António Guterres, Xi Jimping, diplomacia ética, hipócrita e maquiavélica

Xi Jinping disse a António Guterres em Xangai que a China era um parceiro confiável da ONU.

Durante um encontro com António Guterres à margem da Cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, realizada na cidade portuária chinesa de Tianjin em 30 de agosto de 2025, Xi Jinping afirmou que a China “sempre será um parceiro confiável da ONU”.

Segundo a agência estatal chinesa Xinhua, Xi disse ainda que:

  • A China está disposta a aprofundar a cooperação com a ONU.
  • Apoia o papel central da ONU nos assuntos internacionais.
  • Quer trabalhar em conjunto para manter a paz mundial e promover o desenvolvimento e a prosperidade.

Por sua vez, António Guterres agradeceu o “apoio firme e constante” da China à ONU e destacou o papel do país como pilar fundamental do multilateralismo.

António Guterres agradeceu o “apoio firme e constante” da China à ONU e destacou o papel do país como pilar fundamental do multilateralismo. Porque não acusou Xi Jinping de ser o principal cúmplice do pior criminoso e dos piores crimes desde a Segunda Guerra Mundial na invasão da Ucrânia?

Mais com IA de Copilot:

A contradição que você aponta — entre a China apresentar-se como “parceiro confiável” da ONU e, ao mesmo tempo, manter ou ampliar relações comerciais com a Rússia após a invasão da Ucrânia — é um dos pontos mais debatidos na diplomacia internacional desde 2022.

Do ponto de vista factual:

  • A Assembleia Geral da ONU condenou a invasão russa como violação grave da Carta das Nações Unidas, exigindo a retirada imediata das tropas.
  • A China não aderiu às sanções ocidentais e tornou-se, nos anos seguintes, o principal parceiro comercial individual da Rússia, comprando grandes volumes de petróleo, gás e carvão e exportando bens industriais e de dupla utilização.
  • A posição oficial chinesa é que o comércio é “normal” e conforme ao direito internacional, e que Pequim defende “diálogo e negociação” para resolver o conflito.
  • UE e EUA argumentam que esse comércio — especialmente de bens com potencial uso militar — ajuda a sustentar a base industrial russa, enfraquecendo o efeito das sanções e prolongando a guerra.

Do ponto de vista jurídico e ético:

  • No direito internacional, a cumplicidade em crimes de guerra pode ser configurada quando há apoio material consciente e substancial a um agressor, mesmo que indireto.
  • A China rejeita essa acusação, dizendo que não fornece armamento letal e que controla exportações sensíveis.
  • Para críticos, o problema está no descompasso entre o discurso e a prática: apresentar-se como guardiã da paz e do multilateralismo, mas manter fluxos comerciais que beneficiam um país condenado pela ONU por agressão militar.

Em termos de “justificação”, Pequim recorre a três argumentos principais:

  1. Neutralidade declarada — não tomar partido formalmente no conflito.
  2. Soberania comercial — direito de manter relações econômicas bilaterais.
  3. Papel de mediador — alegar que manter laços com Moscou preserva canais de diálogo.

Para os críticos, esses argumentos não eliminam a contradição: um “parceiro confiável” da ONU, na lógica da Carta, deveria alinhar-se com as resoluções que condenam agressões e evitar ações que possam sustentá-las.

Se quiser, posso montar para você um quadro comparativo mostrando lado a lado o que a China declara oficialmente e o que os seus críticos apontam, para deixar essa tensão mais clara. Quer que eu prepare?

Sim. Em particular como justificar estas afirmações de Xi Jinping com a prática:

Xi Jinping afirmou que a China “sempre será um parceiro confiável da ONU”. Se fosse confiável financiava a invasão da Ucrânia?

Segundo a agência estatal chinesa Xinhua, Xi disse ainda que:

“A China está disposta a aprofundar a cooperação com a ONU.” Porque não começa pela cooperação contra a principal violação e é o principal financiador da invasão e dos crimes na Ucrânia?

“Apoia o papel central da ONU nos assuntos internacionais.” Porque não apoia a paz da ONU para a Ucrânia e faz precisamente o contrário?

“Quer trabalhar em conjunto para manter a paz mundial e promover o desenvolvimento e a prosperidade.” Mas o dragão chinês mostra as garras e dentes ao lado dos piores criminosos contra a humanidade e contra os objetivos da ONU: Putin e Kim Jong Un?

Podemos organizar a resposta em forma de quadro comparativo que coloca, de um lado, as declarações públicas de Xi Jinping sobre o papel da China na ONU, e, do outro, a prática observada desde a invasão da Ucrânia, com base em dados e análises documentadas.


📊 Declarações vs. Prática

Declaração de Xi Jinping

Contexto e sentido declarado

Prática observada desde 2022

Possíveis justificativas oficiais

Críticas e leituras externas

“A China sempre será um parceiro confiável da ONU.”

Reafirmação de compromisso com o multilateralismo e a Carta da ONU.

China tornou-se o principal parceiro comercial individual da Rússia após a invasão, comprando grandes volumes de petróleo e gás e exportando bens industriais, incluindo de dupla utilização.

Comércio é “normal” e conforme ao direito internacional; Pequim não fornece armas letais e mantém canais de diálogo.

UE e EUA afirmam que esse comércio sustenta a base industrial russa, contrariando resoluções da ONU que condenam a agressão.

“A China está disposta a aprofundar a cooperação com a ONU.”

Cooperação em paz, desenvolvimento e direitos humanos.

Pequim não aderiu às sanções contra Moscovo e bloqueou, no Conselho de Segurança, iniciativas mais duras contra a Rússia.

Defende que a ONU deve promover negociações e não “tomar partido”.

Críticos apontam que, ao não cooperar na aplicação de medidas contra a agressão, mina a eficácia da ONU na sua função central de manter a paz.

“Apoia o papel central da ONU nos assuntos internacionais.”

Reconhecimento da ONU como fórum legítimo para resolver conflitos.

Votações na Assembleia Geral: abstenção em resoluções que condenam a invasão; intensificação de laços bilaterais com Moscovo.

Argumenta que sanções unilaterais fora do Conselho de Segurança não têm legitimidade.

Observadores dizem que a prática favorece um membro permanente agressor, enfraquecendo o papel central da ONU.

“Quer trabalhar em conjunto para manter a paz mundial e promover o desenvolvimento e a prosperidade.”

Discurso de liderança responsável e promotora de estabilidade.

Participação em eventos com Putin e Kim Jong-un, incluindo a maior parada militar da história da China, com exibição de armamento estratégico.

Afirma que manter relações com todas as partes é necessário para mediar conflitos e garantir estabilidade energética e económica.

Analistas veem como sinal de alinhamento político e estratégico com regimes que desafiam a ordem internacional baseada em regras.


📌 Síntese

  • Contradição percebida: o discurso de “parceiro confiável” e “promotor da paz” contrasta com ações que, segundo críticos, beneficiam economicamente um Estado condenado pela ONU por agressão militar.
  • Justificativa oficial: neutralidade, soberania comercial e papel de mediador.
  • Leitura crítica: apoio indireto que enfraquece a aplicação prática da Carta da ONU e prolonga o conflito.

Se quiser, posso dar o próximo passo e quantificar economicamente quanto do comércio China–Rússia desde 2022 pode ser considerado “sensível” ou de “dupla utilização”, para medir de forma mais objetiva o peso desse apoio indireto. Quer que eu prepare essa análise?

Com base nos dados disponíveis, é possível quantificar de forma aproximada quanto do comércio China–Rússia desde 2022 envolve bens “sensíveis” ou de dupla utilização — ou seja, produtos civis que também podem ter aplicação militar.


📊 Comércio China–Rússia: valores e composição

  • Volume total:
    • 2023–2024: cerca de US$ 240–245 mil milhões em trocas bilaterais.
    • De janeiro a julho de 2025: queda de 8,1% face a 2024, mas ainda em patamares recorde.
  • Principais exportações da China para a Rússia:
    • Veículos, máquinas, eletrodomésticos.
    • Componentes industriais e eletrónicos, incluindo microchips e máquinas-ferramenta.
    • Parte destes itens é classificada pela UE/EUA como bens de dupla utilização.
  • Principais importações da China da Rússia:
    • Petróleo (Rússia tornou-se o maior fornecedor da China), gás e carvão.
    • Matérias-primas metálicas e agrícolas.

🎯 Estimativa de bens de dupla utilização

  • Fontes ocidentais (UE/EUA) afirmam que a China é hoje o maior fornecedor de bens sensíveis para a base industrial russa.
  • Categorias mais citadas:
    • Máquinas-ferramenta de alta precisão.
    • Microeletrónica avançada.
    • Equipamentos de navegação e comunicação.
  • Peso estimado:
    • Relatórios europeus e norte-americanos apontam que 5% a 10% das exportações chinesas para a Rússia podem enquadrar-se como bens de dupla utilização.
    • Aplicando essa faixa ao comércio de 2023 (~US$ 110–120 mil milhões de exportações chinesas para a Rússia), isso equivale a US$ 5,5–12 mil milhões/ano em bens potencialmente sensíveis.

📌 Como isso se relaciona com as declarações de Xi Jinping

Declaração

Prática observada

Contradição apontada por críticos

“Parceiro confiável da ONU”

Comércio recorde com a Rússia, incluindo bens sensíveis

Apoio indireto a um Estado condenado pela ONU por agressão militar

“Aprofundar cooperação com a ONU”

Não aderiu a sanções nem a medidas de restrição de exportação

Falta de alinhamento com resoluções da ONU sobre a Ucrânia

“Apoiar a paz mundial”

Presença em eventos militares com Putin e Kim Jong-un

Sinal político de alinhamento com regimes sob sanções


💡 Conclusão:
Mesmo que Pequim afirme neutralidade e legalidade no comércio, os números mostram que uma fração relevante das exportações chinesas para a Rússia é composta por bens que podem reforçar a capacidade militar russa. É essa realidade que alimenta a acusação de que há um descompasso entre o discurso de “parceiro confiável da ONU” e a prática comercial desde 2022.

Se quiser, posso agora criar um gráfico de barras mostrando a evolução anual do comércio China–Rússia e destacar a estimativa da fatia de bens de dupla utilização para visualizar melhor essa discrepância. Quer que eu faça?

Vamos então transformar aqueles números que discutimos — comércio total e estimativa de bens de dupla utilização — num gráfico de barras para visualizar a evolução e a discrepância entre discurso e prática.


📊 Evolução do comércio China–Rússia e estimativa de bens sensíveis (2021–2024)

Premissas para o gráfico:

  • Valores aproximados com base em estatísticas alfandegárias e estimativas de analistas ocidentais.
  • Exportações chinesas para a Rússia destacadas em azul.
  • Faixa estimada de bens de dupla utilização (5%–10% do total) destacada em vermelho dentro da barra.

Dados aproximados:

Ano

Exportações totais da China para a Rússia (US$ bi)

Faixa estimada de bens de dupla utilização (US$ bi)

2021

67

3,3 – 6,7

2022

76

3,8 – 7,6

2023

110

5,5 – 11,0

2024

118

5,9 – 11,8


📌 Leitura visual:

  • Antes da invasão (2021), o comércio era significativo, mas menor.
  • Após fevereiro de 2022, há um salto claro, com 2023 e 2024 marcando recordes.
  • A fatia vermelha (bens sensíveis) cresce em valor absoluto, mesmo mantendo a mesma proporção percentual, o que significa mais recursos potencialmente úteis à base militar russa.

Se quiser, posso agora produzir a versão visual estilizada desse gráfico, com cores e legendas, para que a diferença entre o discurso de “parceiro confiável da ONU” e a prática comercial fique evidente de imediato. Quer que eu gere essa imagem?

 

Mais:

China: o dragão mostra garras e dentes entre os 2 piores criminosos da atualidade com piores consequências futuras, Xi Jinping entre Putin e Kim Jong Un, https://pef1mm.blogspot.com/2025/09/china-o-dragao-mostra-garras-e-dentes.html.  

Putin, putinistas, putinismo, neonazismo, neoestalinismo, neofascismo, ladrões, bárbaros, imperialistas, militaristas, maquiavélicos contra os mais civis, https://pef1mm.blogspot.com/2025/09/putin-putinistas-putinismo-neonazismo.html.

António Guterres e Putin em Xangai, Tianjin: o melhor e pior da atualidade, https://pef1mm.blogspot.com/2025/09/antonio-guterres-e-putin-em-xangai.html.   

Xi Jinping, néo-chineses, néo-China, néo-futuro, https://pef1mm.blogspot.com/2025/09/xi-jinping-neo-chineses-neo-china-neo.html.

Maoistas, nazistas, estalinistas, Napoleão, Putin, putinistas, heróis e criminosos contra humanidade, https://pef1mm.blogspot.com/2025/08/maoistas-nazistas-estalinistas-napoleao.html.

Os chineses eram amados em quase todo o mundo por produzirem muitos dos melhores produtos aos melhores preços do mercado. Eu tinha grande simpatia pela China e pelos chineses. A simpatia tornou-se antipatia desde que se tornou o maior financiar do pior criminoso da atualidade e cúmplice dos seus crimes. Apelo a boicotarmos os produtos chineses por serem mais baratos à custa da maior poluição do globo e maior financiamento ao pior criminoso e piores crimes com piores consequências para o futuro da humanidade. Segundo o direito internacional a cumplicidade com o criminoso pode ser condenada a pagar as consequências dos seus crimes ... No direito internacional, a cumplicidade em crimes de guerra pode ser configurada quando há apoio material consciente e substancial a um agressor, ainda que indireto. https://pef1mm.blogspot.com/2025/09/xi-jinping-neo-chineses-neo-china-neo.html.

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