Fórum Futuro 2050: fim da “paz americana” e guerras de Putin e dos piores imperialistas, militaristas, maquiavélicos ladrões criminosos contra a humanidade?
Os americanos quase sempre fizeram guerras pelas melhores causas: contra ditaduras imperialistas estalinistas, maoistas e terroristas islâmicos. Os amigos de Putin convidaram os amigos de Trump para chegarem a uma paz com a vitória do maior criminoso contra a humanidade e seus cúmplices na invasão da Ucrânia? A intenção parece-me evidente: vamos roubar juntos a Ucrânia e dividir entre nós as suas riquezas: minerais preciosos, cereais, alimentos.
Imagino que não foi por acaso que convidaram o pai de Elon
Musk, o mais interessado nos minerais preciosos da Ucrânia e o que melhor pode
influenciar a “Paz de Putin e Trump”, como o acordo de paz entre Hitler e
Estaline que deram origem à Segunda Guerra Mundial. Imagino que Putin está a
usar Trump para pressionar Zelensky a um acordo de paz favorável e os minerais
dos territórios da Ucrânia ocupados podem ser uma moeda de troca. Corre online
que Putin já ofereceu a Trump 100% dos minerais dos territórios ocupados. Não
há confirmação oficial, mas foi falado um acordo de exploração dos americanos. Será
“um bom negócio para nós” como Trump prometeu fazer na Ucrânia, mas o pior
exemplo de imperialismo maquiavélico da história americana de meu conhecimento?
Hitler e Estaline, os piores ladrões imperialistas
maquiavélicos daquele tempo, fizeram um acordo secreto para dividirem entre si
a Polónia. No “Forum Futuro 2050”, tentam fazer publicamente, diplomaticamente
e com a influência da opinião pública, um acordo sobre a divisão da Ucrânia entre
Putin e Trump, como Hitler e Estaline dividiram a Polónia?
Isto cria um precedente com as piores consequências futuras:
os mais militaristas podem invadir e roubar os mais pacifistas, aumentam os
armamentos para se defenderem, fazem acordos dos mais fortes para roubar os
mais fracos?
Na invasão da Ucrânia os piores criminosos da atualidade,
estão a preparar os piores crimes do futuro, com a cumplicidade dos mais
maquiavélicos os amigos de Putin que sabem como é generoso com os amigos e
implacável com os inimigos?
As mentiras de Lavrov e amigos de Putin chegam a milhões de
russos, mesmo ocidentais online em muitas as línguas. A grande verdade e o
descaramento de dezenas de mentiras não entram na Rússia e mesmo no exterior
tem pouca divulgação. Ficarão para a história futura como meios de evitar estas
catástrofes do pior criminoso e piores cúmplices dos crimes atuais?
A informação é uma arma. Putin é o pior criminoso a usar
melhor essa arma: prisões que podem ir até 25 anos por “fake news”, mentiras e
antipatriotismo. Uma mentira condenada a 5 anos de prisão foi chamar “invasão
da Ucrânia” em vez de “operação especial” e dizer que morriam civis em Bucha. A
sua justiça, feita só de favoráveis à sua política, pode considerar crime e
mentira o que é verdade e vice-versa. O “Fórum Futuro 2050” foi uma arma dos
cúmplices do pior criminoso Putin para estimular um futuro com os piores crimes
da atualidade, com piores consequências para um futuro pior. As mentiras de
Lavrov e amigos para apoiar os crimes na Ucrânia, formaram o objetivo principal
deste “Fórum Futuro 2050”. A ideologia imperialista militarista maquiavélica da
tradição russa encontro neste fórum a defesa de que são os bons contra os maus.
Esta mensagem foi particularmente defendida por Lavrov espalhou-se na Rússia e
no estrangeiro.
Como na pior filosofia maquiavélica aplicada à política,
tudo é bom se serve o tradicional imperialismo russo, acusa o Ocidente de impor
“uma única verdade”, apesar de ser a impor pelas armas os seus interesses e dos
ladrões russos. Afirmou que a construção do futuro não pode se dar por exclusão
de visões e civilizações, mas quer impor com a guerra a sua civilização na
Ucrânia. Reafirmou o compromisso de Moscou com a soberania estatal e o respeito
mútuo, negando qualquer culpa pelos ataques na Ucrânia e tratando-os como
defesa contra um neocolonialismo ocidental. A conferência reuniu pensadores,
políticos e líderes de opinião de várias regiões do mundo, mas todos a apoiar o
prior criminoso da atualidade, Putin, todos cúmplices dos piores crimes da
história recente na Ucrânia. Um futuro global com a justificação dos piores criminosos
atuais a promoverem os piores crimes futuros, sem reconhecer as evidências de
crimes de guerra documentados por organizações internacionais. Os valores
democráticos ocidentais são degenerados e o expansionismo imperialista
militarista maquiavélico é luta do bem contra o mal, “luta por valores” do
criminoso e seus cúmplices, contra os princípios de direito internacional, sem
respeito pela ONU e principal objetivo da sua criação. O Fórum Futuro 2050 foi propaganda
do pior criminoso da atualidade, talvez do século, talvez da história futura. regime
de Putin. O pior cúmplice criminoso, Lavrov e alguns cúmplices ocidentais,
imbecis, ignorantes dos crimes de que são cúmplices, ou maquiavélicos. Promoveu
uma narrativa que reverte o bem e o mal, defendendo a política do criminoso,
dos seus cúmplices nos mais graves crimes contra a humanidade na Ucrânia.
Para um futuro melhor de 2025 a 2050 sugiro:
Mais poder à ONU, (https://pef1mm.blogspot.com/search/label/ONU
),
Néo-Trinunais, (https://pef1mm.blogspot.com/search/label/Néo-Trinunais
). Milhares de tribunais mais poderosos do TPI.
Néo-Unesco, (https://pef1mm.blogspot.com/search/label/Néo-Unesco):
educação para a paz, ética e bom senso de justiça.
Néo-russos, (https://pef1mm.blogspot.com/search/label/Néo-russos):
novos, éticos, online, civis, pacíficos, com ética de convivência global,
educados na informação online e não nas mentiras de propaganda e lavagem ao
cérebro do imperialismo, militarismo maquiavélico do criminoso Putin e seus
cúmplices.
Informação da ONU, Vaticano, EU, organizações internacionais
a divulgar verdades como Putin e putinistas divulgam assuas mentiras. Uma
verdade e centenas de mentiras de Putin e putinistas para justificar o grande
criminoso e cúmplices nos piores crimes da atualidade, do século ou história da
humanidade futura https://pef1mm.blogspot.com/2025/07/uma-verdade-e-centenas-de-mentiras-de.html.
Putin e cúmplices da invasão da Ucrânia são os piores criminosos da atualidade
contra e humanidade, talvez os piores deste século e da história futura: https://pef1mm.blogspot.com/2025/07/putin-e-cumplices-da-invasao-da-ucrania.html.
Ofereço os direitos de autor a quem selecionar o que
considera melhor dos meus 3 eBooks: https://cutt.ly/twdeEiQB
. Podem criar um ou mais eBooks e vender com 100% dos direitos de autor. Podem
traduzir para outras línguas. Pode ser uma forma de ganharem dinheiro a
aplicarem o mais elementar da psicologia ao serviço de um mundo melhor: educar
ao pacifismo, humanismo, valores de ética global e bom senso de justiça contra
os piores criminosos contra a humanidade. Podem também traduzir e reproduzir o
melhor do meu blog:
Carta
Aberta a António Guterres: a velha ridícula ONU e ideias para uma “Néo-ONU”,
https://pef1mm.blogspot.com/2025/04/carta-aberta-antonio-guterres-velha.html
.
António
Guterres, ONU, Néo-ONU, na minha fantasia e na prática dos mais
inteligentes, eficientes, pragmáticos, éticos e justos, https://pef1mm.blogspot.com/2025/03/antonio-guterres-onu-neo-onu-na-minha.html
.
António
Guterres, Zelensky, Néo-ONU e fim de Todas as Guerras, https://pef1mm.blogspot.com/2025/04/antonio-guterres-zelensky-neo-onu-e-fim.html.
Mais com a Inteligência Artificial, (IA), de Copilot:
Factos indiscutíveis, opiniões respeitadas e informações de
Copilot que confirmam ou contrariam esta minha opinião:
O Fórum Futuro 2050 foi a maior promoção do pior, não só para
2050, mas para o presente e futuro: apoio ao pior criminoso da atualidade,
Putin, com o pior cúmplice, Lavrov, a defender a “justiça”, bem contra o mal,
chamando bem e civilização aos piores crimes contra humanidade que estão a ser
praticados na Ucrânia?
Análise crítica do Fórum Futuro 2050
Contexto e organização
O Fórum Futuro 2050 foi idealizado pelo Instituto Tsargrad,
fundado pelo oligarca Konstantin Malofeev, próximo ao Kremlin e alvo de sanções
ocidentais. A conferência reuniu pensadores, políticos e líderes de opinião de
várias regiões do mundo para projetar um “novo ordem multipolar” até 2050, mas
acabou funcionando sobretudo como palco de propaganda pró-Putin.
Convite a vozes controversas
- Errol
Musk, pai de Elon Musk, participou presencialmente e elogiou Vladimir
Putin, classificando-o como “um homem muito estável e agradável” e
atacando a suposta manipulação midiática ocidental.
- Figuras
como o conspiracionista Alex Jones e o político britânico George Galloway
também compuseram o elenco ocidental, reforçando a impressão de validação
externa ao regime russo.
Discurso de Sergey Lavrov
O chanceler russo, Sergei Lavrov, proferiu um discurso
central no evento, defendendo a ideia de “justiça” russa e acusando o Ocidente
de impor “uma única verdade”. Entre os principais pontos:
- Afirmou
que a construção do futuro não pode se dar por exclusão de visões e
civilizações.
- Reafirmou
o compromisso de Moscou com a soberania estatal e o respeito mútuo,
negando qualquer culpa pelos ataques na Ucrânia e tratando-os como defesa
contra um neocolonialismo ocidental.
Implicações e críticas
- Apoio
a um regime acusado de crimes contra a humanidade
A guerra na Ucrânia resultou em múltiplas denúncias de violação de direitos humanos, bombardeios a civis e deslocamentos forçados. Ao legitimar publicamente Putin e Lavrov, o Fórum Futuro 2050 reforçou narrativas que negam essas atrocidades. - Propaganda
multipolar como fachada
Embora o evento se apresente como um debate sobre o futuro global, grande parte das discussões girou em torno da autojustificação de ações russas, sem reconhecer as evidências de crimes de guerra documentados por organizações internacionais. - Deslegitimação
dos valores democráticos
Ao tratar o expansionismo e as intervenções militares russas como “luta por valores”, o fórum mina os princípios de direito internacional e abre espaço para a normalização de agressões estatais.
Conclusão
Mais que um encontro para discutir cenários até 2050, o
Fórum Futuro 2050 serviu de vitrine para a propaganda do regime de Putin. Com a
participação ativa de Lavrov e aliados ocidentais, o evento promoveu uma
narrativa que reverte o bem e o mal, endossando políticas acusadas de graves
crimes contra a humanidade na Ucrânia.
As declarações de Lavrov no Fórum do Futuro 2050 09:26
09.06.2025, (https://noticiabrasil.net.br/20250711/existem-2-opcoes-para-evitar-a-derrota-completa-da-ucrania-no-conflito-com-a-russia-diz-jornal-41270808.html),
parecem-me promover e apoiar um futuro catastrófico ainda antes de 2050, desde
agora, com danos globais a aumentarem a cada minuto: “A operação militar
especial na Ucrânia vai prosseguir, mas, em paralelo, a Rússia continua pronta
para medidas diplomáticas”. A pior catástrofe global de destruição do ambiente,
alterações climáticas e poluição da atualidade no mundo prossegue com a promoção
de guerras futuras com piores consequências. A pior catástrofe humanitária da
atualidade prossegue a cada minuto para milhões de pessoas. As medidas
diplomáticas propostas por Putin são uma vitória total sobre a Ucrânia
deixando-a sob o seu poder militar, político e diplomático.
Análise das suas opiniões à luz dos factos
operação militar
especial prossegue, mas a Rússia continua pronta para medidas diplomáticas”
- Em
09 de junho de 2025 (Forum do Futuro 2050, 09:26), Serguei Lavrov afirmou
exatamente isso: a violência seguirá até que a Rússia obtenha os seus
objetivos, mas sem recusar negociações que capitulem a Ucrânia aos termos
de Moscovo.
- Essa
frase não é contradição isolada, mas a forma russa de combinar
“continuação da guerra” com oferta de “diplomacia” condicionada à rendição
ucraniana. É coerente com todas as declarações de Putin e Lavrov desde
2022: recusa de qualquer negociação que não inclua reconhecimento da
anexação de territórios e neutralidade de Kiev.
→ Conclusão: não se trata de discurso contraditório, mas de
uma estratégia dualista: manter a pressão militar enquanto se abre
“conversação” apenas em termos estritamente favoráveis à Rússia.
2. Catástrofe ambiental global continua e é agravada pela
guerra?
- A
maior ameaça ambiental contemporânea é a mudança climática, cujas emissões
de CO₂ bateram recordes em 2023 e cujos efeitos (seca extrema, ondas de
calor, colapso de ecossistemas) são globais e crescentes【IPCC
AR6, 2023 (não citado nos resultados de busca)】.
- A
guerra na Ucrânia agrava a poluição local: bombardeios de instalações
industriais, destruição de barragens, risco nuclear (planta de
Zaporizhzhia). Esses impactos, porém, têm escopo regional, não
equiparáveis ao desafio climático planetário.
- Não
há, nas declarações oficiais russas, previsão de “futuras guerras” como
causa direta de “catastrófe ambiental global”. Essa é uma leitura
extrapolada do seu real conteúdo geopolítico.
→ Conclusão: a retórica russa não anuncia “um Armagedom
ambiental” iminente além dos já bem documentados efeitos da guerra (poluição
local) e da crise climática (fenômenos extremos).
3. Catástrofe humanitária em curso
- Desde
fevereiro de 2022, a guerra gerou a maior crise de deslocados na Europa
desde 1945:
- ~6,7
milhões de refugiados ucranianos registados pela ONU.
- Entre
16 500 e 42 000 civis ucranianos mortos (estimativas divergentes) e
dezenas de milhares de militares de ambos os lados.
- A
cada minuto chegam notícias de vítimas, bombardeios e destruição de
infraestruturas críticas (hospitais, escolas, centrais elétricas).
→ Conclusão: a caracterização de “pior catástrofe
humanitária da atualidade” para milhões de pessoas está confirmada pelos
números da ONU e organismos internacionais.
4. As “medidas diplomáticas” de Putin equivalem a
“vitória total” e domínio completo da Ucrânia?
- As
propostas oficiais russas giram em torno de:
- Reconhecimento
da anexação parcial de Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson.
- Neutralidade
militar absoluta da Ucrânia (sem OTAN nem bases estrangeiras).
- “Desmilitarização”
e “desnazificação” como termo-política para depor o governo de Kiev.
- Esses
pontos visam exatamente reduzir a Ucrânia a uma esfera de influência
russa, mas não incluem a incorporação de todo o território ucraniano nem o
controle direto por Moscovo além desses pontos.
- Kiev
e os seus parceiros ocidentais rejeitam categoricamente esses termos,
tornando impossível um “acordo” que represente vitória incontestada de
Putin sobre toda a Ucrânia.
→ Conclusão: as tais “medidas diplomáticas” não visam uma
simples trégua, mas a imposição dos objetivos de guerra da Rússia. Não se
traduzem numa “vitória total” sobre toda a Ucrânia, mas num acordo de rendição
parcial que Kiev jamais aceitou.
Resumo
- A
frase de Lavrov é coerente com a estratégia russa de “guerra + diplomacia
negociada em termos de rendição”, não uma auto-contradição.
- A
catástrofe ambiental global decorre sobretudo das alterações climáticas; a
guerra agrava poluição local, mas não é anunciada como causa de “futuras
calamidades planetárias”.
- A
crise humanitária na Ucrânia é real e sem paralelo na Europa pós-Segunda
Guerra (mais de 6,7 M refugiados, 8 M deslocados, dezenas de milhares de
mortos).
- As
“medidas diplomáticas” de Putin pretendem forçar a Ucrânia a aceitar a
perda de parte do seu território e a neutralidade, mas não implicam
domínio total do Estado ucraniano como um todo.
“Um dia, os resultados reais alcançados no front serão
oficializados sob a forma de documentos jurídicos”. Se os territórios ocupados
se tornarem russos, será um estímulo aos mais militaristas, imperialistas
maquiavélicos invadirem os menos poderosos e mais ricos para os roubarem como
sempre fez a Rússia na Ucrânia desde Estaline a Gorbachev. Recordemos 3,3 a 12
milhões de mortos de fome na Ucrânia quando Estaline mandou roubar todos os
alimentos, não deixando cereais para as sementeiras. O pior criminoso da
atualidade e os piores criminosos cúmplices, em primeiro lugar Lavrov, são os
piores maquiavélicos da atualidade indiferentes às piores tragédias
humanitárias da atualidade que provocam para roubarem um dos países mais ricos
em minerais preciosos e cereais. A filosofia de Maquiavel, tudo é bom se for
para bem dos russos, está muito arraigada na sua tradição imperialista, mas
nunca atingiu tão elevado nível. Nunca produziu mais catástrofes humanitárias
para salvar a miséria russa sem o roubo dos mais fracos.
“Os melhores diplomatas do conflito ucraniano são os
militares russos na linha de frente que defendem a justiça e a honra das
pessoas”. Que justiça e honra dos mais fortes a roubarem os mais fracos?
“A ausência de uma investigação do massacre na Casa dos
Sindicatos em Odessa em 2 de maio de 2015 é uma vergonha para o Conselho
Europeu;” Quantos massacres piores cometeu Putin não só na Ucrânia, mas em
todas as suas guerras?
Quantidade e exemplos de massacres sob o comando de Putin
Desde que Vladimir Putin assumiu o poder (2000), as forças
russas estiveram envolvidas em múltiplos conflitos internacionais nos quais
ocorreram ataques deliberados contra civis ou áreas densamente povoadas. Se
considerarmos cada episódio de violência premeditada que resultou em dezenas ou
centenas de mortes como “massacre”, chegamos a pelo menos 25 grandes casos
distribuídos por quatro principais teatros de guerra:
1. Chechênia (1999–2009)
- Cerco
de Grozny (dez/1999–fev/2000): bombardeios massivos em áreas civis,
estimativas de 5 000–8 000 mortos.
- Samashki
(abril/1995): tropas federais massacraram e torturaram civis; cerca de 100–400
mortos.
- Novye
Aldi (fev/2000): execução sumária de moradores; cerca de 60–70
vítimas.
- Outras
aldeias (Alkhan-Yurt, Chernokozovo, etc.): dezenas a centenas de civis
torturados ou mortos.
2. Geórgia (ago/2008)
- Tskhinvali
(agosto de 2008): ataques aéreos e artilharia contra zona urbana, pelo
menos 20–30 civis mortos.
- Bombardeio
de Gori e outras cidades: destruição de civis e infraestrutura, dezenas de
vítimas.
3. Síria (set/2015–presente)
- Bombardeio
de Ghouta Oriental (fev/2018): ataque químico que matou cerca de 1 500
civis em poucas horas.
- Cerco
e ofensiva final em Aleppo (dez/2016): milhares de mortos, grande parte
civis.
- Ataques
a Idlib e Hama (2015–2017): uso repetido de barris-bomba em áreas civis,
centenas de mortos.
- Derrubada
de ambulâncias e bombardeio de hospitais: configura ações sistemáticas
contra não combatentes.
4. Ucrânia (2014–presente)
- Odessa
(2 maio 2014)*: incêndio na Casa dos Sindicatos – ao menos 42
mortos.
- Bucha,
Irpin, Hostomel (mar–abr/2022): execuções sumárias, valas comuns – 300+
civis mortos só em Bucha.
- Cerco
e bombardeio de Mariupol (fev–mai/2022): dezenas de milhares de vítimas,
centenas de civis ao destruir o teatro e hospitais.
- Exumações
em Izium (set/2022): mais de 440 corpos encontrados em valas
coletivas.
- Kramatorsk
(abr/2022): ataque a estação ferroviária – 50+ civis mortos.
Total aproximado
Somando apenas estes episódios de grande escala, chegamos
a pelo menos 25 massacres – e são conservadores os números das vítimas,
pois muitos incidentes menores ou não totalmente documentados ficam de fora. Em
cada território ocupado, as motivações variam de intimidação em massa a limpeza
étnica e sinalizam um padrão sistemático de uso da força contra civis.
Se formos incluir cada aldeia chechena “limpa” por tropas
federais, cada hospital sírio bombardeado deliberadamente e cada cidade
ucraniana sitiada, o total ultrapassa as três dezenas de massacres, com
dezenas a milhares de mortes em cada um.
Além dos números
Cada massacre é um retrato de violações graves de direitos
humanos e de direito internacional humanitário. A ausência de investigação e
responsabilização – como no caso de Odessa – reforça o ciclo de impunidade.
“A Rússia estará pronta para retomar as negociações com os
EUA sobre a estabilidade estratégica quando o diálogo for em pé de igualdade”.
As negociações com os EUA consistirão na colonização e roubo da Ucrânia futura
dividindo o troféu entre ambos? Os mais ricos imperialistas militaristas
maquiavélicos podem roubar os mais fracos e dividirem o saque entre ambos?
Resposta da comunidade internacional à invasão russa
A reação global à agressão de Moscou contra a Ucrânia
envolve um conjunto amplo de medidas políticas, econômicas, militares e
humanitárias, articuladas por países, blocos regionais e organizações
multilaterais.
Sanções econômicas e financeiras
- A
União Europeia já aprovou 17 pacotes de sanções que:
- Visam
setores estratégicos (energia, tecnologia, finanças e transporte naval)
- Incluem
proibição de importação/exportação de bens de dupla aplicação e novos
direitos aduaneiros sobre produtos agrícolas russos e bielorrussos
- O
G7 comprometeu-se a responder com “pacotes de sanções devastadores” e
coordena medidas adicionais para isolar a Rússia do sistema financeiro
internacional
- Vários
países aplicaram restrições unilaterais:
- Estados
Unidos: congelamento de ativos e exclusão de bancos russos do SWIFT
- Reino
Unido e Canadá: proibições de importação de petróleo e gás e restrições a
investimentos
Apoio militar e de defesa
- A
UE investiu quase 50 milhões de euros em ajuda militar direta à Ucrânia e
treinou cerca de 75 mil soldados ucranianos em solo europeu até fevereiro
de 2025
- Estados-Unidos,
Reino Unido, Polônia e países bálticos fornecem sistemas antiaéreos,
tanques e munições de longo alcance
- A
OTAN reforçou sua presença defensiva nos países do flanco leste para
dissuadir qualquer escalada rumo aos seus territórios
- Vários
governos também estabeleceram mecanismos de partilha de inteligência para
melhorar a defesa aérea e cibernética da Ucrânia
Diplomacia e isolamento político
- Na
Assembleia Geral da ONU, mais de 140 países condenaram a invasão russa e
exigiram retirada imediata das tropas
- A
Rússia foi suspensa do Conselho de Direitos Humanos da ONU e de outras
plataformas multilaterais
- Líderes
do G7 e do Conselho Europeu pedem “sinal claro” de Moscou para um
cessar-fogo e negociação de paz, mas reforçam que não haverá
reconhecimento de “zonas de influência” nem partilha territorial sem Kiev
- Em
fóruns como o G20, a Rússia tem sido isolada: vários países se recusam a
participar de reuniões que incluam altos representantes de Moscou
Assistência humanitária e crise de refugiados
- A
UE ativou a Proteção Temporária para mais de 4,2 milhões de refugiados
ucranianos, garantindo direitos de residência, trabalho e acesso à saúde
até 2027
- O
Alto Comissariado da ONU para Refugiados estima mais de 6 milhões de
ucranianos refugiados e 8 milhões de deslocados internos
- Organizações
internacionais e ONG’s mobilizam fundos para abrigos, cuidados médicos e
alimentação na Polônia, Romênia, Moldávia e outros países vizinhos
- Vários
países abriram corredores humanitários e financiaram convênios com a Cruz
Vermelha e o Programa Mundial de Alimentos
Conclusão
A comunidade internacional combina sanções econômicas
intensivas, reforço militar de defesa, pressão diplomática e ampla ajuda
humanitária. Mesmo diante de apelos russos por diálogo “em pé de igualdade”,
qualquer negociação de paz deverá respeitar a soberania ucraniana, contar com a
participação de Kiev e se basear nos princípios do Direito Internacional.
o “Fórum Futuro 2050” promoveu o fim da tradicional “paz
americana” para a substituir por negociações entre ambos, Trump a negociar e
beneficiar com a guerra de Putin na Ucrânia com a divisão entre ambos dos
minerais preciosos? Isto pode ser um precedente para pior da guerra fria: os dois
piores imperialistas, militaristas, maquiavélicos ladrões colaboram para roubar
os mais fracos?
O que foi o “Fórum Futuro 2050”?
O “Fórum Futuro 2050” não é uma mesa oficial de negociações
entre Washington e Moscou, mas uma conferência organizada por
ultranacionalistas russos para promover ideias pró-Kremlin. Foi idealizado pelo
magnata Konstantin Malofeev e coorganizado pelo ideólogo Alexander Dugin,
reunindo figuras ocidentais controversas (Errol Musk, Alex Jones, George
Galloway) com o objetivo de moldar a opinião pública em favor de Moscou.
Trump e os “minerais preciosos” na proposta de paz
Donald Trump, já fora desse fórum, ventilou um plano de
cessar-fogo que inclui:
- Reconhecimento
russo da Crimeia e das zonas ocupadas na Ucrânia
- Garantia
de que a Ucrânia não ingressaria na OTAN
- Controle
norte-americano da usina nuclear de Zaporíjia
- Acesso
de empresas dos EUA aos depósitos de minerais estratégicos da Ucrânia
Essas ideias foram reveladas em declarações do
vice-presidente JD Vance e reportadas pela RFI, mas encontram forte rejeição de
Kiev e de seus aliados, que consideram inaceitável qualquer divisão territorial
sem o consentimento ucraniano.
Precedente de uma “Guerra Fria Pior”?
Apesar do alarmismo, ainda não há base real para afirmar que
EUA e Rússia estejam conspirando para repartir a Ucrânia e seus recursos:
- Trata-se
de propostas unilaterais de um governo americano (Trump), não de acordos
bilaterais formalizados.
- A
Ucrânia recusa veementemente qualquer troca de território ou entrega de
ativos estratégicos.
- A
comunidade internacional, especialmente a União Europeia e a OTAN, rejeita
divisões de esfera de influência que violem o Direito Internacional.
Portanto, embora existam vozes propondo tal conluio, não há
evidência de negociação oficial nem de conluio imperialista estruturado entre
os dois países.
Riscos e cenários futuros
- Se
essas propostas ganhassem tração, gerariam grave crise de legitimidade
para os EUA junto aos aliados e para a Rússia junto a seus adversários.
- Um
acordo dividido enfraqueceria o princípio de soberania nacional, alimentandas
rivalidades geopolíticas de largo espectro.
- A
resistência ucraniana e o respaldo ocidental indicam, porém, que qualquer
tentativa de “saque” ficaria estancada por sanções adicionais e isolamento
político.
Em suma, o Fórum não encerrou a “paz americana”, e as
propostas de Trump sobre minerais permanecem no campo da conjectura política e
enfrentam ampla oposição, o que dificulta um retorno a um clima de Guerra Fria
supostamente “pior” do anterior.
As forças armadas americanas intervieram em países mais
vulneráveis, muitas vezes com desdobramentos políticos e humanitários
duradouros. As mais famosas foram éticas, justas, para o meu bom senso de
justiça: no Koweit, Vietname e Coreia defenderam os mais fracos invadidos contra
os invasores, ditadores, imperialistas, terroristas, ladrões maquiavélicos. Joe
Bidem seguiu essa tradição. Trump parece aliar-se com Putin para dividirem o
roubo da Ucrânia. Trump está a trair a melhor tradição americana parecendo mais
amigo de Zelensky do que de Trump? Alguma guerra americana foi pior da invasão da
Ucrânia, mais maquiavélica, com pior em destruição do ambiente, poluição, desastre
humanitário, piores consequências futuras, pior violação da Carta das Nações
Unidas, redução do poder pacificador da ONU? Alguma guerra foi tão evidente
imperialista, militarista, maquiavélica, originando mais corrida aos armamentos
do que está a fazer Putin com a invasão da Ucrânia? O objetivo do “Forum Futuro
2050” foi o de moldar a opinião pública em favor do pior criminoso e seus
cúmplices?
Trump e a tradição americana de apoio a aliados
vulneráveis
Antes da invasão da Ucrânia, a política externa dos EUA
seguia uma tradição republicana e democrata de apoiar países que sofriam
ameaças externas ou violência interna. Nas guerras da Coreia, Vietname e no
Golfo de 1991 (Kuwait), o discurso oficial defendia “proteger os mais fracos” invadidos
pelo imperialismo comunista estalinista, maoista, ou peio ditador terrorista
Sadam Hussein. Donald Trump rompeu com essa linha bipartidária de “liderança
moral”, tratando a ajuda à Ucrânia como moeda de troca política.
- Em
2019, ele retém temporariamente ajuda militar a Kyiv para pressionar
investigações sobre seus rivais domésticos;
- Passou
a questionar publicamente a importância estratégica do país para a
segurança dos EUA;
- E
em entrevistas se mostrou reticente a compromissos firmes de longo prazo
com o governo Zelensky.
Isso contrasta com o entendimento de que as alianças americanas servem a interesses estáveis e a valores compartilhados, não a “negociações de gabinete”.
Guerras americanas “piores” do que a invasão da Ucrânia
Vários critérios podem ser usados para comparar: violação do
direito internacional; destruição ambiental; desastre humanitário; repercussões
de longo prazo; fomento de corridas armamentistas; e carácter imperialista
explícito.
1. Violação flagrante da Carta da ONU
- Invasão
do Iraque (2003): entrou sem autorização do Conselho de Segurança,
baseou-se em pretextos de WMD que não foram encontradas, seria como
“encontrar uma agulha num palheiro”. Não há dúvidas de que foi um ditador,
usou armas químicas para genocídio de etnias opostas e a verdadeira razão
da invasão foi o apoiou que dava ao terrorismo islâmico, do qual a opinião
pública americana estava fortemente chocada depois do ataque terrorista de
11/9 2001?
Invasão do Iraque em 2003:
pretextos e motivações
- 1.
Armas de Destruição em Massa (ADM) não encontradas
- Antes
da invasão, o governo dos EUA alegou que o regime de Saddam Hussein
mantinha estoques ativos de ADM—químicas, biológicas e até nucleares—e que
representavam ameaça iminente.
Inspeções da ONU (UNMOVIC) e da Força-Tarefa de Pesquisa do Iraque (ISG) concluíram em 2004 que não havia stockpiles de ADM datados após 1991 e que nenhum programa de produção havia sido reiniciado nesse período. -
- 2.
Histórico de uso de armas químicas
- Saddam
utilizou gás mostarda e agente nervoso contra populações curdas (como em
Halabja, 1988) e tropas iranianas na guerra Irã-Iraque (1980–1988).
Esses crimes de guerra e atos de genocídio contra etnias curdas e xiitas fundamentam sua classificação como ditador violento, mas ocorreram anos antes de 2003 e não justificaram, por si só, uma invasão imediata pela coalizão liderada pelos EUA. -
- 3.
Alegações de apoio ao terrorismo islâmico
- O
governo Bush ampliou a retórica de “Guerra ao Terror” após 11/9/2001,
associando Sadam a redes como a al-Qaeda.
Em discursos presidenciais, foram repetidas insinuações de que o Iraque compartilhava ideais e oferecia abrigo a terroristas, ainda que ligações operacionais diretas nunca tenham sido comprovadas por evidências públicas confiáveis. -
- 4.
Reação da opinião pública americana
- Pós-11/9:
clima de medo e desejo de ação levou 65% a 73% dos americanos a
favorecerem intervenção em países suspeitos de abrigar terroristas ou ADM.
- Na
véspera da guerra (março/2003): 64% apoiavam o uso de força; quase 60%
acreditavam que Sadam ajudara o 11/9, apesar de não haver provas nessa
direção.
- Após
o início das operações: apoio atingiu até 72% (março/2003), com 83%
dos republicanos e 50% dos democratas a favor.
- Revisão
crítica (2007): 58% consideravam a invasão um erro, refletindo deceção
pela não localização de ADM e pelos custos humanos e financeiros
escalados.
-
- 5.
Conclusão
- A
invasão de 2003 partiu oficialmente do temor de ADM, mas esses nunca foram
confirmados. O legado de Sadam como usuário de armas químicas e as
suspeitas (não comprovadas) de apoio a grupos terroristas alimentaram o
consenso interno e internacional que permitiu a intervenção. Contudo, o
vazio de provas pós-invasão e o desgaste no Iraque realçaram que motivações
políticas e estratégicas (reconfiguração do Oriente Médio, projeção de
poder) também estiveram no cerne da decisão de guerra.
Encontrei online que Sadam Hussein pagava US$ 25.000 às famílias
dos terroristas. Verdade? Sim, há registros confiáveis de que Saddam Hussein
oferecia pagamentos às famílias de palestinos mortos em confrontos com Israel,
especialmente durante a Segunda Intifada. Segundo o Monitor do Oriente,
os valores variavam conforme a situação:
- US$
25.000 para famílias de palestinos mortos em ataques contra Israel
(frequentemente chamados de “mártires” pela narrativa local)
- US$
10.000 para famílias de civis mortos por operações militares
israelenses
- US$
5.000 para pessoas que tiveram suas casas demolidas
- US$
1.000 para feridos em combate
- Esses
pagamentos eram feitos publicamente, inclusive em cerimônias na Faixa de
Gaza, e faziam parte da estratégia de Sadam para se posicionar como
defensor da causa palestina. No total, estima-se que ele tenha
desembolsado cerca de US$ 35 milhões durante esse período.
- Vale
lembrar que, embora esses pagamentos tenham sido vistos por alguns como
apoio político, outros os interpretaram como incentivo a atos violentos. A
questão é complexa e envolve diferentes visões sobre o conflito
israelo-palestino e o papel de líderes regionais como Sadam.
- Referências
- WMD
conjecture after the 2003 invasion of Iraq - Wikipedia
A Look Back at How Fear and False Beliefs Bolstered U.S. Public Support for War in Iraq – Pew Research Center
Rally 'Round the Flag: US Opinion Pre and Post 9/11 – Brookings
Public opinion in the United States on the invasion of Iraq – Wikipedia
Shaping Public Opinion: The 9/11-Iraq Connection in the Bush Administration's Rhetoric – Political Science Quarterly
Guerra do Vietnã (1965-75): escalou sem mandato da
ONU; debates posteriores apontam abuso de resoluções regionais como “carta
branca” para bombardeios massivos.
2. Destruição ambiental e poluição
- Guerra
do Vietnã: uso de napalm e Agente Laranja provocou deflorestação em
milhões de hectares, erosão de solos e contaminação persistente de
aquíferos, com consequências ainda visíveis em saúde pública e meio
ambiente.
- Guerra
do Golfo (1991): tropas iraquianas incendiaram mais de 600 poços de
petróleo no Kuwait, liberando até 500 000 toneladas de poluentes por dia e
provocando nuvens negras que afetaram a qualidade do ar em toda a região e
além.
3. Desastre humanitário e consequências futuras
- Iraque
(2003-2011): destruição de infraestrutura, colapso de serviços
públicos, até hoje milhões de deslocados internos e refugiados, erupção de
facções sectárias e ascensão do Estado Islâmico.
- Afeganistão
(2001-2021): guerra de duas décadas, dezenas de milhares de civis
mortos, destruição de vilarejos, poluição por explosivos não detonados e
retorno ao poder dos Talibã, frustrando progressos sociais.
4. Fomento de corrida armamentista
- Guerra
Fria (1947-1991): disputa Estados Unidos × União Soviética impulsionou
o maior estoque nuclear da história (pico de 60 000 ogivas), precedendo
crises como a de Cuba.
- Cada
grande intervenção – da Coreia ao Oriente Médio – serviu de pretexto para
novos investimentos em sistemas de armas convencionais e estratégicos.
5. Imperialismo mais explícito
- Guerra
Filipino-Americana (1899-1902): anexação colonial após a Guerra
Hispano-Americana, táticas de “terra arrasada”, campos de concentração
para civis e estimativa de 200 000–600 000 mortos civis; modelo clássico
de expansão imperialista norte-americana.
Conclusão
A invasão russa da Ucrânia é gravíssima, mas não inaugura
práticas inéditas no palco internacional.
Enquanto Putin desafia o direito internacional, os EUA já lideraram campanhas
militares mais longas, sujas e impopulares, violando sistematicamente a Carta
da ONU, devastando ecossistemas e produzindo turbilhões humanitários e
geopolíticos de magnitude comparável (ou até superior) aos atuais eventos na
Europa.
Essa perspetiva não diminui o horror na Ucrânia, mas ressalta que a história
das grandes potências é recorrente em ambição imperialista, fomento de
armamentismo e desprezo por normas multilaterais.
Invasões Americanas:
1. Guerras de Anexação e Ocupação (Século XIX)
- Guerra
Mexicano-Americana (1846–1848): conflito para anexar territórios mexicanos
(Texas, Califórnia, Novo México).
- Guerra
Hispano-Americana (1898): invasão da Espanha, ocupação de Cuba, Porto
Rico, Filipinas e Guam como império ultramarino.
- Guerra
Filipino-Americana (1899–1902): prolongada repressão a insurgentes após a
anexação das Filipinas, instalação de governo colonial americano.
2. Intervenções no Caribe e América Central (início do
séc. XX)
- Haiti
(1915–1934): ocupação militar e controle governamental e financeiro
norte-americano.
- República
Dominicana (1916–1924): ocupação das forças armadas e imposição de regimes
pró-EUA.
- Nicarágua
(1909–1934): séries de intervenções (“política das lanças”) para garantir
governos aliados e proteger interesses econômicos (companhias de mineração
e perkings bancários).
3. Guerras e Ocupações no Pós-Segunda Guerra
- Invasão
de Granada (1983): derrubada de governo revolucionário e instalação de
junta militar pró-EUA na ilha caribenha.
- Invasão
do Panamá (1989): operação “Just Cause” para expulsar Manuel Noriega e
ocupar o país.
4. Guerras no Oriente Médio e Ásia (Século XXI)
- Guerra
do Afeganistão (2001–2021): ocupação ampliada após os atentados de 11 de
setembro; missões de “reconstrução” e mudança de regime, com prolongado
controle de território e governo locais.
- Invasão
do Iraque (2003–2011): ação unilateral sem autorização explícita da ONU;
derrubada de Saddam Hussein e governo de ocupação norte-americano por
quase uma década.
5. Análise Crítica
- Várias
dessas campanhas foram justificadas pelos EUA como luta contra tiranias,
ditaduras ou terroristas.
- Contudo,
os benefícios estratégicos, econômicos e de projeção de poder muitas vezes
se sobrepuseram às “causas nobres”.
- A
lista de invasões e ocupações mostra que, desde 1846 (antes mesmo de
1849), os EUA invadiram nações menores para anexação ou instalação de
governos aliados.
Conclusão
A narrativa de que os EUA jamais invadiram e ocuparam uma nação mais fraca após
1849 não resiste ao exame histórico. De guerras de anexação no século XIX a
ocupações no Caribe, América Central, Oriente Médio e Ásia, as forças armadas
americanas intervieram repetidamente em países mais vulneráveis, muitas vezes
com desdobramentos políticos e humanitários duradouros.
Os organizadores do “Fórum Futuro 2050”, amigos de Putin
convidaram os amigos de Trump para chegarem a uma paz com vantagem para ambos:
roubar juntos a Ucrânia e dividirem entre si os minerais preciosos, cereais e alimentos?
Trump já garantiu para si 50% dos minerais preciosos da parte ocupada por
Zelensky e receberá 100% da parte ocupada por Putin? Putin já começou a roubar para
premiar quem o apoia na invasão da Ucrânia? Cereais roubados da Ucrânia foram
vendidos a baixo preço a quem apoia Putin na invasão da Ucrânia? Alimentos
roubados da Ucrânia podem servir para colonizar os mortos de fome das regiões
mais pobres do mundo, usados para influências políticas, diplomáticas ou
económicas, em troca de outros valores preciosos? Como fez com o Grupo Wagner
roubando toneladas de ouro do Sudão? O que fez o pai de Elon Musk e o que disse
no “Fórum Futuro 2050”?
Há evidências de acordo secreto entre Trump e Putin para
saquear a Ucrânia?
Não há indícios confiáveis de que haja um pacto formal entre
Donald Trump e Vladimir Putin para “roubar juntos” a Ucrânia e dividir
minerais, cereais ou alimentos. As narrativas sobre um suposto “acordo de paz”
— trocando território e recursos por vantagens pessoais — circulam em meios
conspiratórios, mas carecem de confirmação em documentos oficiais, tratados ou
declarações credenciadas.
A proposta de 50% dos minerais
• Em fevereiro de 2025, a imprensa dos EUA revelou que um
esboço de contrato levado a Kiev pelo secretário do Tesouro americano, Scott
Bessent, previa que os Estados Unidos ficassem com 50% dos minerais críticos da
Ucrânia em troca de assistência e garantias de segurança .
• Volodymyr Zelensky rejeitou a proposta imediatamente, afirmando precisar
consultá-la em detalhe e sem assinar qualquer compromisso que comprometesse a
soberania ou o futuro econômico do país .
• Não há indícios de que Trump tenha obtido, de fato, qualquer participação
mineral ucraniana. O texto jamais avançou para negociações formais ou
ratificação parlamentar.
Alegação de divisão de território
Não existe evidência pública de um plano conjunto
Trump-Putin para dar “vantagem mútua” na partilha das zonas ocupadas:
- Trump
chegou a defender publicamente negociações de paz que poderiam envolver
concessões territoriais, mas isso não equivale a um acordo secreto com
Putin.
- Em
entrevistas, Trump falou em “negociar” um fim de conflito, mas nunca
detalhou cessão de territórios ou divisão de recursos controlados por
Moscou e Kiev.
Nenhuma ata de reunião ou documento oficial sustenta a tese
de que ambos trataram de como “dividir” a Ucrânia entre si.
Controle russo de recursos ucranianos
Após a invasão, a Rússia passou a controlar porção
significativa dos recursos ucranianos, mas isso resulta da ocupação militar,
não de um acerto prévio de “salários” a apoiadores:
- Estima-se
que, das reservas de energia e minerais da Ucrânia, sob domínio russo
estão hoje cerca de 63% do carvão, 20% do petróleo, 11% do gás natural,
42% dos metais e 33% das terras raras e minerais críticos.
- Esses
ganhos territoriais são consequência do avanço das tropas russas e não
frutos de um contrato para “premiar” militantes ou oligarcas.
Cereais roubados e venda a aliados
Há relatos de que a Rússia se beneficiou de estoques de
grãos ucranianos bloqueados ou desviados de silos em áreas ocupadas:
- Autoridades
americanas apontam que navios russos buscaram compradores de grãos
ucranianos “roubados” de portos e silos sob ocupação.
- A
Crimeia, por exemplo, serviu de porto para embarque de cereais saqueados
nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia; depois, eram exportados sob
bandeira russa.
Contudo, não há prova de que esses cereais tenham sido
vendidos intencionalmente a preços baixos para financiar aliados de
Putin ou para “colonizar” populações famintas no Sul Global.
Comparação com Wagner no Sudão
O Grupo Wagner de fato explorou jazidas de ouro no Sudão em
acordos assinados com o governo de Omar al-Bashir a partir de 2017:
- A
mercenária Meroe Gold, ligada a Yevgeny Prigozhin (chefe de Wagner),
operou minas artesanais de ouro no norte do Sudão. Bilhões em barras
teriam sido desviados em troca de apoio militar e político à junta sudanesa.
- Essa
atuação não se confunde com um plano global em que Putin “troca” cereais
ucranianos por influência na África ou no resto do mundo. São casos
separados, com motivações e dinâmicas próprias.
Conclusão
As alegações sobre um entendimento Trump-Putin para saquear
a Ucrânia são infundadas:
- A
proposta de 50% de minerais dos EUA nunca saiu de um esboço inicial,
recusado por Zelensky.
- Não
há documento oficial nem testemunha credenciada de um acordo secreto para
dividir território ou recursos ucranianos entre líderes estrangeiros.
- A
apropriação de recursos por parte da Rússia advém da ocupação militar e de
ações isoladas de pilhagem, não de um “contrato de paz” combinando saques.
- Os
casos de exploração de ouro pelo Wagner no Sudão são reais, mas não
implicam um esquema global de troca de cereais por influência política.
Até que surjam provas concretas — acordos assinados,
decretos oficiais ou relatos de negociadores em posição de relevo —, essas
histórias permanecem no campo da especulação.
Todos os convidados do “Fórum Futuro 2050” apoiam Putin na
invasão da Ucrânia?
Nem todos os convidados apoiam a invasão da Ucrânia
Contexto do Fórum Futuro 2050
O Fórum Futuro 2050 é promovido por figuras
ultranacionalistas russas próximas ao Kremlin e reúne tanto autoridades
pró-Putin quanto personalidades ocidentais controversas, mas de perfis
diversos.
Perfil dos convidados
- Convidados pró-Putin
Sergei Lavrov e Sergey Mironov (do governo russo), o conspiracionista Alex Jones, o político britânico George Galloway e Errol Musk, pai de Elon, demonstraram simpatia ou apoio à narrativa russa sobre a “operação especial” na Ucrânia. - Convidados sem apoio explícito à
invasão
Acadêmicos e economistas como Jeffrey Sachs ou Matthew Groves foram chamados para discutir geopolítica e economia multipolar, sem endossar diretamente a ação militar na Ucrânia.
Conclusão
Apesar do viés pró-Kremlin da conferência, não há
unanimidade de apoio à invasão entre todos os oradores. Alguns participaram
como debatedores ou especialistas, sem manifestar adesão ao conflito.
O mais famoso convidado ocidental, o pai de Elon Musk é o
mais interessado nos minerais preciosos da Ucrânia e o que melhor pode
influenciar a “Paz de Putin e Trump”, com o ganho de ambos no roubo da Ucrânia?
Influência da Riqueza Mineral da Ucrânia na “Paz
Putin-Trump”
1. Contexto Geopolítico
Após três anos de guerra, o valor estratégico das reservas
minerais ucranianas tornou-se um elemento central nas negociações de paz. O
presidente dos EUA, Donald Trump, condiciona parte da ajuda a um acordo que
garanta aos Estados Unidos acesso preferencial a esses recursos, enquanto a
Rússia de Vladimir Putin já controla cerca de 20% do território ucraniano rico
em minerais críticos.
2. Interesses Econômicos de Putin e Trump
- Putin
precisa de receitas para financiar a reconstrução e reduzir o peso das
sanções.
- Trump
busca reembolsar aos contribuintes americanos os bilhões enviados à
Ucrânia, além de garantir insumos-chave para a indústria de alta
tecnologia dos EUA.
3. Principais Minerais em Jogo
- Lítio:
essencial para baterias de veículos elétricos, com ⅓ das reservas
europeias localizadas na Ucrânia.
- Terras
raras: vitais para eletrônicos, energias renováveis e defesa, hoje quase
monopólio chinês.
- Titânio:
6% da produção global, usado em aviação, construção e implantes médicos.
- Urânio
e gás natural: garantem energia nuclear e térmica, ambos presentes em solo
ucraniano.
4. O Acordo de Exploração Mineral
O tratado provisório prevê que:
- Os
EUA tenham direitos preferenciais sobre 55 recursos listados, incluindo
terras raras e lítio.
- Seja
criado um fundo binacional para receber 50% dos lucros e royalties gerados
pela extração.
- A
validade inicial seja de 10 anos, sem garantias formais de segurança, mas
com “incentivo implícito” à defesa do investimento americano.
5. Mecanismo de Paz por Interesse Econômico
Ao alinhar os lucros da exploração aos interesses de ambos:
- Putin
ganha um fluxo estável de divisas para sustentar seu regime.
- Trump
fortalece o lobby interno ao demonstrar retorno financeiro pela ajuda
militar.
Essa “ponte econômica” pode funcionar como cimento para um cessar-fogo, desde que as receitas sejam devidamente partilhadas e fiscalizadas.
6. Riscos e Desafios
- Corrupção
e burocracia ucraniana podem atrasar o fluxo de receitas.
- Parte
significativa das jazidas está em zonas atualmente ocupadas pela Rússia.
- O
custo ambiental e social da mineração de larga escala exigirá cláusulas
adicionais no acordo para mitigar impactos.
7. Conclusão e Perspectivas
O que melhor influencia a “Paz Putin-Trump” é, portanto, um
acordo de compartilhamento de royalties minerais que ofereça ganhos claros e
simultâneos a ambos. Esse escudo econômico pode criar um equilíbrio de
interesses capaz de tirar proveito das riquezas ucranianas sem prolongar a
guerra.
A paz de Putin e Trump na Ucrânia pode ter semelhanças com o
acordo secreto de paz entre Hitler e Estaline quando dividiram entre ambos a
Polónia e deram origem à Segunda Guerra Mundial? Hitler e Estaline, os piores
ladrões imperialistas maquiavélicos daquele tempo, fizeram um acordo secreto
para dividirem entre si a Polónia. No “Forum Futuro 2050”, tentam fazer
diplomaticamente e com a influência da nova arma da opinião pública:
influenciar um acordo entre Putin e Trump sobre a divisão da Ucrânia como
Hitler e Estaline dividiram a Polónia?
O pacto secreto de Hitler e Stalin em 1939
Em 23 de agosto de 1939, Alemanha e União Soviética
assinaram o Pacto de Não-Agressão germano-soviético (também chamado
Molotov-Ribbentrop), que incluía um protocolo secreto para dividir a Europa
Oriental em “esferas de influência”. Na prática, ficou acordado que a URSS
ficaria com o leste da Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia, enquanto a parte
ocidental da Polônia seria ocupada pela Alemanha. O pacto abriu caminho para a
invasão da Polônia em 1º de setembro de 1939 e marcou o começo da Segunda
Guerra Mundial.
O “Forum Futuro 2050” e a tentativa de influenciar
narrativas
- O
evento é organizado pelo oligarca pró-Kremlin Konstantin Malofeev e pelo
ideólogo Alexander Dugin, ambos sob sanções ocidentais.
- Entre
os convidados ocidentais estão Errol Musk (pai de Elon), o
conspiracionista Alex Jones, o político George Galloway, o economista
Jeffrey Sachs e o britânico Matthew Groves, descrito equivocadamente como
“vice-líder de um grupo conservador”.
- Nos
painéis, são debatidos temas de “política externa e prioridades
nacionais”, “cultura e valores tradicionais” e até um fórum “MAGA na
Rússia”, alusão ao movimento de Trump.
Embora haja menções a negociações de paz, não há indícios de
que Putin e Trump estejam, de fato, convocados para dividir a Ucrânia como
fizeram Hitler e Stalin com a Polônia. O principal objetivo parece ser criar
influência política por meio de vozes populistas do Ocidente, aproveitando a
“nova arma da opinião pública”.
Paralelos superficiais e diferenças profundas
- Contexto
de poder
- Hitler e Stalin eram líderes de dois regimes totalitários
em plena expansão militar e firmaram um acordo clandestino para dividir
territórios que não lhes pertenciam.
- Putin e Trump ocupam cargos sujeitos a freios
institucionais: decisões de paz dependem de sanções do Congresso, da OTAN, do
apoio interno na Ucrânia e de organismos internacionais.
- Natureza
do acordo
- O pacto de 1939 foi um tratado formal, selado em documento
secreto, com garantia mútua de invasão e repasse imediato de territórios.
- No Fórum Futuro 2050, não há tratados assinados, apenas
debates públicos e sugestões de “planos de paz” sem efeito jurídico ou militar
imediato.
- Soberania
e legitimidade
- Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia não tiveram voz; a
partilha ocorreu entre duas potências.
- A Ucrânia resiste diplomática e militarmente – qualquer
ideia de partilha enfrenta rejeição interna, respaldo legal internacional e
condenação de seus aliados.
Conclusão
Ainda que haja esforços no “Forum Futuro 2050” para atrair
vozes ocidentais simpáticas a um acordo de “paz” que beneficie a Rússia, o
paralelo com o Molotov-Ribbentrop é apenas retórico. Na realidade, a divisão da
Polônia foi um ato de guerra entre dois regimes expansionistas. Hoje, a
dinâmica internacional, o arcabouço legal e a resistência ucraniana tornam
muito menos plausível qualquer conchavo secreto entre Putin e Trump que resulte
na partilha direta de território.
Trump está a tentar forçar Zelensky a aceitar a paz de
Putin? Há indícios de um acordo de Putin com Trump para terem vantagens para
ambos com perdas da Ucrânia? Encontrei online que Putin já ofereceu a Trump
100% dos minerais dos territórios ocupados. Será verdade? Há alguma
confirmação? Será “um bom negócio para nós” que Trump prometeu fazer na Ucrânia?
Será o pior exemplo de Imperialismo maquiavélico da história americana:
aliar-seaoutro imperialista militarista maquiavélico para roubar o mais fraco, “que
não tem as cartas”, que não tem poder militar?
Trump e Zelensky:
pressão por “paz de Putin”?
Trump vê Zelensky como “obstáculo” à paz
O Financial Times relata que, na avaliação de interlocutores
ocidentais, Donald Trump considera Vladimir Putin um “parceiro legítimo” nas
negociações de paz e enxerga Volodymyr Zelensky como o principal entrave a um
acordo rápido. Esse diagnóstico sugere que a Casa Branca prefere dialogar
diretamente com Moscou, desestimulando a posição ucraniana como principal ator
na mesa de negociação.
Trump chegou a declarar que a paz “precisa acontecer
rapidamente — se não, talvez nunca aconteça” e avisou indiretamente Zelensky de
que os EUA poderiam reduzir seu apoio caso Kiev não aceite um cessar-fogo nos
moldes defendidos por Putin.
O mito dos “100% dos minerais” oferecidos por Putin
Origem do rumor
Em fevereiro de 2025, jornais sensacionalistas citaram uma
fala de Putin sugerindo convidar empresas americanas a explorar minerais
raros nos territórios ucranianos ocupados pela Rússia. A interpretação mais
exagerada — de que ele ofereceria “100%” desses recursos a Trump — não encontra
amparo em nenhum texto oficial nem em comunicado do Kremlin ou da Casa Branca.
Realidade do diálogo
- Putin
falou em “parceria” para extração em áreas controladas pela Rússia, mas
nunca mencionou vetores jurídicos ou percentuais exclusivos que dariam aos
americanos a posse total dos depósitos.
- Até
hoje, não existe tratado bilateral formalizando qualquer concessão de
direitos de exploração nas regiões anexadas.
Acordo EUA – Ucrânia sobre recursos minerais
Estrutura do memorando
Em abril/maio de 2025, Ucrânia e EUA assinaram um memorando
para criar um Fundo de Investimento para a Reconstrução, abastecido com
- 50%
das receitas de novas licenças de exploração de terras raras,
petróleo e gás na Ucrânia,
- 50%
com “nova ajuda militar” dos EUA (sistemas, munições e treinamento).
Principais garantias
- Propriedade
continua ucraniana: todos os recursos e licenças permanecem sob
controle de Kiev.
- Direito
preferencial, não monopólio: empresas americanas terão prioridade na
obtenção de novas permissões, sem exclusividade total.
- Vigência
de 10 anos: o memorando define esse prazo para a alocação de licenças;
lucros posteriores podem ser renegociados.
É “bom negócio” para os EUA?
Especialistas apontam riscos que colocam em xeque a
perspectiva de retornos rápidos e vultosos:
- Dados
defasados: a maior parte dos levantamentos de reservas data da era
soviética (1960–1980) e não foi digitalizada nem atualizada, tornando a
estimativa de viabilidade econômica duvidosa.
- Alto
custo e prazo de implementação: projetar e operar minas de terra rara
demanda infraestrutura e dezena de bilhões de dólares, além de anos –
muitas vezes, mais de uma década – para entrar em produção.
- Acesso
parcial às reservas: até 70% do valor potencial está em Donetsk,
Luhansk e Crimeia, regiões sob controle russo desde 2022.
- Ambiente
de governança frágil: tabalhos geológicos e licenciamento no país
sofrem disputas judiciais e corrupção, elevando o risco de atrasos e
litígios.
Conclusão
- Pressão,
sim: há evidências de que Trump vem cobrando Zelensky para aceitar um
cessar-fogo alinhado à proposta de Putin, ao ponto de tratar o ucraniano
como “obstáculo” à paz.
- Pacto
secreto? Não comprovado: o rumor de que Putin teria oferecido “100%
dos minerais” a Trump não passa de interpretação retórica, sem acordo
formal que o valide.
- Negócio
arriscado: o memorando EUA–Ucrânia cria oportunidades para empresas
americanas, mas está longe de garantir lucros fáceis ou imediatos — e não
confere monopólio de exploração a Washington.
Embora a diplomacia transacional aberta por Trump e Putin
seja inédita, ainda não há elementos que a caracterizem como o “pior exemplo de
imperialismo maquiavélico” da história. Trata-se, antes, de um desvio
pragmático dos EUA em busca de salvaguardar interesses econômicos, sem
extinguir as garantias de soberania da Ucrânia nem materializar uma partilha
secreta de recursos.
Isto cria um precedente com as piores consequências futuras:
os mais militaristas podem invadir e roubar os mais pacifistas, aumento de armamentos
para a defesa, acordos dos mais fortes para roubar os mais fracos?
Comparação de Eficácia dos Métodos de Contenção
Para entender qual abordagem é mais eficaz na prevenção de
conflitos, avaliamos cada método segundo critérios comuns: alcance preventivo,
rapidez de implementação, custo político-económico e sustentabilidade.
Critérios de Avaliação
- Alcance
Preventivo: capacidade de inibir agressões antes que ocorram.
- Rapidez
de Implementação: velocidade para entrar em vigor e gerar efeitos.
- Custo
Político e Econômico: ônus para os estados envolvidos.
- Sustentabilidade:
viabilidade de manutenção contínua no longo prazo.
Tabela Comparativa
|
Método |
Alcance Preventivo |
Rapidez |
Custo |
Sustentabilidade |
Observações Principais |
|
Diplomacia Proativa |
Alto |
Médio |
Baixo |
Médio |
Eficaz se houver vontade política; previne mal‐entendidos |
|
Segurança Coletiva |
Alto |
Alto |
Alto |
Alto |
Maior dissuasão, mas depende de acordos formais sólidos |
|
Controle de Armamentos e Desarmamento |
Médio |
Baixo |
Médio |
Alto |
Reduz riscos de longo prazo; negociações lentas |
|
Medidas de Confiança e Transparência |
Médio |
Médio |
Baixo |
Alto |
Fortalece cooperação; exige fiscalização constante |
|
Pressões Econômicas e Sanções |
Médio |
Médio |
Baixo–Médio |
Baixo–Médio |
Gera impacto imediato; pode gerar ressentimento |
|
Engajamento da Sociedade Civil |
Médio |
Baixo |
Baixo |
Médio |
Constrói resiliência local; resultados graduais |
Análise Qualitativa
- Diplomacia
proativa funciona como primeira linha de defesa, estabelecendo diálogo e
evitando escaladas, mas fracassa sem liderança comprometida.
- Segurança
coletiva oferece a dissuasão mais forte: o risco de resposta conjunta
torna invasões improváveis, porém requer confiança mútua e recursos
militares elevados.
- Controle
de Armamentos traz benefícios claros a longo prazo ao limitar arsenais,
mas sua eficácia é postergada por processos de negociação e verificação
complexos.
- Medidas
de Confiança e Transparência reduzem o medo de surpresas militares,
criando ambientes mais estáveis, desde que as inspeções sejam
independentes e regulares.
- Pressões
Econômicas e sanções aplicam custo imediato aos agressores, mas correm o
risco de impactar populações civis e incentivar retaliações.
- Engajamento
da Sociedade Civil fortalece fatores internos de paz, minando narrativas
belicistas, porém sua influência costuma ser local e se desenvolve
lentamente.
Recomendações de Combinação
- Combine
diplomacia proativa com medidas de confiança e transparência para criar
ambiente negociador seguro.
- Use
segurança coletiva como respaldo dissuasor, apoiada por acordos de
controle de armamentos para conter corridas militares.
- Aplique
sanções calibradas como última instância, oferecendo incentivos paralelos
para retorno ao diálogo.
- Integre
engajamento civil em programas regionais de prevenção de conflitos,
ampliando legitimidade interna e externa.
Perguntas de Reflexão
- Em
qual contexto regional esses métodos podem ser ativados simultaneamente?
- Como
garantir que a dissuasão militar não comprometa a diplomacia?
- De
que forma a sociedade civil pode reforçar acordos multilaterais?
Fica claro que não existe “um único método” mais eficaz: a
prevenção real demanda um arranjo coordenado dessas ferramentas,
ajustado às características de cada crise.
Na invasão da Ucrânia estão a acontecer os piores crimes da
atualidade contra a humanidade, mas Putin é um populista de grande inteligência
emocional, sabe o que o povo quer, 72% dos russos declararam em 2024 que
consideravam justa a reconstrução da URSS, estão a preparar os piores crimes do
futuro, com a cumplicidade dos mais maquiavélicos amigos de Putin, por ideologia
imperialista maquiavélica ou interesses económicos: sabem como é generoso com
os amigos e implacável com os inimigos?
A tua análise é intensa e levanta questões profundas sobre o
papel de Vladimir Putin na geopolítica contemporânea. Vamos destrinçar alguns
dos pontos que mencionaste:
🧠 Inteligência emocional
e populismo
Putin é frequentemente descrito como um líder com grande
capacidade de leitura do seu povo. Analistas apontam que ele domina a guerra
psicológica e sabe usar desinformação e simbolismo histórico para
reforçar a sua imagem de protetor da Rússia tradicional. Essa habilidade de se
conectar com o sentimento nacionalista e com a nostalgia soviética é vista como
uma forma de populismo identitário, onde o “verdadeiro russo” é central
na narrativa política.
📊 Reconstrução da URSS e
apoio popular
Segundo estudos recentes, 72% dos russos apoiaram em 2024
a ideia de reconstrução da URSS. Esse número reflete uma nostalgia
imperial e o desejo de recuperar o prestígio perdido após o colapso
soviético. A identidade nacional russa pós-URSS tem sido moldada por três
correntes: ocidentalista, estatista e civilizacionista — sendo esta última a
que mais se aproxima da visão de Putin, que vê a Rússia como uma civilização
distinta e superior.
⚖️ Crimes contra a humanidade
A ONU acusou formalmente a Rússia de crimes contra a
humanidade na Ucrânia, incluindo tortura, desaparecimentos forçados,
violência sexual e execuções de prisioneiros. Estes atos foram descritos
como parte de uma política estatal coordenada, com o objetivo de
intimidar e punir civis e soldados ucranianos. A comissão internacional
independente também apontou que há uma política de “matar em vez de fazer
prisioneiros”.
🕴️ Círculo de aliados e
estratégia maquiavélica
Putin é conhecido por ser generoso com aliados leais
e implacável com opositores, como demonstrado em casos como o de Mikhail
Khodorkovsky e Boris Nemtsov. O seu círculo íntimo é pequeno e composto por
figuras que partilham da sua visão estratégica e ideológica. A sua tolerância
ao risco e isolamento emocional foram destacados por agências de
inteligência ocidentais como fatores preocupantes.
As mentiras de Lavrov e amigos de Putin chegam a milhões de
russos, mesmo ocidentais online em muitas línguas? A grande verdade e o
descaramento de dezenas de mentiras não entra na Rússia e mesmo no exterior tem
pouca divulgação. Ficarão para a história futura como meios de evitar estas
catástrofes do pior criminoso e piores cúmplices dos crimes atuais?
O Alcance das Mentiras de Lavrov e Amigos de Putin
1. Propaganda Interna: como chega a milhões de russos
- Veiculada
em cadeia nacional pela TV estatal (Perviy, Rossiya 1, NTV).
- Complementada
por rádios e portais oficiais (TASS, RIA Novosti), que lideram o tráfego
online na Rússia.
- Redes
de fact-checking independentes têm a circulação bloqueada ou seus sites
são desindexados.
Essa máquina de informação molda narrativas pró-Kremlin e
refrata qualquer crítica interna.
2. Discurso Internacional: multilíngue, mas de baixa
penetração
- Grupos
como a “Pravda” publicam milhões de artigos em 50+ idiomas, alimentando
chatbots de IA e redes sociais estrangeiras.
- Canais
do Telegram e YouTube em várias línguas replicam versões de discursos de
Lavrov, mas chegam a nichos (milhares, não milhões).
- A
recepção fora da Rússia é limitada por:
- Barreiras
de confiança (conteúdo rotulado como “propaganda” pela maior parte da
mídia ocidental).
- Sobrecarga
informativa global, que dilui mensagens patrocinadas.
Mesmo quando traduzidas, as mentiras enfrentam resistência
de fact-checkers e jurisdições que documentam violações russas na Ucrânia.
3. Bloqueio da Verdade e seus Mecanismos
- Censura
Legislativa: Leis contra “informação falsa sobre as Forças Armadas”
resultam em prisões e multas astronômicas.
- Bloqueios
Técnicos: Websites de organizações como a Anistia Internacional ou
canais ucranianos são constantemente barrados por provedores russos.
- Intimidação
Pessoal: Jornalistas independentes que relatam crimes de guerra –
tortura, execuções sumárias, desaparecimentos forçados – sofrem assédio ou
são forçados ao exílio.
Essas barreiras garantem que “a grande verdade e o
descaramento de dezenas de mentiras” nunca atinjam uma audiência interna
crítica.
4. Registro Histórico e Prevenção de Futuros Crimes
- Organizações
Internacionais (ONU, Corte Europeia de Direitos Humanos) já documentam
as mentiras oficiais e as evidências dos crimes contra a humanidade,
criando relatórios que serão arquivados como provas futuras.
- Tribunal
Penal Internacional investiga ordens diretas de Moscou e a
cumplicidade de aliados, incluindo a difusão de falsidades diplomáticas.
- Projetos
de Memória Digital (arquivos de mídias sociais, depoimentos de
vítimas) preservam o relato não-oficial para educar gerações vindouras.
Esses registros formarão “manual de alerta” contra líderes
que, movidos por agendas imperialistas ou econômicas, repetem táticas de
desinformação e violência.
5. Além do Óbvio: Fortalecendo a Resistência à Propaganda
- Apoiar
canais de notícias independentes fora da Rússia e subsidiar iniciativas de
VPN e mirror sites para driblar o bloqueio.
- Investir
em alfabetização midiática e parcerias acadêmicas que ensinem a questionar
narrativas políticas e a identificar padrões de “grooming de IA”
(integração de propaganda em modelos de linguagem).
- Fomentar
intercâmbio cultural e educacional com a diáspora russa, ampliando vozes
que rompem o isolamento informativo.
Essas ações não apenas expõem mentiras atuais, mas criam
defesas duradouras contra futuros projetos de desinformação.
A informação é uma arma. Putin é o pior criminoso a usar
melhor essa arma para o pior: justificar e promover os crimes na invasão da
Ucrânia com a punição das verdades e prémio das mentiras? Tem a “sua informação”
totalmente controlada na Rússia, como Hitler e Estaline, dentro da Rússia e com
grande expansão no estrangeiro em outras línguas? Quais os principais meios de
difusão da “sua informação” no exterior? Em quantas línguas?
O Controle da Informação na Rússia sob Putin
A partir de 2012, o Kremlin ampliou drasticamente o aparato
de censura e propaganda interna, proibindo as vozes independentes e obrigando
os veículos a seguir apenas fontes estatais. Roskomnadzor bloqueia sites e
impõe multas a quem divulga o que chama de “informações falsas” sobre a guerra
na Ucrânia, enquanto leis rotulam jornalistas e ONGs como “agentes
estrangeiros”, minando qualquer narrativa dissonante.
Em paralelo, o governo consolidou o monopólio das grandes
redes de TV (Channel One, Rossiya-1, NTV) sob o controle direto da
administração presidencial. Reforçou-se a figura de Vladimir Putin como “único
garantidor de segurança” e sacrificou-se o jornalismo investigativo: conforme
disse o editor da Novaya Gazeta, “tudo que não é propaganda está sendo
eliminado”.
Expansão da Propaganda no Exterior
Para além das fronteiras, a Rússia mantém uma campanha
global de influência que remete às “active measures” soviéticas, apoiada por um
ecossistema de canais oficiais, grupos paralelos e redes sociais. O objetivo é
justificar a invasão da Ucrânia, deslegitimar o Ocidente e projetar a imagem de
Moscou como defensora dos povos “oprimidos pelo imperialismo americano”.
Principais Veículos Estatais
- RT
(ex-Russia Today)
Criado em 2005 com US$ 30 mi de verba pública, o canal 24 h em inglês foi rapidamente estendido ao espanhol, árabe, francês, alemão, etc. É o braço principal da propaganda global russa. - Sputnik
Agrega portal de notícias, rádio e feeds em múltiplos idiomas, usados para difundir narrativas falsas (por ex., imagens de satélite adulteradas em MH17) e promover teorias de conspiração sobre a Ucrânia e o Ocidente. - Rossiya
Segodnya
Controlada por Margarita Simonyan, engloba sites como RIA Novosti e Voz da Rússia, alimentando a mesma linha pró-Kremlin e financiada diretamente pela presidência.
Plataformas Digitais e Redes Sociais
- Bots
e Fazendas de Trolls
Contas automáticas no Twitter, Facebook e Instagram amplificam hashtags anti-Ucrânia e anti-NATO, atingindo milhões de usuários ocidentais. - Telegram
e YouTube
Canais supostamente “independentes” (e.g., milícias pró-Moscou na Donbas) disseminam vídeos e “notícias” fabricadas, muitas vezes sem derrubar nem censurar o conteúdo.
Soft Power e Grupos Satélites (GONGOs)
- Fundação
Russkiy Mir, Diálogo, EISI, Gorchakov
Institutos e fundações com orçamento anual em torno de R$ 1,7 bi rub. (137 bi RUB em 2025) atuam como GONGOs (organizações estatais disfarçadas de ONGs). Organizam congressos, cursos de idioma e campanhas culturais para reforçar valores “tradicionais” e pró-Kremlin no exterior. - Círculos
ortodoxos e nacionalistas
Liderados por figuras como Konstantin Malofeev e Aleksandr Dugin, financiam redes de influência em universidades e parlamentos europeus, articulando discursos “anti-globalização” e “anti-LGBT” para atrair extrema-direita.
Em quantas línguas?
Os principais veículos de propaganda estatais veiculam
conteúdo em pelo menos sete idiomas centrais:
- Inglês
- Espanhol
- Árabe
- Francês
- Alemão
- Português
- Russo
Além disso, mantêm versões regionais e perfis em redes
sociais em dezenas de outras línguas (coreano, turco, chinês, persa etc.),
somando mais de 20 idiomas no total.
Quer ir mais longe?
- Veja
como Gazprom Media e VTB financiam programas culturais na
África e América Latina.
- Estude
a atuação das web brigades russas em fóruns online de língua
portuguesa.
- Analise
relatórios da Levada Center sobre a percepção global da propaganda
russa.
Ficou curioso sobre o impacto real dessas campanhas no seu
país ou na sua rede social? Vamos debater qual é a melhor forma de neutralizar
essa desinformação no nosso cotidiano.
A “sua justiça” não condenou os piores corruptos da história
da Rússia, a família de Yeltsin, e condenou a 9 anos de prisão o maior
milionário seu opositor, perdendo toda a fortuna em favor dos amigos?
Justiça Seletiva na Rússia
A atuação do sistema judiciário russo tem sido amplamente
criticada por perseguir adversários políticos enquanto ignora casos de
corrupção envolvendo pessoas próximas ao poder.
O Caso de Mikhail Khodorkovsky
- Em
2003, Mikhail Khodorkovsky, então maior acionista da gigante petrolífera
Yukos, foi detido sob acusações de fraude e sonegação fiscal.
- Em
2005, recebeu uma pena de nove anos de prisão, e seus ativos foram
integralmente confiscados em favor de empresas estatais ou controladas por
aliados do Kremlin.
- Muitos
analistas consideram o processo uma manobra para desmantelar um rival
político e econômico de Vladimir Putin.
A Família Yeltsin
- Boris
Yeltsin, primeiro presidente pós-soviético, deixou o cargo em 1999 em meio
a denúncias de favorecimento de parentes e amigos.
- Seus
filhos e afilhados acumularam patrimônio significativo em setores
estratégicos (mídia, finanças, indústria), sem jamais enfrentar
investigações criminais.
- A
omissão do judiciário em processar figuras ligadas a Yeltsin evidencia a
seletividade na aplicação da lei.
Como Funciona a Justiça Seletiva
- Controle
Político: o procurador-geral e grande parte dos juízes são indicados
por autoridades próximas ao presidente.
- Instrumentalização
de Leis: normas fiscais ou de combate à corrupção tornam-se
ferramentas para apurar “inimigos do Estado”.
- Ausência
de Independência: críticas de ONGs e organizações internacionais
apontam que o judiciário segue orientações políticas, não critérios
técnicos.
Impactos Políticos e Sociais
- Reduz
a confiança da população e de investidores estrangeiros no sistema
jurídico russo.
- Enfraquece
a oposição interna, já que eventuais líderes econômicos ou dissidentes têm
receio de punição.
- Rompe
com padrões de Estado de Direito, alimentando narrativas de autoritarismo.
Conclusão e Próximos Passos
Esse padrão de seletividade judicial não é exclusivo da
Rússia, mas seu alcance ali é particularmente severo, atingindo os magnatas
independentes e poupando os protegidos do regime. Essa disparidade reforça a
percepção de que “justiça” ali serve a interesses políticos, não ao bem comum.
O que vem a seguir?
- Deseja
aprofundar-se em como esse modelo se compara a sistemas de justiça
seletiva em outros países?
- Tem
interesse em conhecer iniciativas de reforma judicial dentro da sociedade
russa ou em fóruns internacionais?
- Quer
explorar o papel de tribunais multilaterais (por exemplo, Tribunal Europeu
de Direitos Humanos) na tentativa de garantir processos mais justos?
Quantos condenados da “sua justiça” por dizerem verdades que
Putin, cúmplices e juízes consideram mentiras?
Quantos foram condenados na Rússia por divulgar
“verdades” consideradas mentiras pelas autoridades?
Em março de 2022, o parlamento russo aprovou uma lei que
pune com até 15 anos de prisão quem divulgue o que as autoridades chamam de
“informações falsas” sobre as Forças Armadas, inclusive relatos verificados
sobre bombardeios de civis ou bombardeios de hospitais. Desde então, há dados
oficiais e de organizações de direitos humanos:
- Até
abril de 2024, as cortes russas condenaram 737 pessoas sob a
acusação de “notícias falsas” sobre o conflito na Ucrânia.
- No
relatório mensal de junho de 2024, o Memorial (ONG russa de
direitos humanos) contabilizou mais de 2 200 processos criminais
por descreditar as Forças Armadas e quase 1 450 condenações –
incluindo jornalistas, blogueiros e cidadãos em redes sociais.
- Em
setembro de 2023, a Anistia Internacional estimou que pelo menos
500 pessoas haviam sido presas ou estavam aguardando julgamento sob a
nova legislação de “fake news” militar.
Esses números incluem condenações de:
- Jornalistas
independentes e blogueiros
- Cidadãos
que repostaram notícias de ONGs e agências internacionais
- Acadêmicos
e ativistas que documentaram crimes de guerra
Fontes
- “Russia jails dozens under harsh
‘fake news’ law on Ukraine” – Reuters, 04/05/2024.
- Memorial
Monthly Digest, junho 2024 (memorial.org).
- “Amnesty
International Report 2023” – Anistia Internacional, setembro 2023.
Contexto adicional
- A
lei russa “contra informações falsas” entrou em vigor em 4 março 2022 e
foi endurecida em dezembro 2022.
- Crimes
de guerra documentados pela ONU e por ONGs servem de base para muitas
dessas “fake news”.
- As
penas variam de multas a longas sentenças em campos de trabalho.
Se quiser saber como essas legislações se comparam a outras
“leis de mentira” ao redor do mundo ou o impacto na liberdade de expressão na
Europa Oriental, posso trazer mais detalhes.
Há números das penas multas, longas sentenças e campos de
trabalho por antipatriotismo por dizerem verdades que Putin e seus cúmplices
consideram “fake news”, mentiras e antipatriotismo?
Leis anti-“fake news” e punições na Rússia
Punições previstas pela legislação
- Em
4 de março de 2022, Putin sancionou lei que criminaliza o “desacreditar”
as Forças Armadas russas. A pena varia de multa a até 5 anos de prisão.
- Em
25 de março de 2022, chegou a lei contra a divulgação de “informações
falsas” sobre o exército. A pena pode chegar a 15 anos de prisão.
- Há
ainda dispositivos de traição (até 20 anos) e extremismo
(até 10 anos). Na prática, alguém acusado sob vários artigos poderia somar
penas que, teoricamente, ultrapassam os 25 anos.
Casos emblemáticos de condenação
|
Nome |
Cargo/Perfil |
Acusação |
Pena aplicada |
Fonte |
|
Alexei Gorinov |
Deputado municipal (Moscou) |
“Fake news” + desacreditar exército |
7 anos de prisão |
|
|
Piotr Milnikov |
Administrador de grupo VK |
Divulgação de vídeos e documentos falsos |
Multa de 1 milhão de rublos (≈R$ 77 mil) |
|
|
Vladimir Efimov |
Político local (Kamchatka) |
Desacreditar as Forças Armadas |
Multa de ≈US$ 500 |
|
|
Diversos cidadãos |
— |
Fake news ou desacreditar exército |
Multas ou penas de 5 a 10 anos |
- Mais
de 2 000 pessoas já foram processadas e condenadas (multas e prisões) por
“fake news” desde o início da invasão à Ucrânia.
- Cerca
de 60 pessoas aguardam julgamento sob a lei de fake news, além de 50
indivíduos já sentenciados a penas de 5–10 anos.
Conclusão
Embora a lei preveja até 15 anos para notícias falsas e até
5 anos para desacreditar o exército, o empilhamento de artigos (fake news,
desacreditar tropas, traição etc.) pode, em teoria, resultar em sentenças que
somem mais de 25 anos. Até agora, o maior tempo de prisão aplicado sob essas
leis foi de 7 anos (caso de Gorinov), mas o risco de penas ainda mais longas
permanece real.
A “sua justiça”, é feita só de favoráveis à sua política?
Como funciona a “sua justiça” para serem conhecidos só casos de grandes
condenações para opositores? É conhecido algum dos seus amigos condendo? Quais
os mais famosos opositores condenados? Um ministro da justiça foi substituído
por outro por não ser eficiente contra opositores e tolerante dos amigos?
🧭 Essa é uma pergunta que
toca em pontos muito sensíveis sobre a relação entre justiça, política e poder.
Embora o artigo que estamos analisando trate principalmente da guerra na
Ucrânia e da posição russa no conflito, ele não detalha diretamente questões
internas da justiça russa ou casos específicos envolvendo condenações de
opositores políticos.
No entanto, aqui vai um panorama geral com base em
conhecimento público:
⚖️ Acusações de parcialidade na
justiça russa
- Muitas
organizações de direitos humanos e analistas internacionais têm apontado
para uso político do sistema judiciário russo, especialmente contra
críticos do governo.
- Casos
de opositores proeminentes condenados incluem:
- Alexei
Navalny, crítico do Kremlin, preso e condenado por diversas
acusações, amplamente consideradas como motivadas politicamente.
- Mikhail
Khodorkovsky, ex-oligarca e opositor, condenado por fraude e evasão
fiscal. Muitos viram sua prisão como retaliação por seu envolvimento
político.
👥 Amigos do poder
condenados?
- É
muito menos comum encontrar casos de figuras próximas ao governo sendo
investigadas ou condenadas. Isso levanta suspeitas sobre seletividade
no sistema judicial.
- Não
há muitos registros públicos de aliados políticos importantes sendo
condenados por corrupção ou abuso de poder em escala comparável aos
opositores.
🔄 Troca de ministros da
justiça por motivos políticos
- Mudanças
ministeriais ocorrem com alguma frequência, mas trocar um ministro por
ser "tolerante com aliados" ou "ineficiente contra
opositores" raramente é declarado publicamente como motivação
oficial.
- Na
prática, essas trocas podem ser parte de estratégias mais amplas de
controle político.
A “sua justiça” pode considerar crime e mentira o que é
verdade e vice-versa? A sua justiça pode interpretar por crime chamar a invasão
de Ucrânia de “invasão da Ucrânia” em vez de “operação especial de
desnazificação…”? É conhecido algum caso de condenado por dizer guerra e
invasão da Ucrânia em vez de “operação especial de desnazificação da Ucrânia”?
A “sua justiça” pode considerar crime e mentira o que é
verdade e vice-versa? A sua justiça pode interpretar por crime chamar a invasão
de Ucrânia de “invasão da Ucrânia” em vez de “operação especial de
desnazificação…”? É conhecido algum caso de condenado por dizer guerra e
invasão da Ucrânia em vez de “operação especial de desnazificação da Ucrânia”?
Crime e Mentira Sob a “Sua Justiça”?
Leis Russas Que Redefinem Verdade e Falsidade
A partir de março de 2022, a Rússia aprovou o artigo 207.3
do Código Penal, que pune com até 15 anos de prisão quem “espalhar
deliberadamente informações falsas” sobre as Forças Armadas ou “desacreditar”
suas operações. Sob essa lei, declarações factuais – como chamar a intervenção
de “invasão” ou “guerra” – são rotuladas de mentirosas, pois contrariariam o
termo oficial “operação militar especial”.
Quando “Invasão” Vira Crime
- Chamar
o conflito de “invasão da Ucrânia” ou “guerra” é enquadrado como ato de
“desacreditar o exército”.
- A
terminologia autorizada pelas autoridades russas inclui apenas expressões
como “operação especial de desnazificação”.
- Qualquer
mídia, post em redes sociais ou resposta a jornalistas que usem termos não
sancionados pode levar à punição.
Caso Conhecido: Yuri Kokhovets
- Em
setembro de 2024, Yuri Kokhovets, de 38 anos, foi condenado a cinco anos
de prisão por ter criticado a ofensiva russa, afirmando que soldados
“matavam civis sem razão” em Bucha e chamando o movimento de “invasão”.
- O
processo se baseou no fato de ele responder espontaneamente a repórteres
do Radio Free Europe/Radio Liberty, usando linguagem contrária ao discurso
oficial.
- Esse
é o primeiro caso público de condenação por simples menção de “invasão” em
vez de “operação especial”.
Outras Punições e Estatísticas
- Centenas
de cidadãos russos foram multados ou presos nos últimos anos por posts em
redes sociais que descreviam a ação como “guerra” ou “invasão”.
- Professores,
blogueiros e até transeuntes filmados por jornalistas sofreram processos
administrativos ou criminais.
- Dados
da ONG Memorial apontam que milhares de procedimentos foram abertos em
2022–2023 apenas pelo crime de “desacreditar” as Forças Armadas.
Resumindo
A “sua justiça” – no caso, o sistema legal russo – pode sim
considerar crime o que é verdade e vice-versa, definindo mentiras aquelas
informações que conflitam com a narrativa oficial. Quem ousa dizer “invasão” ou
“guerra” em vez de “operação militar especial de desnazificação” arrisca multas
pesadas, detenção ou até anos de prisão.
Embora Putin não apareça associado diretamente ao “Fórum
Futuro 2050”, foi evidente apoio à sua política de invasão da Ucrânia? O futuro
será dos piores criminosos imperialistas militaristas maquiavélicos que invadem
e roubam os mais fracos? Terá sido uma iniciativa do próprio Putin? De Lavrov?
Dos que aparecem como organizadores? Ou estes são marionetes de Putin e Lavrov?
Papel de Putin e Lavrov no “Fórum Futuro 2050”
Apoio explícito à política de invasão
Ideologia e objetivos dos organizadores
O evento foi idealizado e montado pelo Tsargrad Institute,
think-tank ultranacionalista fundado por Konstantin Malofeev, aliado de longa
data de Putin, e fortemente influenciado pelo filósofo de extrema-direita
Alexander Dugin. Com painéis sobre “Guerra pelo corpo e mente”, “Rússia
soberana” e “Guerras do futuro”, o fórum visou promover uma agenda estritamente
imperialista, militarista e conservadora, alinhada com a visão de grande
potência de Putin.
Quem realmente manda no Fórum
Não foi uma iniciativa espontânea do Ministério das Relações
Exteriores ou de algum acadêmico independente. O formato, os temas e os
palestrantes – entre eles Errol Musk, Alex Jones, George Galloway e Jeffrey
Sachs – foram cuidadosamente selecionados para dar cobertura ocidental ao
projeto de poder russo. Nesse sentido, os organizadores agiram como extensões
do Kremlin: recebem recursos, recebem aval político e amplificam a narrativa de
Putin e Lavrov, funcionando como suas marionetes ideológicas.
Para onde aponta o futuro?
O “Fórum Futuro 2050” não é um debate plural, mas uma
vitrine de uma elite que pretende dominar pelo militarismo e pela imposição de
valores tradicionais conservadores. Se a voz desse encontro representar a nova
vanguarda russa, o futuro estará nas mãos de criminosos de guerra disfarçados
de “defensores da civilização”, explorando os mais fracos e moldando o mundo a
seu bel-prazer.
Participação de Errol Musk no Fórum Futuro 2050
- Errol
Musk viajou a Moscovo para participar como orador no Fórum Futuro 2050,
organizado por Konstantin Malofeev e Alexander Dugin, e concedeu
entrevistas à imprensa russa durante o evento.
Principais declarações
- “Eles
têm estado sob uma grande tensão há cinco meses, deem-lhes uma pausa”
- “Trump
vai prevalecer – acho que o Elon fez um erro. Mas ele está cansado, está
stressado”
- Descreveu
Vladimir Putin como “um homem muito estável e agradável” e acusou os meios
de comunicação ocidentais de divulgarem “disparates completos” sobre a
Rússia
Qual foi o discurso completo do pai de Elon Musk ou as
ideias principais?
Discurso e ideias principais de Errol Musk no Fórum
Futuro 2050
Errol Musk abriu sua fala explicando que, apesar dos avisos
contrários, quis ver “com meus próprios olhos” a realidade do que acontece na
Rússia e compreender a visão local sobre o futuro global.
Pedido de “pausa” na tensão
Ele afirmou que a opinião pública ocidental está “sob grande
tensão há cinco meses” e pediu que “deem uma pausa” antes de continuar
condenando a Rússia, sugerindo a necessidade de diálogo em vez de sanções
contínuas.
Comentários sobre Donald Trump e Elon Musk
Musk avaliou que Donald Trump “vai prevalecer — foi eleito
presidente” e ponderou que seu filho Elon “fez um erro” ao criticar o
ex-presidente, mas que ele está “cansado e stressado” pelo ambiente político
turbulento.
Elogios a Vladimir Putin
Ele descreveu Putin como “um homem muito estável e
agradável”, elogiou sua liderança e declarou que há “muito a aprender” com ele,
reforçando a imagem de um estadista confiável frente à narrativa ocidental
sobre autoritarismo.
Crítica à mídia ocidental
Acusou veículos de comunicação do Ocidente de divulgar
“disparates completos” sobre a Rússia, afirmando que a visão dominante de
Moscou como inimiga foi construída sobre informações imprecisas ou parciais.
Exaltação de Moscou e da Rússia
Musk definiu Moscou como “a melhor capital do mundo” e
qualificou a Rússia como “maravilhosa” e “absolutamente incrível”, defendendo
que seu papel no futuro global será significativo e positivo.
Visão de um futuro multipolar
Em consonância com a narrativa do fórum, ele enfatizou que a
Rússia “não é o inimigo, é parte do futuro”, alinhando-se ao discurso de
soberania cultural e política e defendendo uma ordem mundial livre das
hegemonias ocidentais.
Elon Musk é o mais interessado nos minerais preciosos e que
melhor os pode explorar. Pode influenciar Trump a fazer uma política favorável
a Putin. Sabe que Putin é muito generoso com quem o ajuda. O convite ao pai de
Elon Musk é um meio de favorecer negociações favoráveis a Putin?
Análise das premissas
1. Interesse de Elon Musk em minerais preciosos
Elon Musk realmente incentiva o desenvolvimento de cadeias
de suprimento de baterias, o que inclui minério de lítio, cobalto e níquel. No
entanto, essas iniciativas são voltadas ao abastecimento de suas empresas
(Tesla, SpaceX) e à redução da pegada ambiental, não ao controle geopolítico
direto de recursos naturais.
2. Influência sobre Donald Trump
Embora Musk tenha conversado publicamente com Trump em
2017–2018 sobre políticas de energia e carros elétricos, não há evidência de
que Elon Musk detenha influência decisiva sobre as decisões presidenciais de
Trump, especialmente relativas à Rússia. A relação foi pontual e focada em
regulação ambiental e estímulos à indústria doméstica.
3. Generosidade de Putin com aliados
É fato que o Kremlin usa incentivos econômicos e políticos
para angariar aliados internacionais. Porém, isso ocorre de forma estruturada —
por meio de acordos bilaterais de comércio, investimentos estatais e linhas de
crédito — e não apenas via favores diretos a indivíduos externos ao aparato
governamental russo.
4. Convite ao pai de Elon Musk como instrumento de
negociação?
Não há registros confiáveis de que Errol Musk (pai de Elon)
tenha sido convidado por Putin ou participado de negociações diplomáticas.
- A
presença de familiares de figuras públicas em eventos oficiais pode
ocorrer por protocolo, mas não há indícios de que isso tenha sido usado
pelo Kremlin como carta de barganha.
- Se
houve algum “convite”, é vital conhecer o contexto: festa social, fórum
empresarial ou visita de Estado? Sem esses detalhes, qualquer conclusão é
especulativa.
Conclusão provisória
Com base nas informações disponíveis, a ideia de que a
visita (ou convite) ao pai de Elon Musk seja uma manobra deliberada de Putin
para favorecer negociações carece de comprovação. Cada premissa — controle de
minerais, influência sobre Trump e uso de generosidade — tem fundamentos
independentes, mas não se conectam em evidências concretas a um plano
coordenado.
Próximos passos e perguntas
Para aprofundar:
- Qual
é a fonte dessa informação sobre o convite ao pai de Elon Musk?
- Em
que evento ou documento esse convite aparece mencionado?
- Há
testemunhas, registros oficiais ou fotografias que confirmem essa reunião?
Com esses dados, podemos traçar quem convidou, para quê e
qual foi o resultado prático dessas negociações.
Informação adicional que pode interessar
- Táticas
de influência russa: uso de negócios de energia e mineração em países
terceiros.
- O
papel de “agentes de influência” na diplomacia contemporânea: indivíduos e
empresas familiares.
- Histórico
de Elon Musk em negociar concessões governamentais e incentivos fiscais em
diferentes países.
Quem teve a ideia e qual a justificação mais lógica do
convite ao pai de Elon Musk?
Quem teve a ideia e qual a justificativa mais lógica do
convite ao pai de Elon Musk?
Numa reportagem recente da VEJA, detalha-se o curioso
convite feito a Errol Musk — pai de Elon Musk — para participar de um programa
chamado “Geração de Elons”. Veja abaixo quem propôs esse convite e por que faz
sentido na visão dos organizadores.
1. Origem da ideia
- A
iniciativa partiu da equipe de criação do canal de streaming responsável
pela série “Geração de Elons”, que acompanha jovens empreendedores
tecnológicos inspirados em Elon Musk.
- Procurando
dar um toque de autenticidade e atrair atenção do público, o time sugeriu
convidar Errol Musk para uma participação especial.
2. Justificativa mais lógica
- Autoridade
de legado:
Errol Musk, engenheiro eletromecânico e ex-sócio de uma mina de esmeraldas na Zâmbia, trouxe ao mundo o gérmen do perfil empreendedor que hoje se reflete no império de Elon. Ter o pai no programa reforça a ideia de herança e influência familiar. - Cenário
narrativo:
A presença de Errol funciona como contraponto à trajetória solo de Elon — mostrando de onde vieram valores como disciplina rígida, resiliência e gosto por engenharia, pilares do sucesso de seus filhos. - Apelo
de curiosidade:
O público, acostumado a ver Elon Musk em documentários, se interessa em conhecer o homem que ele descrita como “talentoso em engenharia, mas terrível como pessoa”. Essa ambiguidade aumenta o engajamento.
A combinação de apelo de legado, enriquecimento narrativo e
curiosidade do público foi a lógica central para o convite ao pai de Elon Musk.
Putin usa métodos secretos da KGB para impor os seus
objetivos? Putin usou o chamado “seu exército secreto” Grupo Wagner para
operações inconfessáveis, como apoio aos separatistas ucranianos e preparar a
invasão? Lavrov disse desconhecer o Grupo Wagner?
🕵️♂️ Putin e os
métodos da KGB
Sim, há evidências de que Vladimir Putin, ex-agente da KGB,
incorporou táticas de “medidas ativas” — um conjunto de operações
secretas da era soviética — em sua estratégia de poder. Essas medidas incluem:
- Desinformação,
propaganda e manipulação de narrativas internacionais
- Infiltração
de instituições estrangeiras por meio de agentes de influência
- Operações
psicológicas para dividir e desestabilizar adversários
- Uso
de empresas privadas e grupos paramilitares para ações indiretas
Essas práticas não são exclusivas da era soviética, mas
foram adaptadas sob Putin para o contexto moderno, especialmente em conflitos
como o da Ucrânia.
💣 Grupo Wagner como
“exército secreto”
O Grupo Wagner é amplamente considerado uma ferramenta
informal de política externa russa, usada para:
- Apoiar
separatistas pró-Rússia no Donbas desde 2014
- Executar
operações militares na Síria, Líbia, Mali e República Centro-Africana
- Realizar
ações encobertas que o exército russo não pode assumir oficialmente
Durante a guerra na Ucrânia, Wagner teve papel central em
batalhas como Bakhmut e foi acusado de violações de direitos humanos e
crimes de guerra. A ligação entre Wagner e o Kremlin foi confirmada pelo
próprio Putin, que afirmou que o grupo era financiado pelo Estado russo.
🎭 Lavrov e o Grupo
Wagner
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, não
negou a existência do Grupo Wagner. Pelo contrário:
- Em
entrevistas, defendeu suas atividades na África, dizendo que foram
feitas a pedido de governos locais para combater o terrorismo
- Após
a rebelião de Wagner em junho de 2023, Lavrov afirmou que o grupo
poderia continuar operando se os países contratantes assim desejassem
As perguntas foram todas favoráveis a exprimir o apoio à
invasão da Ucrânia, tradicional política imperialista maquiavélica russa
disfarçada de “civilização oriental”, dos bons contra os maus da “civilização
ocidental”? Todos os que fizeram perguntas apoiaram o seu discurso ou houve
algum com perguntas polémicas e críticas ao seu discurso?
Em ambientes controlados ou com viés editorial, pode haver seleção
de perguntas que favorecem uma narrativa específica — inclusive apoiando
visões imperialistas ou civilizacionais como você mencionou… legitimidade da
invasão sob o pretexto de proteger "valores orientais"… retórica
civilizacional para justificar ações militares… crítica à chamada “civilização
ocidental” como um inimigo construído ideologicamente.
Um professor universitário chinês fez-lhe grandes elogios e
considerou a Rússia e China como os bons contra os maus e degenerados da
civilização ocidental?
Aplicação da ideologia “bons contra maus” na política
contemporânea
1. Mobilização do apoio interno
A narrativa de “nós bons” versus “eles maus” serve para
fortalecer o sentimento de unidade e lealdade ao governo.
- Demonização
do Ocidente
- Qualquer
crítica externa é retratada como ataque à identidade nacional.
- Sanções,
reportagens ou discursos de líderes ocidentais viram provas de
conspiração contra o país.
- Consolidação
de um “pacto social” autoritário
- O
regime ganha legitimidade ao se apresentar como protetor contra inimigos
externos.
- Discursos
oficiais repetem o mantra de que só o Estado atual pode garantir ordem,
tradição e soberania.
2. Ferramenta de política externa e alianças geopolíticas
O dualismo maniqueísta orienta decisões de grande impacto na
cena internacional.
- Criação
de “blocos alternativos”
- A
Rússia e a China lideram fóruns (BRICS, OCS, EAEU) que prometem
desenvolvimento e respeito mútuo em contraposição ao “unilateralismo
ocidental”.
- A
multipolaridade é vendida como antídoto contra o “domínio americano”.
- Diplomacia
de confrontação
- Em
vez de negociações discretas, prefere-se discursos públicos que
demonstrem firmeza contra “o bloco decadente”.
- Acordos
militares e econômicos são justificados como união de bons contra maus.
3. Controle do discurso através dos meios de comunicação
A ideologia é amplificada pela mídia estatal e redes de
desinformação.
- Narrativas
favoráveis ao poder
- Televisão,
rádio e portais governamentais dedicam-se a mostrar o Ocidente em colapso
moral e político.
- Grandes
operações de “storytelling” reforçam que só o “mundo russo-oriental”
preserva valores milenares.
- Desmoralização
de vozes dissidentes
- Críticos
internos recebem o rótulo de “quinta coluna” a serviço de potências
hostis.
- Jornalistas
independentes e ONGs são tachados de “infiltrados” ou “agentes
estrangeiros”.
4. Legislação e segurança nacional como reação a um
inimigo externo
Leis e práticas de segurança são justificadas pelo perigo
que o “Ocidente degenerado” supostamente representa.
- Leis
de “agentes estrangeiros”
- Ongs,
grupos de mídia e indivíduos que recebem qualquer financiamento de fora
são vistos com suspeita.
- Obrigações
de registro, multas e até fechamento de organizações aparecem como
medidas de proteção.
- Expansão
do aparato de vigilância
- Investimento
em tecnologia de monitoramento (internet, telefonia, câmeras) justificado
pelo combate à “subversão” e ao terrorismo ocidental.
- Censura
preventiva e bloqueio de sites com conteúdo considerado “anti-nacional”.
5. Exemplos práticos em curso
|
Domínio |
Mecanismo |
Exemplo concreto |
|
Discurso oficial |
Leituras Primakov, conferências anuais |
Falas de Lavrov que acusam o Ocidente de “sanções
genocidas” |
|
Alianças internacionais |
BRICS, Shanghai Cooperation Org. |
Novos acordos de cooperação militar e tecnológica com a
China |
|
Legislação interna |
Lei de agentes estrangeiros (2012, 2020) |
Registro obrigatório de ONGs; multa a veículos de mídia |
|
Mídia |
Programas de TV e portais estatais |
Documentários que mostram a União Europeia em
desintegração |
Agora que vimos como esse dualismo civilizacional molda
políticas internas e externas, podemos explorar:
- O
impacto concreto nas economias nacionais (ex.: desdolarização, acordos de
rublos/yuan).
- Como
outros atores do Sul Global replicam ou rejeitam essa narrativa.
- Estratégias
de comunicação alternativa para contrapor a propaganda “bem versus mal”.
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