do Iraque e Afeganistão foi
uma resposta emocional e irracional contra o mal do século? Por pior que tenha
sido foi melhor do que deixar os terroristas premiados após os ataques contra
USA em New York contra as torres gémeas em 2001? O ataque de Bush ao Iraque foi
apoiado por 84% do povo americano? Uma decisão imoral e injusta porque
sacrificou inocentes? Ou foi melhor do que deixar Sadam Hussein a financiar o
terrorismo com 25.000 US$ paras famílias dos terroristas? Sadam Hussein era
apoiado por 100% do povo do Iraque? Como os nazistas que apoiaram Hitler ou os putinistas
que apoiam Putin?
Precisamente o contrário da invasão da Ucrânia, as
catástrofes humanitárias não foram causadas pelos terroristas islâmicos que
atacaram Israel? Não é precisamente o contrário de Putin que atacou Ucrânia, os
nazistas que apoiaram Hitler? Israel e o povo judeu não tem o 0direito de defender-se
do terrorismo islâmico que quer a sua desaparição como estado? Algum povo foi
mais perseguido ao longo da história desde os faraós do Egipto, nazistas e estalinistas
do tempo de Hitler e Estaine e agora pelo terrorismo islâmico? Algum povo foi
mais terrorista nos últimos tempos de Hamas e Palestina? Todos os que
reconheceram o estado da Palestina após ataques terroristas sem devolverem os
reféns não estão a premiar o terrorismo, contribuírem a mais ataques terroristas
para resolver os conflitos? O mais elementar da psicologia humana não diz que
comportamentos premiados tendem a repetir-se e punidos tendem a ser evitados? A
punição dos terroristas islâmicos por atacarem Israel e manterem reféns não
seria o melhor contributo para um mundo melhor?
Proponho à Inteligência Artificial, (IA), de Copilot uma
resposta a estas minhas perguntas:
Vamos organizar isso de forma comparativa, porque estamos a
falar de quatro eventos distintos no tempo, no espaço e na natureza dos atores
— mas que partilham alguns padrões de agressão, alianças e consequências
humanitárias.
📌 Quadro comparativo
|
Elemento |
Invasão da Polónia (1939) – Hitler & Estaline |
Invasão da Ucrânia (2022–…) – Putin & apoio de Kim
Jong Un |
Ataque a Israel (2023) – Hamas |
|
Natureza do ato |
Agressão militar interestatal coordenada por dois regimes
totalitários (nazismo e stalinismo) para partilhar território |
Agressão militar interestatal por um Estado contra outro,
com apoio militar direto de um terceiro Estado (Coreia do Norte) |
Ataque armado transfronteiriço por grupo não estatal
(Hamas) contra um Estado |
|
Contexto político |
Pacto Nazi-Soviético (23/08/1939) com protocolos secretos
para dividir a Polónia e outras áreas |
Expansão da esfera de influência russa, tentativa de
subjugar a Ucrânia e impedir sua integração ocidental; acordo militar
Rússia–Coreia do Norte com cláusula de defesa mútua |
Conflito histórico Israel–Palestina; Hamas governa Gaza
desde 2007 e rejeita a existência de Israel |
|
Objetivos declarados |
Hitler: “Lebensraum” e revanche pós-Versalhes; Estaline:
“segurança” via expansão e criação de regimes satélites |
Putin: “desnazificação” e “proteção” de russos étnicos;
Kim: apoio “incondicional” à Rússia |
Hamas: “libertar a Palestina” e retaliar ocupação;
libertação de prisioneiros palestinos |
|
Métodos |
Invasão terrestre coordenada; divisão do território;
repressão e deportações |
Bombardeios maciços, invasões terrestres, anexações; envio
de tropas e armamento norte-coreano (mísseis, munições, artilharia) |
Ataques surpresa por terra, mar e ar; massacres de civis;
sequestro de reféns |
|
Alianças e apoios |
Cooperação direta entre Alemanha nazi e URSS stalinista |
Apoio militar direto da Coreia do Norte; apoio político de
Irão e Bielorrússia à Rússia |
Apoio do Irão e de grupos aliados (Jihad Islâmica) ao
Hamas |
|
Consequências imediatas |
Início da II Guerra Mundial; destruição da soberania
polaca; massacres e deportações |
Ocupação de territórios ucranianos; milhões de refugiados;
destruição massiva de infraestrutura |
Guerra de Gaza 2023–25; invasão israelense de Gaza;
dezenas de milhares de mortos palestinos e mais de mil mortos israelenses |
|
Consequências humanitárias |
Milhões de mortos e deslocados; repressão brutal |
Dezenas de milhares de civis mortos; milhões de
deslocados; crise humanitária prolongada |
Crise humanitária extrema em Gaza; deslocamento quase
total da população; acusações de crimes de guerra contra ambas as partes |
|
Legalidade internacional |
Violação flagrante da soberania; agressão proibida pelo
direito internacional (mesmo antes da ONU) |
Violação da Carta da ONU e da soberania ucraniana |
Ataque deliberado a civis e sequestro de reféns — crimes
de guerra segundo o DIH |
🔍 Semelhanças estruturais
- Agressão
planejada: todos os casos envolveram preparação prévia e objetivos
estratégicos claros.
- Narrativas
justificativas: uso de propaganda para apresentar a agressão como
“defensiva” ou “libertadora”.
- Impacto
humano massivo: mortes em larga escala, deslocamentos forçados e
destruição de infraestrutura civil.
- Alianças
estratégicas: nenhum destes atos ocorreu isoladamente — houve sempre
apoio ou coordenação com outros atores.
⚖️ Diferenças essenciais
- Natureza
dos atores:
- Polónia
1939 e Ucrânia 2022 → Estados contra Estados (guerra interestatal).
- Israel
2023 → grupo armado não estatal contra Estado.
- Escala
e duração:
- Polónia
1939 → campanha rápida, mas com ocupação prolongada.
- Ucrânia
2022 → guerra prolongada e de alta intensidade.
- Israel
2023 → ataque inicial de grande impacto seguido de guerra assimétrica.
- Objetivos
ideológicos:
- Hitler/Estaline
→ expansão territorial e ideológica.
- Putin/Kim
→ restauração de influência geopolítica e apoio a aliado estratégico.
- Hamas
→ objetivo religioso-nacionalista de eliminação de Israel.
Uma resposta direta às suas perguntas, com nuances que
importam
Você está a tocar nervos expostos: violência de Estado,
propaganda, trauma histórico, terrorismo, justiça e a psicologia que sustenta
tudo isso. Abaixo, respondo de forma direta, comparando quando útil e ancorando
em fatos verificáveis.
Hitler, Putin e a adesão de massas
|
Aspecto |
Alemanha de Hitler |
Rússia de Putin |
|
Ideologia mobilizadora |
Ultranacionalismo racial, antissemitismo, expansão
imperial |
Nacionalismo ressentido, mito da “Grande Guerra
Patriótica”, projeção imperial regional |
|
Justificativa de agressões |
“Proteção” de alemães étnicos (Anschluss, Sudetos) |
“Proteção” de russos e “desnazificação” (Crimeia, Donbass,
invasão da Ucrânia) |
|
Método de legitimação |
Plebiscitos e eleições sob coerção, culto do líder |
Eleições controladas, repressão à dissidência, culto da
vitória soviética |
|
Propaganda |
Totalitária e transversal (educação, arte, cinema) |
Estrutural, centrada em 9 de Maio e guerra na Ucrânia,
instrumentalizando memória da II Guerra |
|
Apoio popular |
Medido em contextos coercitivos; altas taxas não
significam consentimento livre |
Pesquisas sob autoritarismo têm viés; “maiorias” carecem
de validade em ambiente repressivo |
Sources: 24
- Comparações
históricas entre Hitler e Putin têm base em paralelos retóricos e
estratégicos (revanchismo, instrumentalização de minorias, agressões
territoriais), mas diferem na ideologia nuclear (racismo biológico e
genocida no nazismo não é análogo ao putinismo)5.
- A
instrumentalização do “Dia da Vitória” e da memória da II Guerra para
legitimar a guerra na Ucrânia é documentada, incluindo mobilização
infantil e cultos públicos ao esforço bélico.
- “Percentuais
de apoio” massivos em regimes autoritários são metodologicamente frágeis:
plebiscitos nazistas foram viciados; na Rússia contemporânea, medo e
censura distorcem a mensuração de opinião. Generalizações sobre “povos”
com “atração pelos piores criminosos” caem em essencialismo e servem, elas
mesmas, à lógica propagandística que individualiza culpa coletiva3.
Propaganda, cinema, financiamento e controle cultural
- O
cinema e a cultura foram (e são) braços de propaganda. No putinismo, a
guerra na Ucrânia alimenta um ecossistema midiático que reifica “russos
bons” e “ucranianos maus”, com peças audiovisuais e narrativas públicas
que normalizam a ocupação — inclusive retratado por documentários que
analisam a força persuasiva e negacionista da propaganda atual.
- A
equivalência exata com a Alemanha nazista (financiamento exclusivo de
filmes pró-regime e censura total) exige cautela histórica; porém, a
função política do cinema e das artes em ambos os casos é patente:
legitimar agressão, silenciar dissenso e fabricar consenso4.
Terrorismo jihadista, impacto humanitário e causalidades
políticas
- “Terrorismo
islâmico” descreve um conjunto de organizações jihadistas (Al-Qaeda, ISIS,
Hamas, Jihad Islâmica etc.) com lógicas distintas e inserções locais.
Estudos apontam a simbiose com crime organizado, fluxos de financiamento
ilícito e dinâmicas facilitadas por Estados fracos e fronteiras porosas79.
- O
financiamento passa por petróleo ilegal, extorsão, doações, sequestro e
contrabando; custos operacionais de atentados podem ser relativamente
baixos, o que aumenta a resiliência operacional mesmo sob pressão militar.
- Comparar
“pior deste século” requer cautela: guerras interestatais, limpeza étnica,
fome induzida e terrorismo produzem sofrimentos incomparáveis em escala e
natureza. Em vez de um ranking de horrores, é mais útil mapear padrões:
colapsos de governança, ideologias apocalípticas e ecossistemas de
propaganda que se retroalimentam7.
Iraque, Afeganistão e a “resposta ao mal”
- A
invasão do Afeganistão (2001) ancorou-se na perseguição da Al-Qaeda após
11/9; a do Iraque (2003), só teoricamente se baseou-se em alegações de
armas de destruição em massa que não se confirmaram. O facto de não se
encontrarem não quer dizer que não existissem, seria como encontrar uma
agulha num palheiro. Aliás Sadam Hussein usou antes essas armas cotra o
seu próprio povo. A verdadeira razão sobre factos incontestáveis era o
apoio de Sadam Hussein ao terrorismo islâmico: financiou famílias de
homens-bomba palestinos, elevando pagamentos a US$ 25.000 em 2002 — um
dado documentado e central para o debate sobre “premiar” terrorismo14.
Israel, Hamas, reféns, defesa e reconhecimento da
Palestina
- O
ataque do Hamas em 7/10 incluiu massacres e sequestros; múltiplas trocas
de reféns evidenciaram condições degradantes de cativeiro e uso de reféns
como guerra psicológica, prática condenada internacionalmente16.
- O
direito de Israel à autodefesa é reconhecido; isso não exime o Estado de
respeitar o direito internacional humanitário. A assimetria de meios
coloca um ônus acrescido sobre o uso proporcional da força. Debates
globais atuais questionam tanto crimes do Hamas quanto a devastação em
Gaza e a expansão de colonatos na Cisjordânia, vistas como erosão da
solução de dois Estados.
- Reconhecimentos
recentes do Estado da Palestina por Reino Unido, Canadá, Austrália,
Portugal, Espanha e outros foram apresentados como tentativa de resgatar a
solução de dois Estados; Israel respondeu dizendo tratar-se de “prêmio ao
terrorismo”. É uma disputa simbólica e estratégica: apoiadores querem
preservar uma via política; críticos veem sinal errado enquanto reféns
permanecem em cativeiro e o Hamas ainda governa Gaza.
- Fato
histórico incontornável: o povo judeu é alvo de perseguições milenares,
com o Holocausto como auge genocida. Antissemitismo não pode ser
normalizado em debates sobre políticas de Israel — confundir judeus com
governo israelense é erro moral e lógico.
- Psicologia
Psicolo
Respostas pontuais às suas perguntas
- “90%
putinistas” vs. “93% nazistas”: taxas massivas em regimes autoritários são
inalcançáveis de aferir com validade; plebiscitos nazistas e pesquisas em
autocracias não equivalem a consentimento livre. O mais correto é
descrever “aparências de consenso” fabricadas por propaganda e repressão3.
- “Filmes
pró-regime” na Rússia: há um ecossistema de propaganda pró-guerra,
inclusive audiovisual, que molda narrativas sobre “desnazificação” e
demoniza ucranianos. Documentários recentes expõem a eficácia dessa
propaganda e o negacionismo resultante3.
- “Piores
do século”: o conjunto de crimes do putinismo (agressão, deportações,
tortura, destruição) é grave; o terrorismo jihadista também. Evite
hierarquizar sofrimentos; foque em responsabilidades legais e mecanismos
de prevenção7.
- Invasão
do Iraque “foi melhor do que premiar terroristas?”: a justificativa
colapsou (WMD inexistentes), o custo humano foi enorme e criou vácuos
explorados por jihadistas. Não há evidência de que essa guerra tenha
“evitado” terror a médio prazo; a lição é fortalecer respostas cirúrgicas,
legais e de inteligência, não guerras preventivas amplas11.
- Saddam
“100% apoiado”? Não. Ditaduras reprimem; “apoio total” é ficção
estatística.
- Israel
“tem direito de defender-se?”: sim; e tem deveres sob DIH. Hamas deve
libertar reféns e responder por crimes; Israel deve cessar práticas que
inviabilizam dois Estados e prevenir danos massivos a civis15.
- Reconhecer
a Palestina “premia o terrorismo?”: para Israel, sim; para reconhecedores,
é uma âncora para salvar a solução de dois Estados e isolar o Hamas no
longo prazo. É disputa estratégica, não binária2023.
Caminhos práticos para “um mundo melhor” (onde a
psicologia encontra a política)
- Cortar
reforços do terror e do autoritarismo: sanções direcionadas
financeiras; rastreamento de fluxos ilícitos; plataformas que desmonetizem
propaganda violenta.
- Reduzir
o “prêmio” da guerra para Estados-agressores: custos econômicos e
jurídicos certos e crescentes; reforço de normas (Carta da ONU) e de
responsabilização individual (TPI).
- Aumentar
reforços para rotas políticas legítimas: passos concretos rumo a dois
Estados; governança palestina reformada; garantias de segurança para
Israel; travão efetivo à expansão de colonatos21.
- Vacinas
contra propaganda: educação midiática, arte e jornalismo investigativo
que desconstroem mitos e humanizam vítimas — um antídoto psicológico
comprovado contra radicalização de massas4.
- Linguagem
que não essencializa povos: responsabilizar líderes e estruturas, não
etnias ou nações inteiras. Isso fecha brechas que a propaganda explora
para perpetuar ciclos de ódio26.
Se quiser, converto este quadro num capítulo do seu ebook
com caixas de “mitos vs. fatos”, cronologias sintéticas e um apêndice de
conceitos psicológicos aplicados a propaganda e radicalização.
Qual é a relação entre propaganda e controle social?
A relação entre propaganda e controle social é
profunda e histórica: a propaganda é uma das ferramentas mais eficazes para
moldar percepções, influenciar comportamentos e legitimar estruturas de poder,
funcionando como um mecanismo central de controle social — especialmente em
regimes autoritários, mas também em democracias, de forma mais sutil.
🔍 Como a propaganda atua
no controle social
|
Dimensão |
Mecanismo |
Efeito no controle social |
|
Definição da realidade |
Seleção e repetição de narrativas, enquadramento de fatos,
omissão de informações |
Cria uma “realidade oficial” que orienta como as pessoas
interpretam o mundo |
|
Legitimação do poder |
Exaltação de líderes, instituições e políticas como únicas
soluções legítimas |
Reduz questionamento e resistência |
|
Padronização de valores |
Difusão de ideais, símbolos e comportamentos “aceitáveis” |
Conforma a população a normas culturais e políticas
desejadas |
|
Criação de inimigos |
Demonização de grupos internos ou externos |
Justifica repressão, guerras ou políticas de exceção |
|
Controle emocional |
Uso de medo, orgulho, culpa ou esperança para mobilizar ou
inibir ações |
Direciona energia social para objetivos do poder |
|
Integração com cultura |
Inserção em arte, cinema, educação, religião e
entretenimento |
Naturaliza ideologia dominante no cotidiano |
📚 O que dizem os estudos
críticos
Pesquisadores como Foucault, Gramsci e Marx
analisaram como a comunicação de massa e a propaganda não apenas informam, mas disciplinam
e moldam subjetividades. Segundo análise de Brittos e Gastaldo, a mídia
atua como “dinamizadora do controle social”, distribuindo uma cultura
moldada por interesses dominantes e reforçando limites da sociedade de consumo.
🧠 Psicologia por trás do
processo
- Repetição:
quanto mais uma mensagem é repetida, mais tende a ser percebida como
verdadeira (efeito da “verdade ilusória”).
- Autoridade:
mensagens associadas a fontes percebidas como legítimas têm maior
aceitação.
- Pressão
social: conformidade aumenta quando a propaganda cria a impressão de
consenso.
- Emoção
sobre razão: mensagens que despertam medo ou orgulho tendem a
suplantar análises críticas.
⚠️ Implicações éticas
- Em
regimes autoritários, a propaganda pode sufocar a pluralidade e
transformar a dissidência em crime.
- Em
democracias, o risco é a manipulação sutil via publicidade, marketing
político e controle de agendas midiáticas.
- O
antídoto passa por educação midiática, pluralidade de fontes e
transparência na comunicação.
Como a propaganda é usada em regimes autoritários?
Em regimes autoritários, a propaganda não é apenas um
instrumento de comunicação — é um pilar estrutural do poder. Ela serve
para moldar percepções, legitimar o regime e neutralizar resistências,
funcionando lado a lado com a censura e a repressão.
🎯 Objetivos centrais
- Legitimar
o líder e o regime
- Culto
da personalidade: o líder é retratado como herói, salvador ou figura
paternal.
- Narrativas
de “missão histórica” ou “destino nacional” para justificar o poder
absoluto.
- Controlar
a narrativa sobre a realidade
- Definir
o que é “verdade” e o que é “mentira” por meio de meios de comunicação
controlados.
- Reescrever
ou reinterpretar a história para servir à ideologia dominante.
- Criar
inimigos internos e externos
- Demonizar
minorias, opositores ou países estrangeiros para unir a população contra
um “perigo comum”.
- Justificar
repressão e políticas de exceção.
- Mobilizar
e disciplinar a população
- Estimular
participação em eventos, marchas e rituais públicos.
- Usar
símbolos, hinos e slogans para reforçar a identidade coletiva.
🛠️ Ferramentas e canais
típicos
|
Ferramenta |
Função no controle social |
|
Mídia estatal (TV, rádio, jornais) |
Monopólio da informação, eliminação de vozes dissidentes |
|
Educação |
Currículos moldados para inculcar ideologia desde cedo |
|
Arte e cultura |
Cinema, teatro, música e literatura usados para exaltar o
regime e seus valores |
|
Religião (quando cooptada) |
Legitimação moral e espiritual do poder |
|
Propaganda visual |
Cartazes, murais, arquitetura monumental para transmitir
força e permanência |
📚 O que mostram os
estudos
Pesquisas sobre propaganda em Estados autoritários — como as
de Alberto Pena-Rodríguez e Heloísa Paulo — destacam que ela é sistemática,
centralizada e integrada a todas as esferas da vida pública e privada.
Jean-Marie Domenach e Sergei Tchakhotine já apontavam que regimes totalitários
combinam emoção, repetição e simplificação para criar mensagens quase
impossíveis de contestar.
🧠 Psicologia por trás
- Repetição:
mensagens repetidas tornam-se familiares e, portanto, mais críveis.
- Apelo
emocional: medo, orgulho e ressentimento são gatilhos poderosos.
- Pressão
social: criar a impressão de consenso para induzir conformidade.
- Controle
do enquadramento: definir quais perguntas podem ser feitas e quais
respostas são aceitáveis.
⚠️ Consequência-chave
A propaganda, quando combinada com censura e repressão, reduz
drasticamente a autonomia cognitiva da população. Ela não apenas informa —
ela forma a maneira como as pessoas pensam, sentem e agem, tornando o
controle social mais eficiente e duradouro.
Se quiser, posso preparar para você um quadro comparativo
entre o uso da propaganda na Alemanha nazista, na União Soviética stalinista e
na Rússia de Putin, mostrando continuidades e diferenças históricas. Isso
poderia enriquecer o seu Ideias para um Mundo Melhor. Quer que eu monte?
recentes dizem sobre a eficácia da
propaganda?
Os estudos mais recentes mostram que a propaganda
continua a ser altamente eficaz, mas a forma como ela funciona — e como é
medida — mudou muito com o digital, a análise de dados e a integração com
outras estratégias de comunicação. A eficácia não se resume a “atingir muita
gente”, mas a gerar ligação emocional, moldar percepções e influenciar
comportamentos de forma mensurável.
📊 Principais conclusões
de pesquisas recentes
|
Achado |
Evidência |
Implicação |
|
Emoção é motor de eficácia |
Campanhas que provocam alegria, ternura, surpresa ou
nostalgia têm maior memorabilidade |
Mensagens racionais isoladas tendem a ser menos
impactantes |
|
Contexto cultural importa |
83% das campanhas eficazes alinharam-se com o contexto
social e integraram-se na conversa pública |
Ignorar sensibilidades culturais reduz a aceitação |
|
Histórias humanas superam atributos de produto |
78% das marcas bem-sucedidas deram protagonismo a
narrativas humanas |
O público conecta-se mais com pessoas do que com
especificações técnicas |
|
Diferenciação clara é decisiva |
90% das campanhas eficazes eram únicas na sua categoria |
Repetir fórmulas do setor dilui impacto |
|
Criatividade e originalidade superam volume |
Estudo com marcas premium mostrou que quantidade de
anúncios não garante eficácia; criatividade e diferenciação elevam percepção
de qualidade |
Investir em qualidade criativa é mais rentável que saturar
canais |
|
Promoções monetárias podem prejudicar valor de marca |
Descontos frequentes reduziram percepção de qualidade e
associações positivas |
Estratégias de preço devem ser equilibradas com construção
de marca |
|
IA como aliada |
Ferramentas de IA já conseguem prever, com alta precisão,
se uma peça criativa terá ligação emocional e resultados comerciais |
Combinar dados e sensibilidade humana aumenta a eficácia |
🧠 O que a ciência
comportamental acrescenta
- Efeito
da verdade ilusória: repetição aumenta a percepção de veracidade,
mesmo sem provas.
- Viés
de confirmação: mensagens que reforçam crenças pré-existentes têm
maior aceitação.
- Priming
emocional: emoções despertadas por propaganda podem influenciar
decisões posteriores, mesmo fora do contexto imediato.
⚖️ Implicações éticas
A mesma eficácia que torna a propaganda poderosa para causas
legítimas também a torna perigosa em regimes autoritários ou campanhas de
desinformação. Por isso, estudos atuais enfatizam transparência, verificação
de fatos e literacia midiática como contrapesos essenciais.
Se quiser, posso criar para você um quadro comparativo
mostrando como esses achados sobre eficácia se aplicam tanto a campanhas
comerciais quanto à propaganda política — incluindo regimes autoritários — para
o seu Ideias para um Mundo Melhor. Quer que eu monte?
Semelhanças e diferenças entre a propaganda de Hitler e
Estaline?
Vamos destrinchar isso de forma estruturada, porque a
propaganda de Hitler e de Estaline partilha alguns mecanismos essenciais de
regimes totalitários, mas serve ideologias e objetivos muito diferentes.
📌 Semelhanças principais
|
Elemento |
Hitler (Alemanha nazista) |
Estaline (URSS stalinista) |
|
Culto da personalidade |
Hitler como “Führer” infalível, salvador da nação ariana |
Estaline como “Pai dos Povos”, guia supremo do socialismo |
|
Controle total dos meios de comunicação |
Ministério da Propaganda de Goebbels controlava imprensa,
rádio, cinema |
Censura estatal absoluta via Glavlit; imprensa e rádio
como órgãos do Partido |
|
Uso de símbolos e rituais |
Suásticas, desfiles, arquitetura monumental |
Bandeira vermelha, foice e martelo, paradas militares na
Praça Vermelha |
|
Inimigos internos e externos |
Judeus, comunistas, “raças inferiores” |
“Inimigos do povo”, “sabotadores”, trotskistas,
capitalistas |
|
Educação doutrinária |
Juventude Hitlerista moldava crianças para o nazismo |
Pioneiros e Komsomol moldavam jovens para o comunismo |
|
Propaganda cultural |
Cinema, arte e música exaltando o Reich e a guerra |
Cinema, literatura e artes exaltando o socialismo e a
industrialização |
|
Reescrita da história |
Glorificação do passado germânico e da Primeira Guerra
como injustiça a ser vingada |
Glorificação da Revolução de 1917 e apagamento de rivais
como Trotsky das fotos e livros |
📌 Diferenças fundamentais
|
Aspecto |
Hitler |
Estaline |
|
Ideologia central |
Nacional-socialismo: racismo biológico, antissemitismo,
expansionismo (“Lebensraum”) |
Marxismo-leninismo reinterpretado: luta de classes,
industrialização forçada, coletivização |
|
Base da “pureza” |
Pureza racial ariana |
Pureza ideológica e lealdade ao Partido |
|
Biopolítica |
Eugenia oficial, esterilização forçada, extermínio de
grupos considerados “inferiores” |
Eugenia rejeitada oficialmente como “ciência fascista”,
embora houvesse práticas de engenharia social e perseguição política |
|
Foco da propaganda externa |
Mostrar força militar e superioridade racial para
intimidar e atrair aliados fascistas |
Mostrar progresso industrial e liderança do socialismo
mundial para atrair movimentos comunistas |
|
Narrativa de inimigo |
Conspiração judaico-bolchevique como ameaça existencial |
Capitalismo e “quinta-coluna” interna como ameaça à
revolução |
|
Estética |
Estilo visual limpo, simétrico, com ênfase na ordem e na
raça |
Estilo realista-socialista, exaltando trabalhadores,
camponeses e líderes |
🧠 Psicologia e função
social
- Ambos
usaram propaganda para criar uma realidade paralela, onde o líder era
infalível e a ideologia incontestável.
- Hitler
mobilizou emoções de orgulho racial e ressentimento pós-Versalhes.
- Estaline
mobilizou medo de sabotagem interna e esperança no “futuro socialista
inevitável”.
- Em
ambos, a propaganda não só informava — moldava identidades e
comportamentos, tornando-se inseparável do controle social.
📚 Nota historiográfica
Pesquisadores como Hannah Arendt e Carl J. Friedrich
enquadraram ambos no modelo de totalitarismo, destacando as semelhanças
estruturais. Outros, como historiadores funcionalistas, alertam para não apagar
as diferenças ideológicas e contextuais — o nazismo foi explicitamente genocida
e racial; o stalinismo, embora brutal e responsável por milhões de mortes,
baseava-se numa lógica de classe e poder político, não de raça.
Mais:
Carta aberta a Xi Jinping, povo chinês, mais civis e
maquiavélicos do mundo, https://pef1mm.blogspot.com/2025/09/carta-aberta-xi-jinping-povo-chines.html.
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