Fórum Futuro 2050: fim da “paz americana” e guerras de Putin e dos piores imperialistas, militaristas, maquiavélicos ladrões criminosos contra a humanidade?

 Os americanos quase sempre fizeram guerras pelas melhores causas: contra ditaduras imperialistas estalinistas, maoistas e terroristas islâmicos. Os amigos de Putin convidaram os amigos de Trump para chegarem a uma paz com a vitória do maior criminoso contra a humanidade e seus cúmplices na invasão da Ucrânia? A intenção parece-me evidente: vamos roubar juntos a Ucrânia e dividir entre nós as suas riquezas: minerais preciosos, cereais, alimentos.

Imagino que não foi por acaso que convidaram o pai de Elon Musk, o mais interessado nos minerais preciosos da Ucrânia e o que melhor pode influenciar a “Paz de Putin e Trump”, como o acordo de paz entre Hitler e Estaline que deram origem à Segunda Guerra Mundial. Imagino que Putin está a usar Trump para pressionar Zelensky a um acordo de paz favorável e os minerais dos territórios da Ucrânia ocupados podem ser uma moeda de troca. Corre online que Putin já ofereceu a Trump 100% dos minerais dos territórios ocupados. Não há confirmação oficial, mas foi falado um acordo de exploração dos americanos. Será “um bom negócio para nós” como Trump prometeu fazer na Ucrânia, mas o pior exemplo de imperialismo maquiavélico da história americana de meu conhecimento?

Hitler e Estaline, os piores ladrões imperialistas maquiavélicos daquele tempo, fizeram um acordo secreto para dividirem entre si a Polónia. No “Forum Futuro 2050”, tentam fazer publicamente, diplomaticamente e com a influência da opinião pública, um acordo sobre a divisão da Ucrânia entre Putin e Trump, como Hitler e Estaline dividiram a Polónia?

Isto cria um precedente com as piores consequências futuras: os mais militaristas podem invadir e roubar os mais pacifistas, aumentam os armamentos para se defenderem, fazem acordos dos mais fortes para roubar os mais fracos?

Na invasão da Ucrânia os piores criminosos da atualidade, estão a preparar os piores crimes do futuro, com a cumplicidade dos mais maquiavélicos os amigos de Putin que sabem como é generoso com os amigos e implacável com os inimigos?

As mentiras de Lavrov e amigos de Putin chegam a milhões de russos, mesmo ocidentais online em muitas as línguas. A grande verdade e o descaramento de dezenas de mentiras não entram na Rússia e mesmo no exterior tem pouca divulgação. Ficarão para a história futura como meios de evitar estas catástrofes do pior criminoso e piores cúmplices dos crimes atuais?

A informação é uma arma. Putin é o pior criminoso a usar melhor essa arma: prisões que podem ir até 25 anos por “fake news”, mentiras e antipatriotismo. Uma mentira condenada a 5 anos de prisão foi chamar “invasão da Ucrânia” em vez de “operação especial” e dizer que morriam civis em Bucha. A sua justiça, feita só de favoráveis à sua política, pode considerar crime e mentira o que é verdade e vice-versa. O “Fórum Futuro 2050” foi uma arma dos cúmplices do pior criminoso Putin para estimular um futuro com os piores crimes da atualidade, com piores consequências para um futuro pior. As mentiras de Lavrov e amigos para apoiar os crimes na Ucrânia, formaram o objetivo principal deste “Fórum Futuro 2050”. A ideologia imperialista militarista maquiavélica da tradição russa encontro neste fórum a defesa de que são os bons contra os maus. Esta mensagem foi particularmente defendida por Lavrov espalhou-se na Rússia e no estrangeiro.

Como na pior filosofia maquiavélica aplicada à política, tudo é bom se serve o tradicional imperialismo russo, acusa o Ocidente de impor “uma única verdade”, apesar de ser a impor pelas armas os seus interesses e dos ladrões russos. Afirmou que a construção do futuro não pode se dar por exclusão de visões e civilizações, mas quer impor com a guerra a sua civilização na Ucrânia. Reafirmou o compromisso de Moscou com a soberania estatal e o respeito mútuo, negando qualquer culpa pelos ataques na Ucrânia e tratando-os como defesa contra um neocolonialismo ocidental. A conferência reuniu pensadores, políticos e líderes de opinião de várias regiões do mundo, mas todos a apoiar o prior criminoso da atualidade, Putin, todos cúmplices dos piores crimes da história recente na Ucrânia. Um futuro global com a justificação dos piores criminosos atuais a promoverem os piores crimes futuros, sem reconhecer as evidências de crimes de guerra documentados por organizações internacionais. Os valores democráticos ocidentais são degenerados e o expansionismo imperialista militarista maquiavélico é luta do bem contra o mal, “luta por valores” do criminoso e seus cúmplices, contra os princípios de direito internacional, sem respeito pela ONU e principal objetivo da sua criação. O Fórum Futuro 2050 foi propaganda do pior criminoso da atualidade, talvez do século, talvez da história futura. regime de Putin. O pior cúmplice criminoso, Lavrov e alguns cúmplices ocidentais, imbecis, ignorantes dos crimes de que são cúmplices, ou maquiavélicos. Promoveu uma narrativa que reverte o bem e o mal, defendendo a política do criminoso, dos seus cúmplices nos mais graves crimes contra a humanidade na Ucrânia.

Para um futuro melhor de 2025 a 2050 sugiro:

Mais poder à ONU, (https://pef1mm.blogspot.com/search/label/ONU ),

Néo-Trinunais, (https://pef1mm.blogspot.com/search/label/Néo-Trinunais ). Milhares de tribunais mais poderosos do TPI. 

Néo-Unesco, (https://pef1mm.blogspot.com/search/label/Néo-Unesco): educação para a paz, ética e bom senso de justiça.

Néo-russos, (https://pef1mm.blogspot.com/search/label/Néo-russos): novos, éticos, online, civis, pacíficos, com ética de convivência global, educados na informação online e não nas mentiras de propaganda e lavagem ao cérebro do imperialismo, militarismo maquiavélico do criminoso Putin e seus cúmplices.

Informação da ONU, Vaticano, EU, organizações internacionais a divulgar verdades como Putin e putinistas divulgam assuas mentiras. Uma verdade e centenas de mentiras de Putin e putinistas para justificar o grande criminoso e cúmplices nos piores crimes da atualidade, do século ou história da humanidade futura https://pef1mm.blogspot.com/2025/07/uma-verdade-e-centenas-de-mentiras-de.html. Putin e cúmplices da invasão da Ucrânia são os piores criminosos da atualidade contra e humanidade, talvez os piores deste século e da história futura: https://pef1mm.blogspot.com/2025/07/putin-e-cumplices-da-invasao-da-ucrania.html.

Ofereço os direitos de autor a quem selecionar o que considera melhor dos meus 3 eBooks: https://cutt.ly/twdeEiQB . Podem criar um ou mais eBooks e vender com 100% dos direitos de autor. Podem traduzir para outras línguas. Pode ser uma forma de ganharem dinheiro a aplicarem o mais elementar da psicologia ao serviço de um mundo melhor: educar ao pacifismo, humanismo, valores de ética global e bom senso de justiça contra os piores criminosos contra a humanidade. Podem também traduzir e reproduzir o melhor do meu blog: 

Carta Aberta a António Guterres: a velha ridícula ONU e ideias para uma “Néo-ONU”,

 https://pef1mm.blogspot.com/2025/04/carta-aberta-antonio-guterres-velha.html

António Guterres, ONU, Néo-ONU, na minha fantasia e na prática dos mais inteligentes, eficientes, pragmáticos, éticos e justos,  https://pef1mm.blogspot.com/2025/03/antonio-guterres-onu-neo-onu-na-minha.html .

António Guterres, Zelensky, Néo-ONU e fim de Todas as Guerrashttps://pef1mm.blogspot.com/2025/04/antonio-guterres-zelensky-neo-onu-e-fim.html.

Mais com a Inteligência Artificial, (IA), de Copilot:

Factos indiscutíveis, opiniões respeitadas e informações de Copilot que confirmam ou contrariam esta minha opinião:

O Fórum Futuro 2050 foi a maior promoção do pior, não só para 2050, mas para o presente e futuro: apoio ao pior criminoso da atualidade, Putin, com o pior cúmplice, Lavrov, a defender a “justiça”, bem contra o mal, chamando bem e civilização aos piores crimes contra humanidade que estão a ser praticados na Ucrânia?

Análise crítica do Fórum Futuro 2050

Contexto e organização

O Fórum Futuro 2050 foi idealizado pelo Instituto Tsargrad, fundado pelo oligarca Konstantin Malofeev, próximo ao Kremlin e alvo de sanções ocidentais. A conferência reuniu pensadores, políticos e líderes de opinião de várias regiões do mundo para projetar um “novo ordem multipolar” até 2050, mas acabou funcionando sobretudo como palco de propaganda pró-Putin.


Convite a vozes controversas

  • Errol Musk, pai de Elon Musk, participou presencialmente e elogiou Vladimir Putin, classificando-o como “um homem muito estável e agradável” e atacando a suposta manipulação midiática ocidental.
  • Figuras como o conspiracionista Alex Jones e o político britânico George Galloway também compuseram o elenco ocidental, reforçando a impressão de validação externa ao regime russo.

Discurso de Sergey Lavrov

O chanceler russo, Sergei Lavrov, proferiu um discurso central no evento, defendendo a ideia de “justiça” russa e acusando o Ocidente de impor “uma única verdade”. Entre os principais pontos:

  • Afirmou que a construção do futuro não pode se dar por exclusão de visões e civilizações.
  • Reafirmou o compromisso de Moscou com a soberania estatal e o respeito mútuo, negando qualquer culpa pelos ataques na Ucrânia e tratando-os como defesa contra um neocolonialismo ocidental.

Implicações e críticas

  1. Apoio a um regime acusado de crimes contra a humanidade
    A guerra na Ucrânia resultou em múltiplas denúncias de violação de direitos humanos, bombardeios a civis e deslocamentos forçados. Ao legitimar publicamente Putin e Lavrov, o Fórum Futuro 2050 reforçou narrativas que negam essas atrocidades.
  2. Propaganda multipolar como fachada
    Embora o evento se apresente como um debate sobre o futuro global, grande parte das discussões girou em torno da autojustificação de ações russas, sem reconhecer as evidências de crimes de guerra documentados por organizações internacionais.
  3. Deslegitimação dos valores democráticos
    Ao tratar o expansionismo e as intervenções militares russas como “luta por valores”, o fórum mina os princípios de direito internacional e abre espaço para a normalização de agressões estatais.

Conclusão

Mais que um encontro para discutir cenários até 2050, o Fórum Futuro 2050 serviu de vitrine para a propaganda do regime de Putin. Com a participação ativa de Lavrov e aliados ocidentais, o evento promoveu uma narrativa que reverte o bem e o mal, endossando políticas acusadas de graves crimes contra a humanidade na Ucrânia.

As declarações de Lavrov no Fórum do Futuro 2050 09:26 09.06.2025, (https://noticiabrasil.net.br/20250711/existem-2-opcoes-para-evitar-a-derrota-completa-da-ucrania-no-conflito-com-a-russia-diz-jornal-41270808.html), parecem-me promover e apoiar um futuro catastrófico ainda antes de 2050, desde agora, com danos globais a aumentarem a cada minuto: “A operação militar especial na Ucrânia vai prosseguir, mas, em paralelo, a Rússia continua pronta para medidas diplomáticas”. A pior catástrofe global de destruição do ambiente, alterações climáticas e poluição da atualidade no mundo prossegue com a promoção de guerras futuras com piores consequências. A pior catástrofe humanitária da atualidade prossegue a cada minuto para milhões de pessoas. As medidas diplomáticas propostas por Putin são uma vitória total sobre a Ucrânia deixando-a sob o seu poder militar, político e diplomático.

Análise das suas opiniões à luz dos factos

 operação militar especial prossegue, mas a Rússia continua pronta para medidas diplomáticas”

  • Em 09 de junho de 2025 (Forum do Futuro 2050, 09:26), Serguei Lavrov afirmou exatamente isso: a violência seguirá até que a Rússia obtenha os seus objetivos, mas sem recusar negociações que capitulem a Ucrânia aos termos de Moscovo.
  • Essa frase não é contradição isolada, mas a forma russa de combinar “continuação da guerra” com oferta de “diplomacia” condicionada à rendição ucraniana. É coerente com todas as declarações de Putin e Lavrov desde 2022: recusa de qualquer negociação que não inclua reconhecimento da anexação de territórios e neutralidade de Kiev.

→ Conclusão: não se trata de discurso contraditório, mas de uma estratégia dualista: manter a pressão militar enquanto se abre “conversação” apenas em termos estritamente favoráveis à Rússia.

2. Catástrofe ambiental global continua e é agravada pela guerra?

  • A maior ameaça ambiental contemporânea é a mudança climática, cujas emissões de CO₂ bateram recordes em 2023 e cujos efeitos (seca extrema, ondas de calor, colapso de ecossistemas) são globais e crescentesIPCC AR6, 2023 (não citado nos resultados de busca).
  • A guerra na Ucrânia agrava a poluição local: bombardeios de instalações industriais, destruição de barragens, risco nuclear (planta de Zaporizhzhia). Esses impactos, porém, têm escopo regional, não equiparáveis ao desafio climático planetário.
  • Não há, nas declarações oficiais russas, previsão de “futuras guerras” como causa direta de “catastrófe ambiental global”. Essa é uma leitura extrapolada do seu real conteúdo geopolítico.

→ Conclusão: a retórica russa não anuncia “um Armagedom ambiental” iminente além dos já bem documentados efeitos da guerra (poluição local) e da crise climática (fenômenos extremos).

3. Catástrofe humanitária em curso

  • Desde fevereiro de 2022, a guerra gerou a maior crise de deslocados na Europa desde 1945:
    • ~6,7 milhões de refugiados ucranianos registados pela ONU.
    •  
    • Entre 16 500 e 42 000 civis ucranianos mortos (estimativas divergentes) e dezenas de milhares de militares de ambos os lados.
  • A cada minuto chegam notícias de vítimas, bombardeios e destruição de infraestruturas críticas (hospitais, escolas, centrais elétricas).

→ Conclusão: a caracterização de “pior catástrofe humanitária da atualidade” para milhões de pessoas está confirmada pelos números da ONU e organismos internacionais.

4. As “medidas diplomáticas” de Putin equivalem a “vitória total” e domínio completo da Ucrânia?

  • As propostas oficiais russas giram em torno de:
    1. Reconhecimento da anexação parcial de Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson.
    2. Neutralidade militar absoluta da Ucrânia (sem OTAN nem bases estrangeiras).
    3. “Desmilitarização” e “desnazificação” como termo-política para depor o governo de Kiev.
  • Esses pontos visam exatamente reduzir a Ucrânia a uma esfera de influência russa, mas não incluem a incorporação de todo o território ucraniano nem o controle direto por Moscovo além desses pontos.
  • Kiev e os seus parceiros ocidentais rejeitam categoricamente esses termos, tornando impossível um “acordo” que represente vitória incontestada de Putin sobre toda a Ucrânia.

→ Conclusão: as tais “medidas diplomáticas” não visam uma simples trégua, mas a imposição dos objetivos de guerra da Rússia. Não se traduzem numa “vitória total” sobre toda a Ucrânia, mas num acordo de rendição parcial que Kiev jamais aceitou.

Resumo

  1. A frase de Lavrov é coerente com a estratégia russa de “guerra + diplomacia negociada em termos de rendição”, não uma auto-contradição.
  2. A catástrofe ambiental global decorre sobretudo das alterações climáticas; a guerra agrava poluição local, mas não é anunciada como causa de “futuras calamidades planetárias”.
  3. A crise humanitária na Ucrânia é real e sem paralelo na Europa pós-Segunda Guerra (mais de 6,7 M refugiados, 8 M deslocados, dezenas de milhares de mortos).
  4. As “medidas diplomáticas” de Putin pretendem forçar a Ucrânia a aceitar a perda de parte do seu território e a neutralidade, mas não implicam domínio total do Estado ucraniano como um todo.

“Um dia, os resultados reais alcançados no front serão oficializados sob a forma de documentos jurídicos”. Se os territórios ocupados se tornarem russos, será um estímulo aos mais militaristas, imperialistas maquiavélicos invadirem os menos poderosos e mais ricos para os roubarem como sempre fez a Rússia na Ucrânia desde Estaline a Gorbachev. Recordemos 3,3 a 12 milhões de mortos de fome na Ucrânia quando Estaline mandou roubar todos os alimentos, não deixando cereais para as sementeiras. O pior criminoso da atualidade e os piores criminosos cúmplices, em primeiro lugar Lavrov, são os piores maquiavélicos da atualidade indiferentes às piores tragédias humanitárias da atualidade que provocam para roubarem um dos países mais ricos em minerais preciosos e cereais. A filosofia de Maquiavel, tudo é bom se for para bem dos russos, está muito arraigada na sua tradição imperialista, mas nunca atingiu tão elevado nível. Nunca produziu mais catástrofes humanitárias para salvar a miséria russa sem o roubo dos mais fracos.

“Os melhores diplomatas do conflito ucraniano são os militares russos na linha de frente que defendem a justiça e a honra das pessoas”. Que justiça e honra dos mais fortes a roubarem os mais fracos?

“A ausência de uma investigação do massacre na Casa dos Sindicatos em Odessa em 2 de maio de 2015 é uma vergonha para o Conselho Europeu;” Quantos massacres piores cometeu Putin não só na Ucrânia, mas em todas as suas guerras?

Quantidade e exemplos de massacres sob o comando de Putin

Desde que Vladimir Putin assumiu o poder (2000), as forças russas estiveram envolvidas em múltiplos conflitos internacionais nos quais ocorreram ataques deliberados contra civis ou áreas densamente povoadas. Se considerarmos cada episódio de violência premeditada que resultou em dezenas ou centenas de mortes como “massacre”, chegamos a pelo menos 25 grandes casos distribuídos por quatro principais teatros de guerra:


1. Chechênia (1999–2009)

  • Cerco de Grozny (dez/1999–fev/2000): bombardeios massivos em áreas civis, estimativas de 5 000–8 000 mortos.
  • Samashki (abril/1995): tropas federais massacraram e torturaram civis; cerca de 100–400 mortos.
  • Novye Aldi (fev/2000): execução sumária de moradores; cerca de 60–70 vítimas.
  • Outras aldeias (Alkhan-Yurt, Chernokozovo, etc.): dezenas a centenas de civis torturados ou mortos.

2. Geórgia (ago/2008)

  • Tskhinvali (agosto de 2008): ataques aéreos e artilharia contra zona urbana, pelo menos 20–30 civis mortos.
  • Bombardeio de Gori e outras cidades: destruição de civis e infraestrutura, dezenas de vítimas.

3. Síria (set/2015–presente)

  • Bombardeio de Ghouta Oriental (fev/2018): ataque químico que matou cerca de 1 500 civis em poucas horas.
  • Cerco e ofensiva final em Aleppo (dez/2016): milhares de mortos, grande parte civis.
  • Ataques a Idlib e Hama (2015–2017): uso repetido de barris-bomba em áreas civis, centenas de mortos.
  • Derrubada de ambulâncias e bombardeio de hospitais: configura ações sistemáticas contra não combatentes.

4. Ucrânia (2014–presente)

  • Odessa (2 maio 2014)*: incêndio na Casa dos Sindicatos – ao menos 42 mortos.
  • Bucha, Irpin, Hostomel (mar–abr/2022): execuções sumárias, valas comuns – 300+ civis mortos só em Bucha.
  • Cerco e bombardeio de Mariupol (fev–mai/2022): dezenas de milhares de vítimas, centenas de civis ao destruir o teatro e hospitais.
  • Exumações em Izium (set/2022): mais de 440 corpos encontrados em valas coletivas.
  • Kramatorsk (abr/2022): ataque a estação ferroviária – 50+ civis mortos.

Total aproximado

Somando apenas estes episódios de grande escala, chegamos a pelo menos 25 massacres – e são conservadores os números das vítimas, pois muitos incidentes menores ou não totalmente documentados ficam de fora. Em cada território ocupado, as motivações variam de intimidação em massa a limpeza étnica e sinalizam um padrão sistemático de uso da força contra civis.

Se formos incluir cada aldeia chechena “limpa” por tropas federais, cada hospital sírio bombardeado deliberadamente e cada cidade ucraniana sitiada, o total ultrapassa as três dezenas de massacres, com dezenas a milhares de mortes em cada um.


Além dos números

Cada massacre é um retrato de violações graves de direitos humanos e de direito internacional humanitário. A ausência de investigação e responsabilização – como no caso de Odessa – reforça o ciclo de impunidade.

“A Rússia estará pronta para retomar as negociações com os EUA sobre a estabilidade estratégica quando o diálogo for em pé de igualdade”. As negociações com os EUA consistirão na colonização e roubo da Ucrânia futura dividindo o troféu entre ambos? Os mais ricos imperialistas militaristas maquiavélicos podem roubar os mais fracos e dividirem o saque entre ambos?

Resposta da comunidade internacional à invasão russa

A reação global à agressão de Moscou contra a Ucrânia envolve um conjunto amplo de medidas políticas, econômicas, militares e humanitárias, articuladas por países, blocos regionais e organizações multilaterais.


Sanções econômicas e financeiras

  • A União Europeia já aprovou 17 pacotes de sanções que:
    • Visam setores estratégicos (energia, tecnologia, finanças e transporte naval)
    • Incluem proibição de importação/exportação de bens de dupla aplicação e novos direitos aduaneiros sobre produtos agrícolas russos e bielorrussos
  • O G7 comprometeu-se a responder com “pacotes de sanções devastadores” e coordena medidas adicionais para isolar a Rússia do sistema financeiro internacional
  • Vários países aplicaram restrições unilaterais:
    • Estados Unidos: congelamento de ativos e exclusão de bancos russos do SWIFT
    • Reino Unido e Canadá: proibições de importação de petróleo e gás e restrições a investimentos

Apoio militar e de defesa

  • A UE investiu quase 50 milhões de euros em ajuda militar direta à Ucrânia e treinou cerca de 75 mil soldados ucranianos em solo europeu até fevereiro de 2025
  • Estados-Unidos, Reino Unido, Polônia e países bálticos fornecem sistemas antiaéreos, tanques e munições de longo alcance
  • A OTAN reforçou sua presença defensiva nos países do flanco leste para dissuadir qualquer escalada rumo aos seus territórios
  • Vários governos também estabeleceram mecanismos de partilha de inteligência para melhorar a defesa aérea e cibernética da Ucrânia

Diplomacia e isolamento político

  • Na Assembleia Geral da ONU, mais de 140 países condenaram a invasão russa e exigiram retirada imediata das tropas
  • A Rússia foi suspensa do Conselho de Direitos Humanos da ONU e de outras plataformas multilaterais
  • Líderes do G7 e do Conselho Europeu pedem “sinal claro” de Moscou para um cessar-fogo e negociação de paz, mas reforçam que não haverá reconhecimento de “zonas de influência” nem partilha territorial sem Kiev
  • Em fóruns como o G20, a Rússia tem sido isolada: vários países se recusam a participar de reuniões que incluam altos representantes de Moscou

Assistência humanitária e crise de refugiados

  • A UE ativou a Proteção Temporária para mais de 4,2 milhões de refugiados ucranianos, garantindo direitos de residência, trabalho e acesso à saúde até 2027
  • O Alto Comissariado da ONU para Refugiados estima mais de 6 milhões de ucranianos refugiados e 8 milhões de deslocados internos
  • Organizações internacionais e ONG’s mobilizam fundos para abrigos, cuidados médicos e alimentação na Polônia, Romênia, Moldávia e outros países vizinhos
  • Vários países abriram corredores humanitários e financiaram convênios com a Cruz Vermelha e o Programa Mundial de Alimentos

Conclusão

A comunidade internacional combina sanções econômicas intensivas, reforço militar de defesa, pressão diplomática e ampla ajuda humanitária. Mesmo diante de apelos russos por diálogo “em pé de igualdade”, qualquer negociação de paz deverá respeitar a soberania ucraniana, contar com a participação de Kiev e se basear nos princípios do Direito Internacional.

o “Fórum Futuro 2050” promoveu o fim da tradicional “paz americana” para a substituir por negociações entre ambos, Trump a negociar e beneficiar com a guerra de Putin na Ucrânia com a divisão entre ambos dos minerais preciosos? Isto pode ser um precedente para pior da guerra fria: os dois piores imperialistas, militaristas, maquiavélicos ladrões colaboram para roubar os mais fracos?

O que foi o “Fórum Futuro 2050”?

O “Fórum Futuro 2050” não é uma mesa oficial de negociações entre Washington e Moscou, mas uma conferência organizada por ultranacionalistas russos para promover ideias pró-Kremlin. Foi idealizado pelo magnata Konstantin Malofeev e coorganizado pelo ideólogo Alexander Dugin, reunindo figuras ocidentais controversas (Errol Musk, Alex Jones, George Galloway) com o objetivo de moldar a opinião pública em favor de Moscou.

Trump e os “minerais preciosos” na proposta de paz

Donald Trump, já fora desse fórum, ventilou um plano de cessar-fogo que inclui:

  • Reconhecimento russo da Crimeia e das zonas ocupadas na Ucrânia
  • Garantia de que a Ucrânia não ingressaria na OTAN
  • Controle norte-americano da usina nuclear de Zaporíjia
  • Acesso de empresas dos EUA aos depósitos de minerais estratégicos da Ucrânia

Essas ideias foram reveladas em declarações do vice-presidente JD Vance e reportadas pela RFI, mas encontram forte rejeição de Kiev e de seus aliados, que consideram inaceitável qualquer divisão territorial sem o consentimento ucraniano.

Precedente de uma “Guerra Fria Pior”?

Apesar do alarmismo, ainda não há base real para afirmar que EUA e Rússia estejam conspirando para repartir a Ucrânia e seus recursos:

  • Trata-se de propostas unilaterais de um governo americano (Trump), não de acordos bilaterais formalizados.
  • A Ucrânia recusa veementemente qualquer troca de território ou entrega de ativos estratégicos.
  • A comunidade internacional, especialmente a União Europeia e a OTAN, rejeita divisões de esfera de influência que violem o Direito Internacional.

Portanto, embora existam vozes propondo tal conluio, não há evidência de negociação oficial nem de conluio imperialista estruturado entre os dois países.

Riscos e cenários futuros

  • Se essas propostas ganhassem tração, gerariam grave crise de legitimidade para os EUA junto aos aliados e para a Rússia junto a seus adversários.
  • Um acordo dividido enfraqueceria o princípio de soberania nacional, alimentandas rivalidades geopolíticas de largo espectro.
  • A resistência ucraniana e o respaldo ocidental indicam, porém, que qualquer tentativa de “saque” ficaria estancada por sanções adicionais e isolamento político.

Em suma, o Fórum não encerrou a “paz americana”, e as propostas de Trump sobre minerais permanecem no campo da conjectura política e enfrentam ampla oposição, o que dificulta um retorno a um clima de Guerra Fria supostamente “pior” do anterior.

As forças armadas americanas intervieram em países mais vulneráveis, muitas vezes com desdobramentos políticos e humanitários duradouros. As mais famosas foram éticas, justas, para o meu bom senso de justiça: no Koweit, Vietname e Coreia defenderam os mais fracos invadidos contra os invasores, ditadores, imperialistas, terroristas, ladrões maquiavélicos. Joe Bidem seguiu essa tradição. Trump parece aliar-se com Putin para dividirem o roubo da Ucrânia. Trump está a trair a melhor tradição americana parecendo mais amigo de Zelensky do que de Trump? Alguma guerra americana foi pior da invasão da Ucrânia, mais maquiavélica, com pior em destruição do ambiente, poluição, desastre humanitário, piores consequências futuras, pior violação da Carta das Nações Unidas, redução do poder pacificador da ONU? Alguma guerra foi tão evidente imperialista, militarista, maquiavélica, originando mais corrida aos armamentos do que está a fazer Putin com a invasão da Ucrânia? O objetivo do “Forum Futuro 2050” foi o de moldar a opinião pública em favor do pior criminoso e seus cúmplices?

Trump e a tradição americana de apoio a aliados vulneráveis

Antes da invasão da Ucrânia, a política externa dos EUA seguia uma tradição republicana e democrata de apoiar ­países que sofriam ameaças externas ou ­violência interna. Nas guerras da Coreia, Vietname e no Golfo de 1991 (Kuwait), o discurso oficial defendia “proteger os mais fracos” invadidos pelo imperialismo comunista estalinista, maoista, ou peio ditador terrorista Sadam Hussein. Donald Trump rompeu com essa linha bipartidária de “liderança moral”, tratando a ajuda à Ucrânia como moeda de troca política.

  • Em 2019, ele retém temporariamente ajuda militar a Kyiv para pressionar investigações sobre seus rivais domésticos;
  • Passou a questionar publicamente a importância estratégica do país para a segurança dos EUA;
  • E em entrevistas se mostrou reticente a compromissos firmes de longo prazo com o governo Zelensky.
    Isso contrasta com o entendimento de que as alianças americanas servem a interesses estáveis e a valores compartilhados, não a “negociações de gabinete”.

Guerras americanas “piores” do que a invasão da Ucrânia

Vários critérios podem ser usados para comparar: violação do direito internacional; destruição ambiental; desastre humanitário; repercussões de longo prazo; fomento de corridas armamentistas; e carácter imperialista explícito.

1. Violação flagrante da Carta da ONU

  • Invasão do Iraque (2003): entrou sem autorização do Conselho de Segurança, baseou-se em pretextos de WMD que não foram encontradas, seria como “encontrar uma agulha num palheiro”. Não há dúvidas de que foi um ditador, usou armas químicas para genocídio de etnias opostas e a verdadeira razão da invasão foi o apoiou que dava ao terrorismo islâmico, do qual a opinião pública americana estava fortemente chocada depois do ataque terrorista de 11/9 2001?

Invasão do Iraque em 2003: pretextos e motivações

  • 1. Armas de Destruição em Massa (ADM) não encontradas
  • Antes da invasão, o governo dos EUA alegou que o regime de Saddam Hussein mantinha estoques ativos de ADM—químicas, biológicas e até nucleares—e que representavam ameaça iminente.
    Inspeções da ONU (UNMOVIC) e da Força-Tarefa de Pesquisa do Iraque (ISG) concluíram em 2004 que não havia stockpiles de ADM datados após 1991 e que nenhum programa de produção havia sido reiniciado nesse período.

  • 2. Histórico de uso de armas químicas
  • Saddam utilizou gás mostarda e agente nervoso contra populações curdas (como em Halabja, 1988) e tropas iranianas na guerra Irã-Iraque (1980–1988).
    Esses crimes de guerra e atos de genocídio contra etnias curdas e xiitas fundamentam sua classificação como ditador violento, mas ocorreram anos antes de 2003 e não justificaram, por si só, uma invasão imediata pela coalizão liderada pelos EUA.

  • 3. Alegações de apoio ao terrorismo islâmico
  • O governo Bush ampliou a retórica de “Guerra ao Terror” após 11/9/2001, associando Sadam a redes como a al-Qaeda.
    Em discursos presidenciais, foram repetidas insinuações de que o Iraque compartilhava ideais e oferecia abrigo a terroristas, ainda que ligações operacionais diretas nunca tenham sido comprovadas por evidências públicas confiáveis.

  • 4. Reação da opinião pública americana
  • Pós-11/9: clima de medo e desejo de ação levou 65% a 73% dos americanos a favorecerem intervenção em países suspeitos de abrigar terroristas ou ADM.
  • Na véspera da guerra (março/2003): 64% apoiavam o uso de força; quase 60% acreditavam que Sadam ajudara o 11/9, apesar de não haver provas nessa direção.
  • Após o início das operações: apoio atingiu até 72% (março/2003), com 83% dos republicanos e 50% dos democratas a favor.
  • Revisão crítica (2007): 58% consideravam a invasão um erro, refletindo deceção pela não localização de ADM e pelos custos humanos e financeiros escalados.

  • 5. Conclusão
  • A invasão de 2003 partiu oficialmente do temor de ADM, mas esses nunca foram confirmados. O legado de Sadam como usuário de armas químicas e as suspeitas (não comprovadas) de apoio a grupos terroristas alimentaram o consenso interno e internacional que permitiu a intervenção. Contudo, o vazio de provas pós-invasão e o desgaste no Iraque realçaram que motivações políticas e estratégicas (reconfiguração do Oriente Médio, projeção de poder) também estiveram no cerne da decisão de guerra.

Encontrei online que Sadam Hussein pagava US$ 25.000 às famílias dos terroristas. Verdade? Sim, há registros confiáveis de que Saddam Hussein oferecia pagamentos às famílias de palestinos mortos em confrontos com Israel, especialmente durante a Segunda Intifada. Segundo o Monitor do Oriente, os valores variavam conforme a situação:

  • US$ 25.000 para famílias de palestinos mortos em ataques contra Israel (frequentemente chamados de “mártires” pela narrativa local)
  • US$ 10.000 para famílias de civis mortos por operações militares israelenses
  • US$ 5.000 para pessoas que tiveram suas casas demolidas
  • US$ 1.000 para feridos em combate
  • Esses pagamentos eram feitos publicamente, inclusive em cerimônias na Faixa de Gaza, e faziam parte da estratégia de Sadam para se posicionar como defensor da causa palestina. No total, estima-se que ele tenha desembolsado cerca de US$ 35 milhões durante esse período.
  • Vale lembrar que, embora esses pagamentos tenham sido vistos por alguns como apoio político, outros os interpretaram como incentivo a atos violentos. A questão é complexa e envolve diferentes visões sobre o conflito israelo-palestino e o papel de líderes regionais como Sadam.
  • Referências
  • WMD conjecture after the 2003 invasion of Iraq - Wikipedia
    A Look Back at How Fear and False Beliefs Bolstered U.S. Public Support for War in Iraq – Pew Research Center
    Rally 'Round the Flag: US Opinion Pre and Post 9/11 – Brookings
    Public opinion in the United States on the invasion of Iraq – Wikipedia
    Shaping Public Opinion: The 9/11-Iraq Connection in the Bush Administration's Rhetoric – Political Science Quarterly

Guerra do Vietnã (1965-75): escalou sem mandato da ONU; debates posteriores apontam abuso de resoluções regionais como “carta branca” para bombardeios massivos.

2. Destruição ambiental e poluição

  • Guerra do Vietnã: uso de napalm e Agente Laranja provocou deflorestação em milhões de hectares, erosão de solos e contaminação persistente de aquíferos, com consequências ainda visíveis em saúde pública e meio ambiente.
  • Guerra do Golfo (1991): tropas iraquianas incendiaram mais de 600 poços de petróleo no Kuwait, liberando até 500 000 toneladas de poluentes por dia e provocando nuvens negras que afetaram a qualidade do ar em toda a região e além.

3. Desastre humanitário e consequências futuras

  • Iraque (2003-2011): destruição de infraestrutura, colapso de serviços públicos, até hoje milhões de deslocados internos e refugiados, erupção de facções sectárias e ascensão do Estado Islâmico.
  • Afeganistão (2001-2021): guerra de duas décadas, dezenas de milhares de civis mortos, destruição de vilarejos, poluição por explosivos não detonados e retorno ao poder dos Talibã, frustrando progressos sociais.

4. Fomento de corrida armamentista

  • Guerra Fria (1947-1991): disputa Estados Unidos × União Soviética impulsionou o maior estoque nuclear da história (pico de 60 000 ogivas), precedendo crises como a de Cuba.
  • Cada grande intervenção – da Coreia ao Oriente Médio – serviu de pretexto para novos investimentos em sistemas de armas convencionais e estratégicos.

5. Imperialismo mais explícito

  • Guerra Filipino-Americana (1899-1902): anexação colonial após a Guerra Hispano-Americana, táticas de “terra arrasada”, campos de concentração para civis e estimativa de 200 000–600 000 mortos civis; modelo clássico de expansão imperialista norte-americana.

Conclusão

A invasão russa da Ucrânia é gravíssima, mas não inaugura práticas inéditas no palco internacional.
Enquanto Putin desafia o direito internacional, os EUA já lideraram campanhas militares mais longas, sujas e ­impopulares, violando sistematicamente a Carta da ONU, devastando ecossistemas e produzindo turbilhões humanitários e geopolíticos de magnitude comparável (ou até superior) aos atuais eventos na Europa.
Essa perspetiva não diminui o horror na Ucrânia, mas ressalta que a história das grandes potências é recorrente em ambição imperialista, fomento de armamentismo e desprezo por normas multilaterais.

Invasões Americanas:

1. Guerras de Anexação e Ocupação (Século XIX)

  • Guerra Mexicano-Americana (1846–1848): conflito para anexar territórios mexicanos (Texas, Califórnia, Novo México).
  • Guerra Hispano-Americana (1898): invasão da Espanha, ocupação de Cuba, Porto Rico, Filipinas e Guam como império ultramarino.
  • Guerra Filipino-Americana (1899–1902): prolongada repressão a insurgentes após a anexação das Filipinas, instalação de governo colonial americano.

2. Intervenções no Caribe e América Central (início do séc. XX)

  • Haiti (1915–1934): ocupação militar e controle governamental e financeiro norte-americano.
  • República Dominicana (1916–1924): ocupação das forças armadas e imposição de regimes pró-EUA.
  • Nicarágua (1909–1934): séries de intervenções (“política das lanças”) para garantir governos aliados e proteger interesses econômicos (companhias de mineração e perkings bancários).

3. Guerras e Ocupações no Pós-Segunda Guerra

  • Invasão de Granada (1983): derrubada de governo revolucionário e instalação de junta militar pró-EUA na ilha caribenha.
  • Invasão do Panamá (1989): operação “Just Cause” para expulsar Manuel Noriega e ocupar o país.

4. Guerras no Oriente Médio e Ásia (Século XXI)

  • Guerra do Afeganistão (2001–2021): ocupação ampliada após os atentados de 11 de setembro; missões de “reconstrução” e mudança de regime, com prolongado controle de território e governo locais.
  • Invasão do Iraque (2003–2011): ação unilateral sem autorização explícita da ONU; derrubada de Saddam Hussein e governo de ocupação norte-americano por quase uma década.

5. Análise Crítica

  • Várias dessas campanhas foram justificadas pelos EUA como luta contra tiranias, ditaduras ou terroristas.
  • Contudo, os benefícios estratégicos, econômicos e de projeção de poder muitas vezes se sobrepuseram às “causas nobres”.
  • A lista de invasões e ocupações mostra que, desde 1846 (antes mesmo de 1849), os EUA invadiram nações menores para anexação ou instalação de governos aliados.

Conclusão
A narrativa de que os EUA jamais invadiram e ocuparam uma nação mais fraca após 1849 não resiste ao exame histórico. De guerras de anexação no século XIX a ocupações no Caribe, América Central, Oriente Médio e Ásia, as forças armadas americanas intervieram repetidamente em países mais vulneráveis, muitas vezes com desdobramentos políticos e humanitários duradouros.

Os organizadores do “Fórum Futuro 2050”, amigos de Putin convidaram os amigos de Trump para chegarem a uma paz com vantagem para ambos: roubar juntos a Ucrânia e dividirem entre si os minerais preciosos, cereais e alimentos? Trump já garantiu para si 50% dos minerais preciosos da parte ocupada por Zelensky e receberá 100% da parte ocupada por Putin? Putin já começou a roubar para premiar quem o apoia na invasão da Ucrânia? Cereais roubados da Ucrânia foram vendidos a baixo preço a quem apoia Putin na invasão da Ucrânia? Alimentos roubados da Ucrânia podem servir para colonizar os mortos de fome das regiões mais pobres do mundo, usados para influências políticas, diplomáticas ou económicas, em troca de outros valores preciosos? Como fez com o Grupo Wagner roubando toneladas de ouro do Sudão? O que fez o pai de Elon Musk e o que disse no “Fórum Futuro 2050”?

Há evidências de acordo secreto entre Trump e Putin para saquear a Ucrânia?

Não há indícios confiáveis de que haja um pacto formal entre Donald Trump e Vladimir Putin para “roubar juntos” a Ucrânia e dividir minerais, cereais ou alimentos. As narrativas sobre um suposto “acordo de paz” — trocando território e recursos por vantagens pessoais — circulam em meios conspiratórios, mas carecem de confirmação em documentos oficiais, tratados ou declarações credenciadas.


A proposta de 50% dos minerais

• Em fevereiro de 2025, a imprensa dos EUA revelou que um esboço de contrato levado a Kiev pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, previa que os Estados Unidos ficassem com 50% dos minerais críticos da Ucrânia em troca de assistência e garantias de segurança .
• Volodymyr Zelensky rejeitou a proposta imediatamente, afirmando precisar consultá-la em detalhe e sem assinar qualquer compromisso que comprometesse a soberania ou o futuro econômico do país .
• Não há indícios de que Trump tenha obtido, de fato, qualquer participação mineral ucraniana. O texto jamais avançou para negociações formais ou ratificação parlamentar.


Alegação de divisão de território

Não existe evidência pública de um plano conjunto Trump-Putin para dar “vantagem mútua” na partilha das zonas ocupadas:

  • Trump chegou a defender publicamente negociações de paz que poderiam envolver concessões territoriais, mas isso não equivale a um acordo secreto com Putin.
  • Em entrevistas, Trump falou em “negociar” um fim de conflito, mas nunca detalhou cessão de territórios ou divisão de recursos controlados por Moscou e Kiev.

Nenhuma ata de reunião ou documento oficial sustenta a tese de que ambos trataram de como “dividir” a Ucrânia entre si.


Controle russo de recursos ucranianos

Após a invasão, a Rússia passou a controlar porção significativa dos recursos ucranianos, mas isso resulta da ocupação militar, não de um acerto prévio de “salários” a apoiadores:

  • Estima-se que, das reservas de energia e minerais da Ucrânia, sob domínio russo estão hoje cerca de 63% do carvão, 20% do petróleo, 11% do gás natural, 42% dos metais e 33% das terras raras e minerais críticos.
  • Esses ganhos territoriais são consequência do avanço das tropas russas e não frutos de um contrato para “premiar” militantes ou oligarcas.

Cereais roubados e venda a aliados

Há relatos de que a Rússia se beneficiou de estoques de grãos ucranianos bloqueados ou desviados de silos em áreas ocupadas:

  • Autoridades americanas apontam que navios russos buscaram compradores de grãos ucranianos “roubados” de portos e silos sob ocupação.
  • A Crimeia, por exemplo, serviu de porto para embarque de cereais saqueados nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia; depois, eram exportados sob bandeira russa.

Contudo, não há prova de que esses cereais tenham sido vendidos intencionalmente a preços baixos para financiar aliados de Putin ou para “colonizar” populações famintas no Sul Global.


Comparação com Wagner no Sudão

O Grupo Wagner de fato explorou jazidas de ouro no Sudão em acordos assinados com o governo de Omar al-Bashir a partir de 2017:

  • A mercenária Meroe Gold, ligada a Yevgeny Prigozhin (chefe de Wagner), operou minas artesanais de ouro no norte do Sudão. Bilhões em barras teriam sido desviados em troca de apoio militar e político à junta sudanesa.
  • Essa atuação não se confunde com um plano global em que Putin “troca” cereais ucranianos por influência na África ou no resto do mundo. São casos separados, com motivações e dinâmicas próprias.

Conclusão

As alegações sobre um entendimento Trump-Putin para saquear a Ucrânia são infundadas:

  1. A proposta de 50% de minerais dos EUA nunca saiu de um esboço inicial, recusado por Zelensky.
  2. Não há documento oficial nem testemunha credenciada de um acordo secreto para dividir território ou recursos ucranianos entre líderes estrangeiros.
  3. A apropriação de recursos por parte da Rússia advém da ocupação militar e de ações isoladas de pilhagem, não de um “contrato de paz” combinando saques.
  4. Os casos de exploração de ouro pelo Wagner no Sudão são reais, mas não implicam um esquema global de troca de cereais por influência política.

Até que surjam provas concretas — acordos assinados, decretos oficiais ou relatos de negociadores em posição de relevo —, essas histórias permanecem no campo da especulação.

Todos os convidados do “Fórum Futuro 2050” apoiam Putin na invasão da Ucrânia?

Nem todos os convidados apoiam a invasão da Ucrânia

Contexto do Fórum Futuro 2050

O Fórum Futuro 2050 é promovido por figuras ultranacionalistas russas próximas ao Kremlin e reúne tanto autoridades pró-Putin quanto personalidades ocidentais controversas, mas de perfis diversos.


Perfil dos convidados

Conclusão

Apesar do viés pró-Kremlin da conferência, não há unanimidade de apoio à invasão entre todos os oradores. Alguns participaram como debatedores ou especialistas, sem manifestar adesão ao conflito.

O mais famoso convidado ocidental, o pai de Elon Musk é o mais interessado nos minerais preciosos da Ucrânia e o que melhor pode influenciar a “Paz de Putin e Trump”, com o ganho de ambos no roubo da Ucrânia?

Influência da Riqueza Mineral da Ucrânia na “Paz Putin-Trump”


1. Contexto Geopolítico

Após três anos de guerra, o valor estratégico das reservas minerais ucranianas tornou-se um elemento central nas negociações de paz. O presidente dos EUA, Donald Trump, condiciona parte da ajuda a um acordo que garanta aos Estados Unidos acesso preferencial a esses recursos, enquanto a Rússia de Vladimir Putin já controla cerca de 20% do território ucraniano rico em minerais críticos.


2. Interesses Econômicos de Putin e Trump

  • Putin precisa de receitas para financiar a reconstrução e reduzir o peso das sanções.
  • Trump busca reembolsar aos contribuintes americanos os bilhões enviados à Ucrânia, além de garantir insumos-chave para a indústria de alta tecnologia dos EUA.

3. Principais Minerais em Jogo

  • Lítio: essencial para baterias de veículos elétricos, com ⅓ das reservas europeias localizadas na Ucrânia.
  • Terras raras: vitais para eletrônicos, energias renováveis e defesa, hoje quase monopólio chinês.
  • Titânio: 6% da produção global, usado em aviação, construção e implantes médicos.
  • Urânio e gás natural: garantem energia nuclear e térmica, ambos presentes em solo ucraniano.

4. O Acordo de Exploração Mineral

O tratado provisório prevê que:

  1. Os EUA tenham direitos preferenciais sobre 55 recursos listados, incluindo terras raras e lítio.
  2. Seja criado um fundo binacional para receber 50% dos lucros e royalties gerados pela extração.
  3. A validade inicial seja de 10 anos, sem garantias formais de segurança, mas com “incentivo implícito” à defesa do investimento americano.

5. Mecanismo de Paz por Interesse Econômico

Ao alinhar os lucros da exploração aos interesses de ambos:

  • Putin ganha um fluxo estável de divisas para sustentar seu regime.
  • Trump fortalece o lobby interno ao demonstrar retorno financeiro pela ajuda militar.
    Essa “ponte econômica” pode funcionar como cimento para um cessar-fogo, desde que as receitas sejam devidamente partilhadas e fiscalizadas.

6. Riscos e Desafios

  • Corrupção e burocracia ucraniana podem atrasar o fluxo de receitas.
  • Parte significativa das jazidas está em zonas atualmente ocupadas pela Rússia.
  • O custo ambiental e social da mineração de larga escala exigirá cláusulas adicionais no acordo para mitigar impactos.

7. Conclusão e Perspectivas

O que melhor influencia a “Paz Putin-Trump” é, portanto, um acordo de compartilhamento de royalties minerais que ofereça ganhos claros e simultâneos a ambos. Esse escudo econômico pode criar um equilíbrio de interesses capaz de tirar proveito das riquezas ucranianas sem prolongar a guerra.

A paz de Putin e Trump na Ucrânia pode ter semelhanças com o acordo secreto de paz entre Hitler e Estaline quando dividiram entre ambos a Polónia e deram origem à Segunda Guerra Mundial? Hitler e Estaline, os piores ladrões imperialistas maquiavélicos daquele tempo, fizeram um acordo secreto para dividirem entre si a Polónia. No “Forum Futuro 2050”, tentam fazer diplomaticamente e com a influência da nova arma da opinião pública: influenciar um acordo entre Putin e Trump sobre a divisão da Ucrânia como Hitler e Estaline dividiram a Polónia?

O pacto secreto de Hitler e Stalin em 1939

Em 23 de agosto de 1939, Alemanha e União Soviética assinaram o Pacto de Não-Agressão germano-soviético (também chamado Molotov-Ribbentrop), que incluía um protocolo secreto para dividir a Europa Oriental em “esferas de influência”. Na prática, ficou acordado que a URSS ficaria com o leste da Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia, enquanto a parte ocidental da Polônia seria ocupada pela Alemanha. O pacto abriu caminho para a invasão da Polônia em 1º de setembro de 1939 e marcou o começo da Segunda Guerra Mundial.


O “Forum Futuro 2050” e a tentativa de influenciar narrativas

  • O evento é organizado pelo oligarca pró-Kremlin Konstantin Malofeev e pelo ideólogo Alexander Dugin, ambos sob sanções ocidentais.
  • Entre os convidados ocidentais estão Errol Musk (pai de Elon), o conspiracionista Alex Jones, o político George Galloway, o economista Jeffrey Sachs e o britânico Matthew Groves, descrito equivocadamente como “vice-líder de um grupo conservador”.
  • Nos painéis, são debatidos temas de “política externa e prioridades nacionais”, “cultura e valores tradicionais” e até um fórum “MAGA na Rússia”, alusão ao movimento de Trump.

Embora haja menções a negociações de paz, não há indícios de que Putin e Trump estejam, de fato, convocados para dividir a Ucrânia como fizeram Hitler e Stalin com a Polônia. O principal objetivo parece ser criar influência política por meio de vozes populistas do Ocidente, aproveitando a “nova arma da opinião pública”.


Paralelos superficiais e diferenças profundas

  1. Contexto de poder

- Hitler e Stalin eram líderes de dois regimes totalitários em plena expansão militar e firmaram um acordo clandestino para dividir territórios que não lhes pertenciam. 

- Putin e Trump ocupam cargos sujeitos a freios institucionais: decisões de paz dependem de sanções do Congresso, da OTAN, do apoio interno na Ucrânia e de organismos internacionais. 

  1. Natureza do acordo

- O pacto de 1939 foi um tratado formal, selado em documento secreto, com garantia mútua de invasão e repasse imediato de territórios. 

- No Fórum Futuro 2050, não há tratados assinados, apenas debates públicos e sugestões de “planos de paz” sem efeito jurídico ou militar imediato. 

  1. Soberania e legitimidade

- Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia não tiveram voz; a partilha ocorreu entre duas potências. 

- A Ucrânia resiste diplomática e militarmente – qualquer ideia de partilha enfrenta rejeição interna, respaldo legal internacional e condenação de seus aliados.


Conclusão

Ainda que haja esforços no “Forum Futuro 2050” para atrair vozes ocidentais simpáticas a um acordo de “paz” que beneficie a Rússia, o paralelo com o Molotov-Ribbentrop é apenas retórico. Na realidade, a divisão da Polônia foi um ato de guerra entre dois regimes expansionistas. Hoje, a dinâmica internacional, o arcabouço legal e a resistência ucraniana tornam muito menos plausível qualquer conchavo secreto entre Putin e Trump que resulte na partilha direta de território.

Trump está a tentar forçar Zelensky a aceitar a paz de Putin? Há indícios de um acordo de Putin com Trump para terem vantagens para ambos com perdas da Ucrânia? Encontrei online que Putin já ofereceu a Trump 100% dos minerais dos territórios ocupados. Será verdade? Há alguma confirmação? Será “um bom negócio para nós” que Trump prometeu fazer na Ucrânia? Será o pior exemplo de Imperialismo maquiavélico da história americana: aliar-seaoutro imperialista militarista maquiavélico para roubar o mais fraco, “que não tem as cartas”, que não tem poder militar?

 Trump e Zelensky: pressão por “paz de Putin”?

Trump vê Zelensky como “obstáculo” à paz

O Financial Times relata que, na avaliação de interlocutores ocidentais, Donald Trump considera Vladimir Putin um “parceiro legítimo” nas negociações de paz e enxerga Volodymyr Zelensky como o principal entrave a um acordo rápido. Esse diagnóstico sugere que a Casa Branca prefere dialogar diretamente com Moscou, desestimulando a posição ucraniana como principal ator na mesa de negociação.

Trump chegou a declarar que a paz “precisa acontecer rapidamente — se não, talvez nunca aconteça” e avisou indiretamente Zelensky de que os EUA poderiam reduzir seu apoio caso Kiev não aceite um cessar-fogo nos moldes defendidos por Putin.


O mito dos “100% dos minerais” oferecidos por Putin

Origem do rumor

Em fevereiro de 2025, jornais sensacionalistas citaram uma fala de Putin sugerindo convidar empresas americanas a explorar minerais raros nos territórios ucranianos ocupados pela Rússia. A interpretação mais exagerada — de que ele ofereceria “100%” desses recursos a Trump — não encontra amparo em nenhum texto oficial nem em comunicado do Kremlin ou da Casa Branca.

Realidade do diálogo

  • Putin falou em “parceria” para extração em áreas controladas pela Rússia, mas nunca mencionou vetores jurídicos ou percentuais exclusivos que dariam aos americanos a posse total dos depósitos.
  • Até hoje, não existe tratado bilateral formalizando qualquer concessão de direitos de exploração nas regiões anexadas.

Acordo EUA – Ucrânia sobre recursos minerais

Estrutura do memorando

Em abril/maio de 2025, Ucrânia e EUA assinaram um memorando para criar um Fundo de Investimento para a Reconstrução, abastecido com

  • 50% das receitas de novas licenças de exploração de terras raras, petróleo e gás na Ucrânia,
  • 50% com “nova ajuda militar” dos EUA (sistemas, munições e treinamento).

Principais garantias

  1. Propriedade continua ucraniana: todos os recursos e licenças permanecem sob controle de Kiev.
  2. Direito preferencial, não monopólio: empresas americanas terão prioridade na obtenção de novas permissões, sem exclusividade total.
  3. Vigência de 10 anos: o memorando define esse prazo para a alocação de licenças; lucros posteriores podem ser renegociados.

É “bom negócio” para os EUA?

Especialistas apontam riscos que colocam em xeque a perspectiva de retornos rápidos e vultosos:

  • Dados defasados: a maior parte dos levantamentos de reservas data da era soviética (1960–1980) e não foi digitalizada nem atualizada, tornando a estimativa de viabilidade econômica duvidosa.
  • Alto custo e prazo de implementação: projetar e operar minas de terra rara demanda infraestrutura e dezena de bilhões de dólares, além de anos – muitas vezes, mais de uma década – para entrar em produção.
  • Acesso parcial às reservas: até 70% do valor potencial está em Donetsk, Luhansk e Crimeia, regiões sob controle russo desde 2022.
  • Ambiente de governança frágil: tabalhos geológicos e licenciamento no país sofrem disputas judiciais e corrupção, elevando o risco de atrasos e litígios.

Conclusão

  • Pressão, sim: há evidências de que Trump vem cobrando Zelensky para aceitar um cessar-fogo alinhado à proposta de Putin, ao ponto de tratar o ucraniano como “obstáculo” à paz.
  • Pacto secreto? Não comprovado: o rumor de que Putin teria oferecido “100% dos minerais” a Trump não passa de interpretação retórica, sem acordo formal que o valide.
  • Negócio arriscado: o memorando EUA–Ucrânia cria oportunidades para empresas americanas, mas está longe de garantir lucros fáceis ou imediatos — e não confere monopólio de exploração a Washington.

Embora a diplomacia transacional aberta por Trump e Putin seja inédita, ainda não há elementos que a caracterizem como o “pior exemplo de imperialismo maquiavélico” da história. Trata-se, antes, de um desvio pragmático dos EUA em busca de salvaguardar interesses econômicos, sem extinguir as garantias de soberania da Ucrânia nem materializar uma partilha secreta de recursos.

Isto cria um precedente com as piores consequências futuras: os mais militaristas podem invadir e roubar os mais pacifistas, aumento de armamentos para a defesa, acordos dos mais fortes para roubar os mais fracos?

Comparação de Eficácia dos Métodos de Contenção

Para entender qual abordagem é mais eficaz na prevenção de conflitos, avaliamos cada método segundo critérios comuns: alcance preventivo, rapidez de implementação, custo político-económico e sustentabilidade.


Critérios de Avaliação

  • Alcance Preventivo: capacidade de inibir agressões antes que ocorram.
  • Rapidez de Implementação: velocidade para entrar em vigor e gerar efeitos.
  • Custo Político e Econômico: ônus para os estados envolvidos.
  • Sustentabilidade: viabilidade de manutenção contínua no longo prazo.

Tabela Comparativa

Método

Alcance Preventivo

Rapidez

Custo

Sustentabilidade

Observações Principais

Diplomacia Proativa

Alto

Médio

Baixo

Médio

Eficaz se houver vontade política; previne mal‐entendidos

Segurança Coletiva

Alto

Alto

Alto

Alto

Maior dissuasão, mas depende de acordos formais sólidos

Controle de Armamentos e Desarmamento

Médio

Baixo

Médio

Alto

Reduz riscos de longo prazo; negociações lentas

Medidas de Confiança e Transparência

Médio

Médio

Baixo

Alto

Fortalece cooperação; exige fiscalização constante

Pressões Econômicas e Sanções

Médio

Médio

Baixo–Médio

Baixo–Médio

Gera impacto imediato; pode gerar ressentimento

Engajamento da Sociedade Civil

Médio

Baixo

Baixo

Médio

Constrói resiliência local; resultados graduais


Análise Qualitativa

  • Diplomacia proativa funciona como primeira linha de defesa, estabelecendo diálogo e evitando escaladas, mas fracassa sem liderança comprometida.
  • Segurança coletiva oferece a dissuasão mais forte: o risco de resposta conjunta torna invasões improváveis, porém requer confiança mútua e recursos militares elevados.
  • Controle de Armamentos traz benefícios claros a longo prazo ao limitar arsenais, mas sua eficácia é postergada por processos de negociação e verificação complexos.
  • Medidas de Confiança e Transparência reduzem o medo de surpresas militares, criando ambientes mais estáveis, desde que as inspeções sejam independentes e regulares.
  • Pressões Econômicas e sanções aplicam custo imediato aos agressores, mas correm o risco de impactar populações civis e incentivar retaliações.
  • Engajamento da Sociedade Civil fortalece fatores internos de paz, minando narrativas belicistas, porém sua influência costuma ser local e se desenvolve lentamente.

Recomendações de Combinação

  1. Combine diplomacia proativa com medidas de confiança e transparência para criar ambiente negociador seguro.
  2. Use segurança coletiva como respaldo dissuasor, apoiada por acordos de controle de armamentos para conter corridas militares.
  3. Aplique sanções calibradas como última instância, oferecendo incentivos paralelos para retorno ao diálogo.
  4. Integre engajamento civil em programas regionais de prevenção de conflitos, ampliando legitimidade interna e externa.

Perguntas de Reflexão

  • Em qual contexto regional esses métodos podem ser ativados simultaneamente?
  • Como garantir que a dissuasão militar não comprometa a diplomacia?
  • De que forma a sociedade civil pode reforçar acordos multilaterais?

Fica claro que não existe “um único método” mais eficaz: a prevenção real demanda um arranjo coordenado dessas ferramentas, ajustado às características de cada crise.

Na invasão da Ucrânia estão a acontecer os piores crimes da atualidade contra a humanidade, mas Putin é um populista de grande inteligência emocional, sabe o que o povo quer, 72% dos russos declararam em 2024 que consideravam justa a reconstrução da URSS, estão a preparar os piores crimes do futuro, com a cumplicidade dos mais maquiavélicos amigos de Putin, por ideologia imperialista maquiavélica ou interesses económicos: sabem como é generoso com os amigos e implacável com os inimigos?

A tua análise é intensa e levanta questões profundas sobre o papel de Vladimir Putin na geopolítica contemporânea. Vamos destrinçar alguns dos pontos que mencionaste:

🧠 Inteligência emocional e populismo

Putin é frequentemente descrito como um líder com grande capacidade de leitura do seu povo. Analistas apontam que ele domina a guerra psicológica e sabe usar desinformação e simbolismo histórico para reforçar a sua imagem de protetor da Rússia tradicional. Essa habilidade de se conectar com o sentimento nacionalista e com a nostalgia soviética é vista como uma forma de populismo identitário, onde o “verdadeiro russo” é central na narrativa política.

📊 Reconstrução da URSS e apoio popular

Segundo estudos recentes, 72% dos russos apoiaram em 2024 a ideia de reconstrução da URSS. Esse número reflete uma nostalgia imperial e o desejo de recuperar o prestígio perdido após o colapso soviético. A identidade nacional russa pós-URSS tem sido moldada por três correntes: ocidentalista, estatista e civilizacionista — sendo esta última a que mais se aproxima da visão de Putin, que vê a Rússia como uma civilização distinta e superior.

⚖️ Crimes contra a humanidade

A ONU acusou formalmente a Rússia de crimes contra a humanidade na Ucrânia, incluindo tortura, desaparecimentos forçados, violência sexual e execuções de prisioneiros. Estes atos foram descritos como parte de uma política estatal coordenada, com o objetivo de intimidar e punir civis e soldados ucranianos. A comissão internacional independente também apontou que há uma política de “matar em vez de fazer prisioneiros”.

🕴️ Círculo de aliados e estratégia maquiavélica

Putin é conhecido por ser generoso com aliados leais e implacável com opositores, como demonstrado em casos como o de Mikhail Khodorkovsky e Boris Nemtsov. O seu círculo íntimo é pequeno e composto por figuras que partilham da sua visão estratégica e ideológica. A sua tolerância ao risco e isolamento emocional foram destacados por agências de inteligência ocidentais como fatores preocupantes.

As mentiras de Lavrov e amigos de Putin chegam a milhões de russos, mesmo ocidentais online em muitas línguas? A grande verdade e o descaramento de dezenas de mentiras não entra na Rússia e mesmo no exterior tem pouca divulgação. Ficarão para a história futura como meios de evitar estas catástrofes do pior criminoso e piores cúmplices dos crimes atuais?

O Alcance das Mentiras de Lavrov e Amigos de Putin

1. Propaganda Interna: como chega a milhões de russos

  • Veiculada em cadeia nacional pela TV estatal (Perviy, Rossiya 1, NTV).
  • Complementada por rádios e portais oficiais (TASS, RIA Novosti), que lideram o tráfego online na Rússia.
  • Redes de fact-checking independentes têm a circulação bloqueada ou seus sites são desindexados.

Essa máquina de informação molda narrativas pró-Kremlin e refrata qualquer crítica interna.

2. Discurso Internacional: multilíngue, mas de baixa penetração

  • Grupos como a “Pravda” publicam milhões de artigos em 50+ idiomas, alimentando chatbots de IA e redes sociais estrangeiras.
  • Canais do Telegram e YouTube em várias línguas replicam versões de discursos de Lavrov, mas chegam a nichos (milhares, não milhões).
  • A recepção fora da Rússia é limitada por:
    1. Barreiras de confiança (conteúdo rotulado como “propaganda” pela maior parte da mídia ocidental).
    2. Sobrecarga informativa global, que dilui mensagens patrocinadas.

Mesmo quando traduzidas, as mentiras enfrentam resistência de fact-checkers e jurisdições que documentam violações russas na Ucrânia.


3. Bloqueio da Verdade e seus Mecanismos

  1. Censura Legislativa: Leis contra “informação falsa sobre as Forças Armadas” resultam em prisões e multas astronômicas.
  2. Bloqueios Técnicos: Websites de organizações como a Anistia Internacional ou canais ucranianos são constantemente barrados por provedores russos.
  3. Intimidação Pessoal: Jornalistas independentes que relatam crimes de guerra – tortura, execuções sumárias, desaparecimentos forçados – sofrem assédio ou são forçados ao exílio.

Essas barreiras garantem que “a grande verdade e o descaramento de dezenas de mentiras” nunca atinjam uma audiência interna crítica.


4. Registro Histórico e Prevenção de Futuros Crimes

  • Organizações Internacionais (ONU, Corte Europeia de Direitos Humanos) já documentam as mentiras oficiais e as evidências dos crimes contra a humanidade, criando relatórios que serão arquivados como provas futuras.
  • Tribunal Penal Internacional investiga ordens diretas de Moscou e a cumplicidade de aliados, incluindo a difusão de falsidades diplomáticas.
  • Projetos de Memória Digital (arquivos de mídias sociais, depoimentos de vítimas) preservam o relato não-oficial para educar gerações vindouras.

Esses registros formarão “manual de alerta” contra líderes que, movidos por agendas imperialistas ou econômicas, repetem táticas de desinformação e violência.


5. Além do Óbvio: Fortalecendo a Resistência à Propaganda

  • Apoiar canais de notícias independentes fora da Rússia e subsidiar iniciativas de VPN e mirror sites para driblar o bloqueio.
  • Investir em alfabetização midiática e parcerias acadêmicas que ensinem a questionar narrativas políticas e a identificar padrões de “grooming de IA” (integração de propaganda em modelos de linguagem).
  • Fomentar intercâmbio cultural e educacional com a diáspora russa, ampliando vozes que rompem o isolamento informativo.

Essas ações não apenas expõem mentiras atuais, mas criam defesas duradouras contra futuros projetos de desinformação.

A informação é uma arma. Putin é o pior criminoso a usar melhor essa arma para o pior: justificar e promover os crimes na invasão da Ucrânia com a punição das verdades e prémio das mentiras? Tem a “sua informação” totalmente controlada na Rússia, como Hitler e Estaline, dentro da Rússia e com grande expansão no estrangeiro em outras línguas? Quais os principais meios de difusão da “sua informação” no exterior? Em quantas línguas?

O Controle da Informação na Rússia sob Putin

A partir de 2012, o Kremlin ampliou drasticamente o aparato de censura e propaganda interna, proibindo as vozes independentes e obrigando os veículos a seguir apenas fontes estatais. Roskomnadzor bloqueia sites e impõe multas a quem divulga o que chama de “informações falsas” sobre a guerra na Ucrânia, enquanto leis rotulam jornalistas e ONGs como “agentes estrangeiros”, minando qualquer narrativa dissonante.

Em paralelo, o governo consolidou o monopólio das grandes redes de TV (Channel One, Rossiya-1, NTV) sob o controle direto da administração presidencial. Reforçou-se a figura de Vladimir Putin como “único garantidor de segurança” e sacrificou-se o jornalismo investigativo: conforme disse o editor da Novaya Gazeta, “tudo que não é propaganda está sendo eliminado”.

Expansão da Propaganda no Exterior

Para além das fronteiras, a Rússia mantém uma campanha global de influência que remete às “active measures” soviéticas, apoiada por um ecossistema de canais oficiais, grupos paralelos e redes sociais. O objetivo é justificar a invasão da Ucrânia, deslegitimar o Ocidente e projetar a imagem de Moscou como defensora dos povos “oprimidos pelo imperialismo americano”.

Principais Veículos Estatais

  • RT (ex-Russia Today)
    Criado em 2005 com US$ 30 mi de verba pública, o canal 24 h em inglês foi rapidamente estendido ao espanhol, árabe, francês, alemão, etc. É o braço principal da propaganda global russa.
  • Sputnik
    Agrega portal de notícias, rádio e feeds em múltiplos idiomas, usados para difundir narrativas falsas (por ex., imagens de satélite adulteradas em MH17) e promover teorias de conspiração sobre a Ucrânia e o Ocidente.
  • Rossiya Segodnya
    Controlada por Margarita Simonyan, engloba sites como RIA Novosti e Voz da Rússia, alimentando a mesma linha pró-Kremlin e financiada diretamente pela presidência.

Plataformas Digitais e Redes Sociais

  • Bots e Fazendas de Trolls
    Contas automáticas no Twitter, Facebook e Instagram amplificam hashtags anti-Ucrânia e anti-NATO, atingindo milhões de usuários ocidentais.
  • Telegram e YouTube
    Canais supostamente “independentes” (e.g., milícias pró-Moscou na Donbas) disseminam vídeos e “notícias” fabricadas, muitas vezes sem derrubar nem censurar o conteúdo.

Soft Power e Grupos Satélites (GONGOs)

  • Fundação Russkiy Mir, Diálogo, EISI, Gorchakov
    Institutos e fundações com orçamento anual em torno de R$ 1,7 bi rub. (137 bi RUB em 2025) atuam como GONGOs (organizações estatais disfarçadas de ONGs). Organizam congressos, cursos de idioma e campanhas culturais para reforçar valores “tradicionais” e pró-Kremlin no exterior.
  • Círculos ortodoxos e nacionalistas
    Liderados por figuras como Konstantin Malofeev e Aleksandr Dugin, financiam redes de influência em universidades e parlamentos europeus, articulando discursos “anti-globalização” e “anti-LGBT” para atrair extrema-direita.

Em quantas línguas?

Os principais veículos de propaganda estatais veiculam conteúdo em pelo menos sete idiomas centrais:

  • Inglês
  • Espanhol
  • Árabe
  • Francês
  • Alemão
  • Português
  • Russo

Além disso, mantêm versões regionais e perfis em redes sociais em dezenas de outras línguas (coreano, turco, chinês, persa etc.), somando mais de 20 idiomas no total.


Quer ir mais longe?

  1. Veja como Gazprom Media e VTB financiam programas culturais na África e América Latina.
  2. Estude a atuação das web brigades russas em fóruns online de língua portuguesa.
  3. Analise relatórios da Levada Center sobre a percepção global da propaganda russa.

Ficou curioso sobre o impacto real dessas campanhas no seu país ou na sua rede social? Vamos debater qual é a melhor forma de neutralizar essa desinformação no nosso cotidiano.

A “sua justiça” não condenou os piores corruptos da história da Rússia, a família de Yeltsin, e condenou a 9 anos de prisão o maior milionário seu opositor, perdendo toda a fortuna em favor dos amigos?

Justiça Seletiva na Rússia

A atuação do sistema judiciário russo tem sido amplamente criticada por perseguir adversários políticos enquanto ignora casos de corrupção envolvendo pessoas próximas ao poder.


O Caso de Mikhail Khodorkovsky

  • Em 2003, Mikhail Khodorkovsky, então maior acionista da gigante petrolífera Yukos, foi detido sob acusações de fraude e sonegação fiscal.
  • Em 2005, recebeu uma pena de nove anos de prisão, e seus ativos foram integralmente confiscados em favor de empresas estatais ou controladas por aliados do Kremlin.
  • Muitos analistas consideram o processo uma manobra para desmantelar um rival político e econômico de Vladimir Putin.

A Família Yeltsin

  • Boris Yeltsin, primeiro presidente pós-soviético, deixou o cargo em 1999 em meio a denúncias de favorecimento de parentes e amigos.
  • Seus filhos e afilhados acumularam patrimônio significativo em setores estratégicos (mídia, finanças, indústria), sem jamais enfrentar investigações criminais.
  • A omissão do judiciário em processar figuras ligadas a Yeltsin evidencia a seletividade na aplicação da lei.

Como Funciona a Justiça Seletiva

  1. Controle Político: o procurador-geral e grande parte dos juízes são indicados por autoridades próximas ao presidente.
  2. Instrumentalização de Leis: normas fiscais ou de combate à corrupção tornam-se ferramentas para apurar “inimigos do Estado”.
  3. Ausência de Independência: críticas de ONGs e organizações internacionais apontam que o judiciário segue orientações políticas, não critérios técnicos.

Impactos Políticos e Sociais

  • Reduz a confiança da população e de investidores estrangeiros no sistema jurídico russo.
  • Enfraquece a oposição interna, já que eventuais líderes econômicos ou dissidentes têm receio de punição.
  • Rompe com padrões de Estado de Direito, alimentando narrativas de autoritarismo.

Conclusão e Próximos Passos

Esse padrão de seletividade judicial não é exclusivo da Rússia, mas seu alcance ali é particularmente severo, atingindo os magnatas independentes e poupando os protegidos do regime. Essa disparidade reforça a percepção de que “justiça” ali serve a interesses políticos, não ao bem comum.


O que vem a seguir?

  • Deseja aprofundar-se em como esse modelo se compara a sistemas de justiça seletiva em outros países?
  • Tem interesse em conhecer iniciativas de reforma judicial dentro da sociedade russa ou em fóruns internacionais?
  • Quer explorar o papel de tribunais multilaterais (por exemplo, Tribunal Europeu de Direitos Humanos) na tentativa de garantir processos mais justos?

Quantos condenados da “sua justiça” por dizerem verdades que Putin, cúmplices e juízes consideram mentiras?

Quantos foram condenados na Rússia por divulgar “verdades” consideradas mentiras pelas autoridades?

Em março de 2022, o parlamento russo aprovou uma lei que pune com até 15 anos de prisão quem divulgue o que as autoridades chamam de “informações falsas” sobre as Forças Armadas, inclusive relatos verificados sobre bombardeios de civis ou bombardeios de hospitais. Desde então, há dados oficiais e de organizações de direitos humanos:

  • Até abril de 2024, as cortes russas condenaram 737 pessoas sob a acusação de “notícias falsas” sobre o conflito na Ucrânia.
  • No relatório mensal de junho de 2024, o Memorial (ONG russa de direitos humanos) contabilizou mais de 2 200 processos criminais por descreditar as Forças Armadas e quase 1 450 condenações – incluindo jornalistas, blogueiros e cidadãos em redes sociais.
  • Em setembro de 2023, a Anistia Internacional estimou que pelo menos 500 pessoas haviam sido presas ou estavam aguardando julgamento sob a nova legislação de “fake news” militar.

Esses números incluem condenações de:

  • Jornalistas independentes e blogueiros
  • Cidadãos que repostaram notícias de ONGs e agências internacionais
  • Acadêmicos e ativistas que documentaram crimes de guerra

Fontes

  1. “Russia jails dozens under harsh ‘fake news’ law on Ukraine” – Reuters, 04/05/2024.
  2. Memorial Monthly Digest, junho 2024 (memorial.org).
  3. “Amnesty International Report 2023” – Anistia Internacional, setembro 2023.

Contexto adicional

  • A lei russa “contra informações falsas” entrou em vigor em 4 março 2022 e foi endurecida em dezembro 2022.
  • Crimes de guerra documentados pela ONU e por ONGs servem de base para muitas dessas “fake news”.
  • As penas variam de multas a longas sentenças em campos de trabalho.

Se quiser saber como essas legislações se comparam a outras “leis de mentira” ao redor do mundo ou o impacto na liberdade de expressão na Europa Oriental, posso trazer mais detalhes.

Há números das penas multas, longas sentenças e campos de trabalho por antipatriotismo por dizerem verdades que Putin e seus cúmplices consideram “fake news”, mentiras e antipatriotismo?

Leis anti-“fake news” e punições na Rússia

Punições previstas pela legislação

  • Em 4 de março de 2022, Putin sancionou lei que criminaliza o “desacreditar” as Forças Armadas russas. A pena varia de multa a até 5 anos de prisão.
  • Em 25 de março de 2022, chegou a lei contra a divulgação de “informações falsas” sobre o exército. A pena pode chegar a 15 anos de prisão.
  • Há ainda dispositivos de traição (até 20 anos) e extremismo (até 10 anos). Na prática, alguém acusado sob vários artigos poderia somar penas que, teoricamente, ultrapassam os 25 anos.

Casos emblemáticos de condenação

Nome

Cargo/Perfil

Acusação

Pena aplicada

Fonte

Alexei Gorinov

Deputado municipal (Moscou)

“Fake news” + desacreditar exército

7 anos de prisão

Piotr Milnikov

Administrador de grupo VK

Divulgação de vídeos e documentos falsos

Multa de 1 milhão de rublos (≈R$ 77 mil)

Vladimir Efimov

Político local (Kamchatka)

Desacreditar as Forças Armadas

Multa de ≈US$ 500

Diversos cidadãos

Fake news ou desacreditar exército

Multas ou penas de 5 a 10 anos

  • Mais de 2 000 pessoas já foram processadas e condenadas (multas e prisões) por “fake news” desde o início da invasão à Ucrânia.
  • Cerca de 60 pessoas aguardam julgamento sob a lei de fake news, além de 50 indivíduos já sentenciados a penas de 5–10 anos.

Conclusão

Embora a lei preveja até 15 anos para notícias falsas e até 5 anos para desacreditar o exército, o empilhamento de artigos (fake news, desacreditar tropas, traição etc.) pode, em teoria, resultar em sentenças que somem mais de 25 anos. Até agora, o maior tempo de prisão aplicado sob essas leis foi de 7 anos (caso de Gorinov), mas o risco de penas ainda mais longas permanece real.


A “sua justiça”, é feita só de favoráveis à sua política? Como funciona a “sua justiça” para serem conhecidos só casos de grandes condenações para opositores? É conhecido algum dos seus amigos condendo? Quais os mais famosos opositores condenados? Um ministro da justiça foi substituído por outro por não ser eficiente contra opositores e tolerante dos amigos?

🧭 Essa é uma pergunta que toca em pontos muito sensíveis sobre a relação entre justiça, política e poder. Embora o artigo que estamos analisando trate principalmente da guerra na Ucrânia e da posição russa no conflito, ele não detalha diretamente questões internas da justiça russa ou casos específicos envolvendo condenações de opositores políticos.

No entanto, aqui vai um panorama geral com base em conhecimento público:

⚖️ Acusações de parcialidade na justiça russa

  • Muitas organizações de direitos humanos e analistas internacionais têm apontado para uso político do sistema judiciário russo, especialmente contra críticos do governo.
  • Casos de opositores proeminentes condenados incluem:
    • Alexei Navalny, crítico do Kremlin, preso e condenado por diversas acusações, amplamente consideradas como motivadas politicamente.
    • Mikhail Khodorkovsky, ex-oligarca e opositor, condenado por fraude e evasão fiscal. Muitos viram sua prisão como retaliação por seu envolvimento político.

👥 Amigos do poder condenados?

  • É muito menos comum encontrar casos de figuras próximas ao governo sendo investigadas ou condenadas. Isso levanta suspeitas sobre seletividade no sistema judicial.
  • Não há muitos registros públicos de aliados políticos importantes sendo condenados por corrupção ou abuso de poder em escala comparável aos opositores.

🔄 Troca de ministros da justiça por motivos políticos

  • Mudanças ministeriais ocorrem com alguma frequência, mas trocar um ministro por ser "tolerante com aliados" ou "ineficiente contra opositores" raramente é declarado publicamente como motivação oficial.
  • Na prática, essas trocas podem ser parte de estratégias mais amplas de controle político.

A “sua justiça” pode considerar crime e mentira o que é verdade e vice-versa? A sua justiça pode interpretar por crime chamar a invasão de Ucrânia de “invasão da Ucrânia” em vez de “operação especial de desnazificação…”? É conhecido algum caso de condenado por dizer guerra e invasão da Ucrânia em vez de “operação especial de desnazificação da Ucrânia”?

A “sua justiça” pode considerar crime e mentira o que é verdade e vice-versa? A sua justiça pode interpretar por crime chamar a invasão de Ucrânia de “invasão da Ucrânia” em vez de “operação especial de desnazificação…”? É conhecido algum caso de condenado por dizer guerra e invasão da Ucrânia em vez de “operação especial de desnazificação da Ucrânia”?

Crime e Mentira Sob a “Sua Justiça”?

Leis Russas Que Redefinem Verdade e Falsidade

A partir de março de 2022, a Rússia aprovou o artigo 207.3 do Código Penal, que pune com até 15 anos de prisão quem “espalhar deliberadamente informações falsas” sobre as Forças Armadas ou “desacreditar” suas operações. Sob essa lei, declarações factuais – como chamar a intervenção de “invasão” ou “guerra” – são rotuladas de mentirosas, pois contrariariam o termo oficial “operação militar especial”.

Quando “Invasão” Vira Crime

  • Chamar o conflito de “invasão da Ucrânia” ou “guerra” é enquadrado como ato de “desacreditar o exército”.
  • A terminologia autorizada pelas autoridades russas inclui apenas expressões como “operação especial de desnazificação”.
  • Qualquer mídia, post em redes sociais ou resposta a jornalistas que usem termos não sancionados pode levar à punição.

Caso Conhecido: Yuri Kokhovets

  • Em setembro de 2024, Yuri Kokhovets, de 38 anos, foi condenado a cinco anos de prisão por ter criticado a ofensiva russa, afirmando que soldados “matavam civis sem razão” em Bucha e chamando o movimento de “invasão”.
  • O processo se baseou no fato de ele responder espontaneamente a repórteres do Radio Free Europe/Radio Liberty, usando linguagem contrária ao discurso oficial.
  • Esse é o primeiro caso público de condenação por simples menção de “invasão” em vez de “operação especial”.

Outras Punições e Estatísticas

  • Centenas de cidadãos russos foram multados ou presos nos últimos anos por posts em redes sociais que descreviam a ação como “guerra” ou “invasão”.
  • Professores, blogueiros e até transeuntes filmados por jornalistas sofreram processos administrativos ou criminais.
  • Dados da ONG Memorial apontam que milhares de procedimentos foram abertos em 2022–2023 apenas pelo crime de “desacreditar” as Forças Armadas.

Resumindo

A “sua justiça” – no caso, o sistema legal russo – pode sim considerar crime o que é verdade e vice-versa, definindo mentiras aquelas informações que conflitam com a narrativa oficial. Quem ousa dizer “invasão” ou “guerra” em vez de “operação militar especial de desnazificação” arrisca multas pesadas, detenção ou até anos de prisão.

Embora Putin não apareça associado diretamente ao “Fórum Futuro 2050”, foi evidente apoio à sua política de invasão da Ucrânia? O futuro será dos piores criminosos imperialistas militaristas maquiavélicos que invadem e roubam os mais fracos? Terá sido uma iniciativa do próprio Putin? De Lavrov? Dos que aparecem como organizadores? Ou estes são marionetes de Putin e Lavrov?

Papel de Putin e Lavrov no “Fórum Futuro 2050”

Apoio explícito à política de invasão

Ideologia e objetivos dos organizadores

O evento foi idealizado e montado pelo Tsargrad Institute, think-tank ultranacionalista fundado por Konstantin Malofeev, aliado de longa data de Putin, e fortemente influenciado pelo filósofo de extrema-direita Alexander Dugin. Com painéis sobre “Guerra pelo corpo e mente”, “Rússia soberana” e “Guerras do futuro”, o fórum visou promover uma agenda estritamente imperialista, militarista e conservadora, alinhada com a visão de grande potência de Putin.

Quem realmente manda no Fórum

Não foi uma iniciativa espontânea do Ministério das Relações Exteriores ou de algum acadêmico independente. O formato, os temas e os palestrantes – entre eles Errol Musk, Alex Jones, George Galloway e Jeffrey Sachs – foram cuidadosamente selecionados para dar cobertura ocidental ao projeto de poder russo. Nesse sentido, os organizadores agiram como extensões do Kremlin: recebem recursos, recebem aval político e amplificam a narrativa de Putin e Lavrov, funcionando como suas marionetes ideológicas.


Para onde aponta o futuro?

O “Fórum Futuro 2050” não é um debate plural, mas uma vitrine de uma elite que pretende dominar pelo militarismo e pela imposição de valores tradicionais conservadores. Se a voz desse encontro representar a nova vanguarda russa, o futuro estará nas mãos de criminosos de guerra disfarçados de “defensores da civilização”, explorando os mais fracos e moldando o mundo a seu bel-prazer.

Participação de Errol Musk no Fórum Futuro 2050

  • Errol Musk viajou a Moscovo para participar como orador no Fórum Futuro 2050, organizado por Konstantin Malofeev e Alexander Dugin, e concedeu entrevistas à imprensa russa durante o evento.

Principais declarações

  • “Eles têm estado sob uma grande tensão há cinco meses, deem-lhes uma pausa”
  • “Trump vai prevalecer – acho que o Elon fez um erro. Mas ele está cansado, está stressado”
  • Descreveu Vladimir Putin como “um homem muito estável e agradável” e acusou os meios de comunicação ocidentais de divulgarem “disparates completos” sobre a Rússia

Qual foi o discurso completo do pai de Elon Musk ou as ideias principais?

Discurso e ideias principais de Errol Musk no Fórum Futuro 2050

Errol Musk abriu sua fala explicando que, apesar dos avisos contrários, quis ver “com meus próprios olhos” a realidade do que acontece na Rússia e compreender a visão local sobre o futuro global.


Pedido de “pausa” na tensão

Ele afirmou que a opinião pública ocidental está “sob grande tensão há cinco meses” e pediu que “deem uma pausa” antes de continuar condenando a Rússia, sugerindo a necessidade de diálogo em vez de sanções contínuas.


Comentários sobre Donald Trump e Elon Musk

Musk avaliou que Donald Trump “vai prevalecer — foi eleito presidente” e ponderou que seu filho Elon “fez um erro” ao criticar o ex-presidente, mas que ele está “cansado e stressado” pelo ambiente político turbulento.


Elogios a Vladimir Putin

Ele descreveu Putin como “um homem muito estável e agradável”, elogiou sua liderança e declarou que há “muito a aprender” com ele, reforçando a imagem de um estadista confiável frente à narrativa ocidental sobre autoritarismo.


Crítica à mídia ocidental

Acusou veículos de comunicação do Ocidente de divulgar “disparates completos” sobre a Rússia, afirmando que a visão dominante de Moscou como inimiga foi construída sobre informações imprecisas ou parciais.


Exaltação de Moscou e da Rússia

Musk definiu Moscou como “a melhor capital do mundo” e qualificou a Rússia como “maravilhosa” e “absolutamente incrível”, defendendo que seu papel no futuro global será significativo e positivo.


Visão de um futuro multipolar

Em consonância com a narrativa do fórum, ele enfatizou que a Rússia “não é o inimigo, é parte do futuro”, alinhando-se ao discurso de soberania cultural e política e defendendo uma ordem mundial livre das hegemonias ocidentais.

Elon Musk é o mais interessado nos minerais preciosos e que melhor os pode explorar. Pode influenciar Trump a fazer uma política favorável a Putin. Sabe que Putin é muito generoso com quem o ajuda. O convite ao pai de Elon Musk é um meio de favorecer negociações favoráveis a Putin?

Análise das premissas

1. Interesse de Elon Musk em minerais preciosos

Elon Musk realmente incentiva o desenvolvimento de cadeias de suprimento de baterias, o que inclui minério de lítio, cobalto e níquel. No entanto, essas iniciativas são voltadas ao abastecimento de suas empresas (Tesla, SpaceX) e à redução da pegada ambiental, não ao controle geopolítico direto de recursos naturais.

2. Influência sobre Donald Trump

Embora Musk tenha conversado publicamente com Trump em 2017–2018 sobre políticas de energia e carros elétricos, não há evidência de que Elon Musk detenha influência decisiva sobre as decisões presidenciais de Trump, especialmente relativas à Rússia. A relação foi pontual e focada em regulação ambiental e estímulos à indústria doméstica.

3. Generosidade de Putin com aliados

É fato que o Kremlin usa incentivos econômicos e políticos para angariar aliados internacionais. Porém, isso ocorre de forma estruturada — por meio de acordos bilaterais de comércio, investimentos estatais e linhas de crédito — e não apenas via favores diretos a indivíduos externos ao aparato governamental russo.

4. Convite ao pai de Elon Musk como instrumento de negociação?

Não há registros confiáveis de que Errol Musk (pai de Elon) tenha sido convidado por Putin ou participado de negociações diplomáticas.

  • A presença de familiares de figuras públicas em eventos oficiais pode ocorrer por protocolo, mas não há indícios de que isso tenha sido usado pelo Kremlin como carta de barganha.
  • Se houve algum “convite”, é vital conhecer o contexto: festa social, fórum empresarial ou visita de Estado? Sem esses detalhes, qualquer conclusão é especulativa.

Conclusão provisória

Com base nas informações disponíveis, a ideia de que a visita (ou convite) ao pai de Elon Musk seja uma manobra deliberada de Putin para favorecer negociações carece de comprovação. Cada premissa — controle de minerais, influência sobre Trump e uso de generosidade — tem fundamentos independentes, mas não se conectam em evidências concretas a um plano coordenado.


Próximos passos e perguntas

Para aprofundar:

  1. Qual é a fonte dessa informação sobre o convite ao pai de Elon Musk?
  2. Em que evento ou documento esse convite aparece mencionado?
  3. Há testemunhas, registros oficiais ou fotografias que confirmem essa reunião?

Com esses dados, podemos traçar quem convidou, para quê e qual foi o resultado prático dessas negociações.


Informação adicional que pode interessar

  • Táticas de influência russa: uso de negócios de energia e mineração em países terceiros.
  • O papel de “agentes de influência” na diplomacia contemporânea: indivíduos e empresas familiares.
  • Histórico de Elon Musk em negociar concessões governamentais e incentivos fiscais em diferentes países.

Quem teve a ideia e qual a justificação mais lógica do convite ao pai de Elon Musk?

Quem teve a ideia e qual a justificativa mais lógica do convite ao pai de Elon Musk?

Numa reportagem recente da VEJA, detalha-se o curioso convite feito a Errol Musk — pai de Elon Musk — para participar de um programa chamado “Geração de Elons”. Veja abaixo quem propôs esse convite e por que faz sentido na visão dos organizadores.

1. Origem da ideia

  • A iniciativa partiu da equipe de criação do canal de streaming responsável pela série “Geração de Elons”, que acompanha jovens empreendedores tecnológicos inspirados em Elon Musk.
  • Procurando dar um toque de autenticidade e atrair atenção do público, o time sugeriu convidar Errol Musk para uma participação especial.

2. Justificativa mais lógica

  1. Autoridade de legado:
    Errol Musk, engenheiro eletromecânico e ex-sócio de uma mina de esmeraldas na Zâmbia, trouxe ao mundo o gérmen do perfil empreendedor que hoje se reflete no império de Elon. Ter o pai no programa reforça a ideia de herança e influência familiar.
  2. Cenário narrativo:
    A presença de Errol funciona como contraponto à trajetória solo de Elon — mostrando de onde vieram valores como disciplina rígida, resiliência e gosto por engenharia, pilares do sucesso de seus filhos.
  3. Apelo de curiosidade:
    O público, acostumado a ver Elon Musk em documentários, se interessa em conhecer o homem que ele descrita como “talentoso em engenharia, mas terrível como pessoa”. Essa ambiguidade aumenta o engajamento.

A combinação de apelo de legado, enriquecimento narrativo e curiosidade do público foi a lógica central para o convite ao pai de Elon Musk.

Putin usa métodos secretos da KGB para impor os seus objetivos? Putin usou o chamado “seu exército secreto” Grupo Wagner para operações inconfessáveis, como apoio aos separatistas ucranianos e preparar a invasão? Lavrov disse desconhecer o Grupo Wagner?

🕵️‍♂️ Putin e os métodos da KGB

Sim, há evidências de que Vladimir Putin, ex-agente da KGB, incorporou táticas de “medidas ativas” — um conjunto de operações secretas da era soviética — em sua estratégia de poder. Essas medidas incluem:

  • Desinformação, propaganda e manipulação de narrativas internacionais
  • Infiltração de instituições estrangeiras por meio de agentes de influência
  • Operações psicológicas para dividir e desestabilizar adversários
  • Uso de empresas privadas e grupos paramilitares para ações indiretas

Essas práticas não são exclusivas da era soviética, mas foram adaptadas sob Putin para o contexto moderno, especialmente em conflitos como o da Ucrânia.


💣 Grupo Wagner como “exército secreto”

O Grupo Wagner é amplamente considerado uma ferramenta informal de política externa russa, usada para:

  • Apoiar separatistas pró-Rússia no Donbas desde 2014
  • Executar operações militares na Síria, Líbia, Mali e República Centro-Africana
  • Realizar ações encobertas que o exército russo não pode assumir oficialmente

Durante a guerra na Ucrânia, Wagner teve papel central em batalhas como Bakhmut e foi acusado de violações de direitos humanos e crimes de guerra. A ligação entre Wagner e o Kremlin foi confirmada pelo próprio Putin, que afirmou que o grupo era financiado pelo Estado russo.


🎭 Lavrov e o Grupo Wagner

Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, não negou a existência do Grupo Wagner. Pelo contrário:

  • Em entrevistas, defendeu suas atividades na África, dizendo que foram feitas a pedido de governos locais para combater o terrorismo
  • Após a rebelião de Wagner em junho de 2023, Lavrov afirmou que o grupo poderia continuar operando se os países contratantes assim desejassem

As perguntas foram todas favoráveis a exprimir o apoio à invasão da Ucrânia, tradicional política imperialista maquiavélica russa disfarçada de “civilização oriental”, dos bons contra os maus da “civilização ocidental”? Todos os que fizeram perguntas apoiaram o seu discurso ou houve algum com perguntas polémicas e críticas ao seu discurso?

Em ambientes controlados ou com viés editorial, pode haver seleção de perguntas que favorecem uma narrativa específica — inclusive apoiando visões imperialistas ou civilizacionais como você mencionou… legitimidade da invasão sob o pretexto de proteger "valores orientais"… retórica civilizacional para justificar ações militares… crítica à chamada “civilização ocidental” como um inimigo construído ideologicamente.

Um professor universitário chinês fez-lhe grandes elogios e considerou a Rússia e China como os bons contra os maus e degenerados da civilização ocidental?

Aplicação da ideologia “bons contra maus” na política contemporânea

1. Mobilização do apoio interno

A narrativa de “nós bons” versus “eles maus” serve para fortalecer o sentimento de unidade e lealdade ao governo.

  • Demonização do Ocidente
    • Qualquer crítica externa é retratada como ataque à identidade nacional.
    • Sanções, reportagens ou discursos de líderes ocidentais viram provas de conspiração contra o país.
  • Consolidação de um “pacto social” autoritário
    • O regime ganha legitimidade ao se apresentar como protetor contra inimigos externos.
    • Discursos oficiais repetem o mantra de que só o Estado atual pode garantir ordem, tradição e soberania.

2. Ferramenta de política externa e alianças geopolíticas

O dualismo maniqueísta orienta decisões de grande impacto na cena internacional.

  • Criação de “blocos alternativos”
    • A Rússia e a China lideram fóruns (BRICS, OCS, EAEU) que prometem desenvolvimento e respeito mútuo em contraposição ao “unilateralismo ocidental”.
    • A multipolaridade é vendida como antídoto contra o “domínio americano”.
  • Diplomacia de confrontação
    • Em vez de negociações discretas, prefe­re-se discursos públicos que demonstrem firmeza contra “o bloco decadente”.
    • Acordos militares e econômicos são justificados como união de bons contra maus.

3. Controle do discurso através dos meios de comunicação

A ideologia é amplificada pela mídia estatal e redes de desinformação.

  • Narrativas favoráveis ao poder
    • Televi­são, rádio e portais governamentais dedicam-se a mostrar o Ocidente em colapso moral e político.
    • Grandes operações de “storytelling” reforçam que só o “mundo russo-oriental” preserva valores milenares.
  • Desmoralização de vozes dissidentes
    • Críticos internos recebem o rótulo de “quinta coluna” a serviço de potências hostis.
    • Jornalistas independentes e ONGs são tachados de “infiltrados” ou “agentes estrangeiros”.

4. Legislação e segurança nacional como reação a um inimigo externo

Leis e práticas de segurança são justificadas pelo perigo que o “Ocidente degenerado” supostamente representa.

  • Leis de “agentes estrangeiros”
    • Ongs, grupos de mídia e indivíduos que recebem qualquer financiamento de fora são vistos com suspeita.
    • Obrigações de registro, multas e até fechamento de organizações aparecem como medidas de proteção.
  • Expansão do aparato de vigilância
    • Investimento em tecnologia de monitoramento (internet, telefonia, câmeras) justificado pelo combate à “subversão” e ao terrorismo ocidental.
    • Censura preventiva e bloqueio de sites com conteúdo considerado “anti-nacional”.

5. Exemplos práticos em curso

Domínio

Mecanismo

Exemplo concreto

Discurso oficial

Leituras Primakov, conferências anuais

Falas de Lavrov que acusam o Ocidente de “sanções genocidas”

Alianças internacionais

BRICS, Shanghai Cooperation Org.

Novos acordos de cooperação militar e tecnológica com a China

Legislação interna

Lei de agentes estrangeiros (2012, 2020)

Registro obrigatório de ONGs; multa a veículos de mídia

Mídia

Programas de TV e portais estatais

Documentários que mostram a União Europeia em desintegração


Agora que vimos como esse dualismo civilizacional molda políticas internas e externas, podemos explorar:

  • O impacto concreto nas economias nacionais (ex.: desdolarização, acordos de rublos/yuan).
  • Como outros atores do Sul Global replicam ou rejeitam essa narrativa.
  • Estratégias de comunicação alternativa para contrapor a propaganda “bem versus mal”.

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